A JURIDIFICAÇÃO DA SEXUALIDADE E A VIOLÊNCIA SIMBÓLICA: UMA ANÁLISE SÓCIO-JURÍDICA A PARTIR DA TEORIA DA DOMINAÇÃO MASCULINA DE PIERRE BOURDIEU
Conteúdo do artigo principal
Resumo
O presente artigo tem como objeto de estudo a relação entre o processo de juridificação da sexualidade e a violência simbólica masculina. Para tanto, inicialmente, efetuou-se esclarecimentos acerca do processo de juridificação da sexualidade, com a ilustração do referido processo através da análise de três projetos de lei; seguidos da exposição dos aspectos centrais da teoria da dominação masculina de Pierre Bourdieu, principalmente dos conceitos de Dominação Simbólica, Poder Simbólico, Violência Simbólica e Habitus; destacando-se posteriormente a incorporação da referida dominação pelos movimentos subversivos; para ao final analisar uma possível relação entre o citado processo de juridificação da sexualidade e a violência simbólica masculina, à luz de Pierre Bourdieu. Têm-se como objetivos, inicialmente, conceituar e ilustrar o processo de juridificação da sexualidade; expor os principais elementos da teoria da Dominação Masculina de Pierre Bourdieu; analisar a ideia de incorporação da dominação a partir do embasamento teórico analisado em seção anterior; e averiguar a relação entre o citado processo de juridificação da sexualidade e a violência simbólica masculina. Tais objetivos possuem a finalidade de averiguar a hipótese do presente artigo, que consiste na concepção de que o processo de juridificação da sexualidade incorpora uma violência simbólica masculina, mesmo quando aquele possui características subversivas.
Downloads
Detalhes do artigo
• O(s) autor(es) autoriza(m) a publicação do artigo na revista;
• O(s) autor(es) garante(m) que a contribuição é original e inédita e que não está em processo de avaliação em outra(s) revista(s);
• A revista não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es);
• É reservado aos editores o direito de proceder ajustes textuais e de adequação do artigo às normas da publicação.
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre) em http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html
Referências
BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. 4ª ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001. BOURDIEU, Pierre. A dominação masculina – A condição feminina e a violência simbólica. 1ª ed. Rio de Janeiro: Bestbolso, 2014a.
BOURDIEU, Pierre. Sobre o Estado. 1ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2014b. BRASIL, Projeto de lei nº 72/2007, de 21 de fevereiro de 2006. Altera o art. 58 da Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973, que dispõe sobre registros públicos e dá outras providências, possibilitando a substituição do prenome de pessoas transexuais. Disponível em: http://www.senado.leg.br/atividade/materia/detalhes.asp?p_cod_mate=82449. Acesso em: 15 mai. 2015.
BRASIL, Projeto de lei nº 5002/2013, de fevereiro de 2013. Dispõe sobre o direito à identidade de gênero e altera o artigo 58 da Lei 6.015 de 1973. Disponível em: http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=565315. Acesso em: 15 mai. 2015.
BRASIL, Projeto de lei nº 5120/2013, de fevereiro de 2013. Altera os artigos 551, 1.514, 1.517, 1.535, 1.541, 1.565, 1.567, 1.598, 1.642, 1.723 e 1.727 da Lei 10.406 de 10 de janeiro de 2002, para reconhecer o casamento civil e união estável entre pessoas do mesmo sexo. Disponível em: http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=567021. Acesso em: 15 mai. 2015.
BUTLER, Judith. Problemas de gênero – Feminismo e subversão da identidade. 7ª ed. Rio de janeiro: Civilização brasileira, 2014.
HABERMAS, Jürgen. Teoria de la Acción Comunicativa. Tomo II. Madrid: Taurus Humanidades, 1999.
ŽIŽEK, Slavoj. Violência: seis reflexões laterais. São Paulo: Boitempo, 2014.