Na Trilha dos Feminismos: Lei Maria da Penha, Extensão Universitária e a Constituição de Novos Atores Sociais no Enfrentamento às Desigualdades de Gênero

Conteúdo do artigo principal

Isadora Vier Machado
Crishna Mirella de Andrade Correa

Resumo

Em uma cena de clara derrocada das estruturas de Estado que fundamentaram as políticas públicas de enfrentamento às violências contra mulheres, os feminismos brasileiros têm o desafio de reinventar suas reivindicações, para assegurar uma vida sem violências. Este trabalho tem por objetivo explorar uma experiência de extensão universitária que se consolidou para ofertar um núcleo de assistência jurídica gratuita para mulheres em situação de violências, mas que, a partir deste trabalho, também procura desenvolver estratégias de problematização das questões de gênero na pauta universitária. Destaca-se a importância das universidades como novos atores sociais de garantia cidadã. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Detalhes do artigo

Como Citar
MACHADO, Isadora Vier; CORREA, Crishna Mirella de Andrade. Na Trilha dos Feminismos: Lei Maria da Penha, Extensão Universitária e a Constituição de Novos Atores Sociais no Enfrentamento às Desigualdades de Gênero. Revista de Gênero, Sexualidade e Direito, Florianopolis, Brasil, v. 2, n. 2, p. 134–150, 2016. DOI: 10.26668/2525-9849/Index_Law_Journals/2016.v2i2.1364. Disponível em: https://indexlaw.org/index.php/revistagsd/article/view/1364. Acesso em: 18 nov. 2024.
Seção
Artigos
Biografia do Autor

Isadora Vier Machado

Doutor em Ciências Humanas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Mestre em Direito, Estado e Sociedade pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. Professora adjunta do Departamento de Direito Público pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), Maringá, Paraná, Brasil.

Crishna Mirella de Andrade Correa

Mestre em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. Doutoranda do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas pela  Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis, Santa Catarina. Professora adjunta do Departamento de Direito Público da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Maringá, Paraná, Brasil.

Referências

ALVAREZ, Sônia E. Para além da sociedade civil: reflexões sobre o campo feminista. Cadernos Pagu, n. 43, ISSN 0104-83333. Campinas: 2014.

BITTENCOURT, Naiara Andreoli. Movimentos Feministas. Insurgência: Revista de Direitos e Movimentos Sociais, v. 1, n. 1, 2015, p. 198-210.

BRASIL. SPM. Legados da 4ª Conferência Nacional de Políticas para Mulheres em imagens. Brasília, 2016. Disponível em: https://issuu.com/4cnpm/docs/legados_spm_. Acesso em: 21 set. 2016

BRASIL. SPM. Plano Nacional de Políticas Para Mulheres. Brasília, 2004. Disponível em: http://www.spm.gov.br/assuntos/pnpm/plano-nacional-politicas-mulheres.pdf. Acesso em: 21 set. 2016.

BUSATO, Paulo César; ANDRADE, Andressa Paula de; CARUNCHO, Alexey Choi (Orgs.). 29 de abril: reflexões sobre as manifestações no centro cívico de Curitiba. Curitiba: Leandro Ayres França, 2016.

CÂMARA FEDERAL. PL 5069/2013. Tipifica como crime contra a vida o anúncio de meio abortivo e prevê penas específicas para quem induz a gestante à prática de aborto. Disponível em: http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=565882. Acesso em: 22 mai. 2016.

CAPELLA, Ana Cláudia Niedhardt; BRASIL, Felipe Gonçalves. “Análise de Políticas Públicas: uma revisão da literatura sobre o papel dos subsistemas, comunidades e redes. Novos Estudos: março, 2015

CHAIA, Miguel W. Universidade, formação e movimentos sociais. Ciclo de debates “Universidade na Cultura brasileira”, maio/1993.

COHN, Maria da Glória. Empoderamento e participação da comunidade em políticas sociais. Saúde e Sociedade. V.13, n.2, p 20-31, maio-ago, 2004.

DEBERT, Guita Grin; GREGORI, Maria Filomena; PISCITELLI, Adriana (Orgs.). Gênero e distribuição da justiça: as Delegacias de Defesa da Mulher e a construção das diferenças. Campinas: PAGU:UNICAMP, 2006.

EL HIRECHE, Gamil Föppel; FIGUEIREDO, Rudá Santos. Homicídio contra a mulher: Feminicídio é medida simbólica com várias inconstitucionalidades. Disponível em: http://www.conjur.com.br/2015-mar-23/feminicidio-medida-simbolica-varias-inconstitucionalidades. Acesso em: 23 mar. 2015.

HEMMINGS, Clare. Contando estórias feministas. Revista Estudos Feministas, v. 17. n. 1, 2009.

HOLLANDA, Heloisa Buarque de (Org.). Tendências e impasses: o feminismo como crítica da cultura. Rio de Janeiro: Rocco, 1994.

LIBARDONI, Marlene. "Fundamentos teóricos e visão estratégica da Advocacy". Revista Estudos Feministas, v. 8, n.2, p. 207-222, 2º. semestre, 2000.

LOURO, Guacira Lopes. Gênero, sexualidade e educação. Uma perspectiva pós-estruturalista. Rio de janeiro, Vozes: 1997.

MACHADO, Isadora Vier. Da dor no corpo à dor na alma: uma leitura do conceito de violência psicológica da Lei Maria da Penha. 282 f. Tese (Doutorado Interdisciplinar em Ciências Humanas). Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas. Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2013.

Mapeamento dos coletivos feministas no Brasil, MAMU, 2015. Disponível em: mamu.net.br. Acessado em 15 de maio de 2016.

MIGUEL, Luis Felipe. Da “doutrinação marxista” à “ideologia de gênero” – Escola Sem Partido e as leis da mordaça no parlamento brasileiro. Direito & Práxis. v. 7. n. 15, 2016.

PASINATO, Wânia. Juizados Especiais de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher e a Rede de serviços para atendimento de mulheres em situação de violência em Cuiabá, Mato Grosso. Salvador: NEIM/UFBA, 2010.

PEDRO, Joana Maria. Nova história das mulheres no Brasil. São Paulo: Contexto, 2012.

_________. Relações de gênero como categoria transversal na historiografia contemporânea. Revista Topoi. v. 12, n. 22, jan.-jun. 2011, p. 270-283.

SANTOS, Cecília Macdowell. Ativismo jurídico transnacional e o Estado: reflexões sobre os casos apresentados contra o Brasil na Comissão Interamericana de Direitos Humanos. Sur: Revista Internacional de Direitos Humanos, n. 7, ano 4, 2007.

SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação & Realidade. Porto Alegre, v. 20, nº 2, jul./dez. 1995.

SENADO FEDERAL. Relatório final. Comissão Parlamentar Mista de Inquérito: com a finalidade de investigar a situação da violência contra a mulher no Brasil e apurar denúncias de omissão por parte do poder público com relação à aplicação de instrumentos instituídos em lei para proteger as mulheres em situação de violência. Brasília: 2012, p. 8. Disponível em: http://www.senado.gov.br/atividade/materia/getPDF.asp?t=130748&tp=1. Acesso em: 14 jul. 2013.

SOUZA, Celina. Políticas Públicas: uma revisão da literatura;Sociologias, Porto Alegre, ano 8, n 16, jul/dez 2006, p. 20-45.

UEM. Reitoria autoriza criação de comitê permanente para enfrentamento à violência. Disponível em: v. http://www.ddp.uem.br/2016-04-26-13-26-32/18-pagina-principal/26-reitoria-autoriza-criacao-de-comite-permanente-para-enfrentamento-a-violencia. Acesso em: 21 set. 2016.

VENÂNCIO, Karen Eduarda Alves; MACHADO, Isadora Vier. A importância da categoria “gênero” para instrumentalizar o atendimento a mulheres em situação de violência no projeto NUMAP/UEM. IV Simpósio Gênero e Políticas Públicas. Londrina: Universidade Estadual de Maringá, 2016.

WAISELFISZ, Julio Jacobo. Mapa da violência 2012: Caderno complementar 1 – homicídio de mulheres no Brasil. São Paulo: Instituto Sangari, 2012. Disponível em: http://www.mapadaviolencia.org.br/pdf2012/mapa2012_mulher.pdf. Acesso em: 11 jun 2015.

WOLFF, Cristina Scheibe. A UFSC explica: feminismo. Disponível em: http://noticias.ufsc.br/2015/11/ufsc-explica-feminismo/. Acesso em: 21 set. 2016.