A NECESSIDADE DE REPARÇÃO INTEGRAL DAS VÍTIMAS DE TRABALHO ESCRAVO CONTEMPORÂNEO: A JUSTIÇA RESTAURATIVA COMO OPÇÃO?

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Daniela Carvalho Almeida da Costa
Cássio Roberto Uruga Oliveira
Gabrielli Santos Lacerda da Silva

Resumo

A partir do entendimento de que a redução à condição análoga à de escravo viola não apenas a liberdade de locomoção das vítimas, mas, também, a própria dignidade humana desses trabalhadores, o presente trabalho buscou investigar se a resposta judicial tradicionalmente oferecida às vítimas do trabalho escravo contemporâneo é suficiente e adequada para reparar integralmente todas as necessidades oriundas da submissão a esse tipo de exploração não apenas do seu trabalho, mas da sua própria condição de ser humanos. Por meio de uma pesquisa bibliográfica e documental verificou-se que a resposta da justiça criminal é insuficiente, pois centra-se na responsabilização do ofensor, ao passo que a resposta civil-trabalhista também não repara integralmente os danos causados, pois carece de mecanismos de apuração das necessidades das vítimas. Nesse contexto, a justiça restaurativa se apresenta como mecanismo integrador da resposta judicial e articulador da rede de proteção social, maximizando a reparação das vítimas do trabalho escravo contemporâneo ao buscar satisfazer todas as necessidades decorrentes do processo de exploração às quais aquelas foram submetidas.

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Como Citar
COSTA, Daniela Carvalho Almeida da; OLIVEIRA, Cássio Roberto Uruga; SILVA, Gabrielli Santos Lacerda da. A NECESSIDADE DE REPARÇÃO INTEGRAL DAS VÍTIMAS DE TRABALHO ESCRAVO CONTEMPORÂNEO: A JUSTIÇA RESTAURATIVA COMO OPÇÃO?. Revista do Direito do Trabalho e Meio Ambiente do Trabalho, [S. l.], v. 9, n. 1, p. 117 – 134, 2023. DOI: 10.26668/IndexLawJournals/2525-9857/2023.v9i1.9716. Disponível em: https://indexlaw.org/index.php/revistadtmat/article/view/9716. Acesso em: 22 dez. 2024.
Seção
Artigos
Biografia do Autor

Daniela Carvalho Almeida da Costa, Universidade Federal de Sergipe

Doutora e Mestre em Direito Penal e Processo Penal pela Universidade de São Paulo – USP. Professora Associada da Universidade Federal de Sergipe, vinculada ao Programa de Pós-graduação stricto sensu em Direito (PRODIR/UFS) e à graduação em direito. Instrutora de facilitadores de círculos de Justiça Restaurativa e construção de paz. Membro da Comissão Executiva e de Articulação Institucional para difusão da Justiça Restaurativa no Estado de Sergipe. Líder do Grupo de Pesquisa “Estudos sobre Violência e Criminalidade na Contemporaneidade” (CNPq/UFS).

Cássio Roberto Uruga Oliveira, Universidade Federal de Sergipe

Mestrando em Direito na Universidade Federal de Sergipe (UFS), Pós-Graduado em Direito Público pela Anhaguera, Pós-Graduado em Direito Digital e Proteção de Dados pelo Ebradi/Una, Graduado em Direito pela UFS, Técnico Superior Penitenciário Advogado da Superintendência de Serviços Penitenciários do Rio Grande do Sul. cassiouruga@gmail.com

Gabrielli Santos Lacerda da Silva, Universidade Federal de Sergipe

Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal de Sergipe. Bolsista Capes. Graduada em Direito pela Universidade Federal de Sergipe. Advogada

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