SEXISMO NA ACADEMIA BRASILEIRA: ESTUDO DE CASOS DESDE O SUL DO BRASIL

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Gabriela M. Kyrillos
Sheila Stolz

Resumo

Tendo como ponto fulcral as emblemáticas denúncias de estudantes dos Cursos de Direito de duas Universidades Federais do sul do Brasil: UFSC e FURG, realizar-se-á um breve resgate histórico sobre a inclusão das mulheres no ensino formal e no fazer Ciência, para constatar que, atualmente, persistem os fenômenos conhecidos como “teto de vidro” e “labirinto de cristal” – compreendidos como violência simbólica de gênero – e que, também no ambiente acadêmico-científico, em particular nos cursos de Direito, dita violência precisa ser superada. Conditio sine qua non para uma formação mais plural, diversa e não preconceituosa das(os) futuras(os) profissionais do Direito.

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Como Citar
KYRILLOS, Gabriela M.; STOLZ, Sheila. SEXISMO NA ACADEMIA BRASILEIRA: ESTUDO DE CASOS DESDE O SUL DO BRASIL. Revista de Gênero, Sexualidade e Direito, Florianopolis, Brasil, v. 4, n. 1, p. 43–61, 2018. DOI: 10.26668/2525-9849/Index_Law_Journals/2018.v4i1.4045. Disponível em: https://indexlaw.org/index.php/revistagsd/article/view/4045. Acesso em: 26 nov. 2024.
Seção
Artigos
Biografia do Autor

Gabriela M. Kyrillos, Universidade Federal do Rio Grande (FURG)

Doutora em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Mestra em Política Social pela Universidade Católica de Pelotas (UCPEL). Especialista em Direitos Humanos pelo Centro Universitário Claretiano. Graduada em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG). Realiza estágio de Pós-Doutorado no Programa de Pós-Graduação em Direito e Justiça Social da FURG - com bolsa da CAPES.

Sheila Stolz, Universidade Federal do Rio Grande (FURG)

Professora Adjunta da Faculdade de Direito e do Programa de Pós-Graduação em Direito e Justiça Social (Mestrado) da Universidade Federal do Rio Grande (FaDir/FURG/RS). Doutora em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC/RS) e bolsista CAPES. Mestre em Direito pela Universitat Pompeu Fabra (UPF/Barcelona/Espanha). Coordenadora do Grupo de Pesquisa Direito, Gênero e Identidades Plurais (DGIPLUS/FURG) e do Núcleo de Pesquisa e Extensão em Direitos Humanos (NUPEDH/FURG).

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