CONTROLE DE CONVENCIONALIDE: UMA REVISÃO EPISTEMOLÓGICA À LUZ DOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS E CONVENCIONAIS DO DEVIDO PROCESSO PENAL

Conteúdo do artigo principal

JOÃO SANTOS DA COSTA

Resumo

Este trabalho objetiva tecer considerações acerca do objeto do processo penal a partir do reconhecimento do controle de convencionalidade como inerente ao seu próprio conteúdo. O Brasil é signatário de diversos tratados internacionais, dentre eles alguns voltados para a defesa de direitos humanos, a exemplo da Convenção Americana de Direitos Humano. A eficácia normativa destas convenções ultramarinas é, ainda, bastante relativizada pela jurisdição brasileira, ainda que se reconheça a supralegalidade dessas normas. Desse modo, propõe-se uma releitura do processo penal, no sentido de que o controle de convencionalidade seja reconhecido como um elemento próprio do conteúdo de seu conceito.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Detalhes do artigo

Como Citar
DA COSTA, J. S. (2020). CONTROLE DE CONVENCIONALIDE: UMA REVISÃO EPISTEMOLÓGICA À LUZ DOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS E CONVENCIONAIS DO DEVIDO PROCESSO PENAL. Revista De Direito Penal, Processo Penal E Constituição, 6(2), 72–92. https://doi.org/10.26668/IndexLawJournals/2526-0200/2020.v6i2.7126
Seção
Artigos
Biografia do Autor

JOÃO SANTOS DA COSTA

BACHAREL EM DIREITO; PROFESSOR; PROCURADOR MUNICIPAL

Referências

ALONSO, Pedro Aragoneses. Processo y derecho processal (Introducion). 2 ed. Madrid: Editorales de Derecho Reunidas, 1960.

CHOUKR, Falzi Hassan. Iniciação ao Processo Penal. 2 ed. Florianópolis: Tiran lo Blanch, 2018.

CORDERO, Franco. Guida ala prodecura penale. Torino: Unione Tipografico – Editrice Torinese, 1986.

COUTINHO, Jacinto Nelson de Miranda. Sistema acusatório: cada parte no lugar constitucionalmente demarcado. In: O novo processo penal à luz da Constituição. Coutinho, Jacinto Nelson de Miranda; Carvalho, Luis Gustavo Grandinetti Castanho de. (Org.). Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010, p. 1-17.

EYMERICH, Nicolau. Manual dos inquisidores - 1376. Francisco de La Peña (Revisão, 1578); Maria José Lopes da Silva (Trad.). Rio de Janeiro: Rosa dos Ventos; Brasília, DF: Fundação Universidade de Brasília, 1993.

FOUCAULT, Michel. Microfísica do Poder. Roberto Machado (organização, introdução e revisão técnica). 4ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2016.

GIACOMOLLI, Nereu José. O devido Processo Penal. 3 ed. São Paulo: Atlas (Gen), 2016.

___________. In: CANOTILHO, J. J. Gomes. MENDES, Gilmar Ferreira. SARLET, Ingo Wolfgang. STRECK, Lenio Luiz. LEONCY, Léo Ferreira (Cord.). Comentários à Constituição do Brasil. 1 ed. São Paulo: Saraiva, 2014, p. 440-445.

GLOECKNER, Ricardo Jacobsen. Nulidades no Processo Penal. 3 ed. São Paulo: Saraiva, 2018.

GOLDSCHMIDT, James. Principios generales del processo. Buenos Aires: Ediciones Juridicas Europa-America, 1961, Vol. II.

GOLDSCHMIDT, Werner. La imparcialidad como principio básico del proceso (la partialidad y la parcialidad). Disponível em < http://www.academiadederecho.org/upload/biblio/contenidos/la_imparcialidad.pdf>. Acesso em 22.07.2019.

GOMES FILHO, Antônio Magalhães. Motivação das decisões penais. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2001.

JIMÉNEZ, Hernando Londoño. Tratado de Derecho Procesal Penal: principios rectores, de las acciones y sujetos procesales – Tomo I. Bogotá: Colombia, 1989.

LOPES JR., Aury. Direito Processual Penal. 15 ed. São Paulo: Saraiva, 2018a.

______________. Fundamentos do Processo Penal: introdução crítica. São Paulo: Saraiva, 2018b.

MARTINHS, Rui Cunha. A hora dos cadáveres adiados. São Paulo: Atlas, 2013.

PISAPIA, Gian Domenico. Compendio di procedura penale. 4. ed. Padova: Cedan, 1985.

MAZZUOLI, Valério de Oliveira. In: CANOTILHO, J. J. Gomes. MENDES, Gilmar Ferreira. SARLET, Ingo Wolfgang. STRECK, Lenio Luiz. LEONCY, Léo Ferreira (Cord.). Comentários à Constituição do Brasil. 1 ed. São Paulo: Saraiva, 2014, p. 518-524.

MAZZUOLI, Valério de Oliveira. Controle jurisdicional da convencionalidade das leis. 5 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2018.

PIOVESAN, Flávia. Direitos humanos e o direito constitucional internacional. 18 ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2018.

RESCHER, Nicholas. Epistemology: an introduction to the theory of knowledge. New York: NY University Press, 2003.

ROCCO, Alfredo. The Political Doctrine of Fascism. Disponível em < https://www.stephenhicks.org/2017/06/05/roccos-the-political-doctrine-of-fascism/>. Acesso em 18.07.2020.

SARLET, Ingo Wolfgang. Marinoni, Luiz Guilerme. MITIDIERO, Daniel. Curso de Direito Constitucional. 2 ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2013a.

______. As dimensões da dignidade da pessoa humana: construindo uma compreensão jurídico-constitucional necessária e possível. In: MAURER, Beatrice et al. Dimensões da dignidade: ensaios de filosofia do direito e direito constitucional. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2013b, p. 15-43.

______. In: CANOTILHO, J. J. Gomes. MENDES, Gilmar Ferreira. SARLET, Ingo Wolfgang. STRECK, Lenio Luiz. LEONCY, Léo Ferreira (Cord.). Comentários à Constituição do Brasil. 1 ed. São Paulo: Saraiva, 2014, p.516-518.

SCHMITT, Carl. Der Führer schütz das Recth. Disponível em <http://delete129a.blogsport.de/images/CS_DerFuehrerschuetztdasRecht.pdf>. Acesso em 18.07.2020.

Supremo Tribunal Federal. Recurso Extraordinário nº 466343 SP, Relator: Min. CEZAR PELUSO, Data de Julgamento: 03/12/2008, Tribunal Pleno, Data de Publicação: DJe-104 DIVULG 04-06-2009 PUBLIC 05-06-2009 EMENT VOL-02363-06 PP-01106 RDECTRAB v. 17, n. 186, 2010, p. 29-165.