ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE A CIDADANIA CLÁSSICA E A PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES NA POLÍTICA BRASILEIRA
Resumo
O artigo discute a relação entre o conceito de cidadania clássica e a participação das mulheres na política brasileira. Apresenta-se o conceito clássico de cidadania, uma discussão sobre as noções de público e privado, de polis e oikos. A pesquisa é exploratória, de abordagem qualitativa, trazendo dados sobre a participação das mulheres na política brasileira que são analisados como evidências das implicações dessa noção clássica, que imputa papéis estereotipados para os gêneros e impõe obstáculos à participação das mulheres na esfera pública, desencadeando a baixa participação feminina na política formal no país.
Palavras-chave
Texto completo:
PDFReferências
ARISTÓTELES. A Política. Tradução: Nestor Silveira Chaves. 2ª ed. São Paulo: Edipro, 2009.
BEAUVOIR, Simone de. O Segundo Sexo: a experiência vivida. Vol. 2. 3 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2016
BIROLI, Flávia. Divisão Sexual do Trabalho e Democracia. Rio de Janeiro: Revista de Ciências Sociais, vol. 59, nº 3, 2016. Disponível em: < http://dx.doi.org/10.1590/00115258201690>. Acesso em: 15 de dezembro de 2018.
BIROLI, Flávia. Gênero e Desigualdades: os limites da democracia no Brasil. São Paulo: Boitempo, 2018.
BOURDIEU, Pierre. “La Représentation Politique. Éléments pour une théorie du champ politique”, Actes de la recherche en Sciences Sociales, n. 36-7, 1981, p. 3-24.
BORDIEU, Pierre. O Campo Político. Brasília: Revista Brasileira de Ciência Política, n°05. 2011. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-33522011000100008. Acesso em: 13 Dez. 2018.
BRASIL, CÂMARA DOS DEPUTADOS. Estudo analisa nova composição da Câmara por gênero e raça. 2014. Disponível em: < http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/radio/materias/COM-A-PALAVRA/475678-ESTUDO-ANALISA-NOVA-COMPOSICAO-DA-CAMARA-POR-GENERO-E-RACA.html>. Acesso em: 18 Dez. 2018.
BRASIL. IBGE. Distribuição da População por Sexo. 2018 Disponível em: https://brasilemsintese.ibge.gov.br/populacao/distribuicao-da-populacao-por-sexo.html>. Acesso em: 08 dez. 2018.
BRASIL. IBGE. Estatísticas de Gênero- indicadores socais das mulheres no Brasil. 2018. Disponível em: < https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101551_informativo.pdf>. Acesso em: 23 dez. 2018.
BRASIL. IBGE. População do Brasil. 2008. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/. Acesso em: 20 de dezembro de 2018.
BRASIL. IBGE. Tarefas Domésticas Impõe Cargas de Trabalhos Maiores para as Mulheres. 2017. Disponível em:< https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/18568-tarefas-domesticas-impoem-carga-de-trabalho-maior-para-mulheres.html>. Acesso em: 06 dez. 2018.
BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. Estatísticas Eleitorais de 2010- Resultados. 2010. Disponível em: http://divulgacandcontas.tse.jus.br/divulga/#/municipios/2010/14417/PA/candidatos. Acesso em: 08 dez. 2018.
BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. Estatísticas Eleitorais de 2012- Resultados. 2012. Disponível em:< http://divulgacandcontas.tse.jus.br/divulga/#/2012>. Acesso em: 08 dez. 2018.
BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. Estatísticas Eleitorais de 2014- Resultados. 2014. Disponível em:< http://divulgacandcontas.tse.jus.br/divulga/#/municipios/2014/680/PA/cargos>. Acesso em: 08 dez. 2018.
BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. Estatísticas Eleitorais de 2016- Resultados. 2016. Disponível em: . Acesso em: 08 dez. 2018.
G1. Mulheres Passam o Dobro do Tempo que dos Homens com Tarefas Domésticas, aponta o IBGE. 2017. Disponível em:< https://g1.globo.com/economia/noticia/mulheres-passam-o-dobro-do-tempo-dos-homens-com-tarefas-domesticas-aponta-ibge.ghtml>. Acesso em: 19 dez. 2018.
ITABORAÍ, Nathalie Reis. Mudanças nas Famílias Brasileiras (1976-2012): uma perspectiva de classe e gênero. Rio de Janeiro: Garamond, 2017.
LIMA, Juliana Macedo de. Democracia no Brasil e participação das mulheres na política: algumas barreiras para o desenvolvimento democrático. Porto alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2015. Disponível em: < https://www.ufrgs.br/sicp/wp-content/uploads/2015/09/10_DE-LIMA_Democracia-no-Brasil-e-participac%C2%A6%C2%BAa%C2%A6%C3%A2o-das-mulheres-na-poli%C2%A6%C3%BCtica.pdf>. Acesso em 10 jan. 2020.
MIGUEL, Luis Felipe. Dominação e Resistência: desafios para uma política emancipatória. São Paulo: Boitempo, 2018.
MIGUEL, Luis Felipe; BIROLI, Flávia. Feminismo e Política: uma introdução. São Paulo: Boitempo, 2014.
PATEMAN, Carole. O Contrato Sexual. São Paulo: Paz e Terra, 1993.
PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO (PNUD). As perguntas mais frequentes sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), 29 jun. 2016. Disponível em: https://www.undp.org/content/dam/brazil/docs/ODS/undp-br-ods-FAQ.pdf. Acesso em: 18 jan. 2020.
PINHEIRO, Luana Simões. Mulheres e Trabalho: breve análise do período 2004-2014, Ipea, nota técnica n. 24, 2016, p. 3-28. Disponível em: < http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/nota_tecnica/160309_nt_24_mulher_trabalho_marco_2016.pdf>. Acesso em: 13 jan. 2020.
POCOCK, J.G.A. Cidadania, Historiografia e Res Publica: Contextos do pensamento político. Coimbra: Almedina, 2013.
DOI: http://dx.doi.org/10.26668/2525-9849/Index_Law_Journals/2020.v6i1.6527
Apontamentos
- Não há apontamentos.
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.