GATE KEEPING E BENIGN BIG GUN NO CONTEXTO DA AGÊNCIA NACIONAL DO CINEMA - ANCINE E DO FUNDO SETORIAL AUDIOVISUAL - FSA.

Alexander Kellner

Resumo


Esse artigo tem como objeto central sustentar que uma transferência de poder de fogo fiscalizatório entre o Tribunal de Contas da União - TCU e a Agência Nacional do Cinema – ANCINE pode ampliar a accountability da agência. A ANCINE atualmente está sendo investigada pelo Tribunal de Contas da União – TCU, na Tomada de Contas - TC n° 040.341/2019-4. O referido procedimento constatou diversas deficiências na atuação fiscalizatória da ANCINE que serão exploradas no decorrer do artigo.

Palavras-chave


Regulação; FSA; Accountability; Big Gun; fomento público

Texto completo:

PDF

Referências


AYRES, Ian. Braithwaite, John. Responsive Regulation. Oxford, OUP, 1992. p. 19-53.

ARAGÃO, Alexandre Santos de. Agências reguladoras e a evolução do direito administrativo econômico. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2003.

BALDWIN, Robert; CAVE, Martin; LODGE, Martin. Understanding regulation: Theory, Strategy, and Practice. Oxford: Oxford University Press, 2012.

BLACK, Julia. ‘Constitutionalising Self-Regulation’ (1996) 59 MLR 24.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: . Acesso em: 23 setembro. 2019.

_______. Tribunal de Contas da União – TCU. Tomada de Contas - TC 017.413/2017-6. Acórdão 721/2019 – TCU – Plenário. Relator: Ministro André de Carvalho. Data da sessão: 19/06/2019. Ata 09/2019 – Plenário. Disponível em: https://pesquisa.apps.tcu.gov.br/#/documento/acordao-completo/1741320176.PROC/%20/DTRELEVANCIA%20desc,%20NUMACORDAOINT%20desc/0/%20?uuid=d4d9a640-5c55-11e9-a849-e1414082e6dc

_______. Lei no 11437 de 28 de dezembro de 2006. Altera a destinação de receitas decorrentes da Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional -CONDECINE, criada pela Medida Provisória nº 2.228-1, de 6 de setembro de 2001, visando ao financiamento de programas e projetos voltados para o desenvolvimento das atividades audiovisuais; altera a Medida Provisória nº 2.228-1, de 6 de setembro de 2001, e a Lei nº 8.685, de 20 de julho de 1993, prorrogando e instituindo mecanismos de fomento à atividade audiovisual; e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11437.htm. Acesso em: 23 set. 2019.

_______. Decreto nº 6.299 de 12 de dezembro de 2007.

Regulamenta os arts. 1o, 2o, 3o, 4o, 5o e 6o da Lei no 11.437, de 28 de dezembro de 2006, que destinam recursos para o financiamento de programas e projetos voltados para o desenvolvimento das atividades audiovisuais, e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Decreto/D6299.htm. Acesso em: 04 agosto. 2019.

CARPENTER, Daniel P. Reputation and power: organizational image and pharmaceutical regulation at the FDA. Princeton University Press. Princeton, New Jersey. 2010.

JORDÃO, Eduardo Ferreira; Controle judicial de uma administração pública complexa. A experiência estrangeira na adaptação da intensidade do controle. Malheiros. SBDP. São Paulo. 696p.

JORDÃO, Eduardo Ferreira; MENDONÇA, José Vicente dos Santos. A lei de liberdade econômica e a 'regulação experimentalista'. Conjuntura Econômica (Rio de Janeiro), v. 73, p. 30-31, 2019.

JOLLS, Christine; SUNSTEIN, Cass; THALER, Richard. "A Behavioural Approach to Law and Economics", 50 Stanford Law Review. p. 1471 a 1475.

KEOHANE, Nathaniel. REVESZ, Richard. STAVINS, Robert. The choice of regulatory instruments in environmental policy. In: Harvard Environmental Law Review, vol. 22, 1998.

LANGER, Ellen J. The illusion of control. In KAHNEMAN, Daniel. SLOVIC Paul. TVERSKY, Amos. Judgment under uncertainty: Heuristics and biases. Cambridge University Press. 1982. (25th impression. 2016) p. 231 a 238.

LUHMANN, Niklas. Vertrauen. 4. Auflage. 2009. Lucius&Lucius. Stuttgart. UTB. 140p.

MARTINS, Vinícius Alves Portela. Agência Nacional do Cinema – ANCINE: Comentários à Medida Provisória nº 2.228-1/01, ao Decreto nº 4.121/02 e à Lei nº 12.485/11. São Paulo, Atlas, 2015.

MENDONÇA, José Vicente Santos de. Uma teoria do Fomento Público: critérios em prol de um fomento público democrático, eficiente e não parternalista. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007.

MENDONÇA, José Vicente Santos de. Direito Constitucional Econômico: a intervenção do Estado na economia à luz da razão pública e do pragmatismo. Belo Horizonte: Fórum, 2014.

PORTO, Antônio José Maristrello. Princípios de análise do direito e da economia. In: Antônio José Maristrello Porto; Patrícia Regina Pinheiro Sampaio; Armando Castelar Pinheiro. (Org.). Direito e Economia: Diálogos. 1ed. Rio de Janeiro: FGV Editora, v. 1, p. 25-45, 2019.

SCHUARTZ. Luís Fernando e FAGUNDES, Jorge. Defesa da concorrência e a indústria do cinema no Brasil in Três Dimensões do Cinema: economia, direitos autorais e tecnologia. Organizadores Ronaldo Lemos, Carlos Affonso Pereira Souza, Marília Maciel. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2010.

SCHNELL, Christiane: Regulierung der Kulturberufe in Deutschland. Strukturen, Akteure, Strategien. Wiesbaden: Deutscher Universitäts-Verlag. 2007. 261 fls.

SIMÕES, Edson. Tribunal de contas: controle externo das contas públicas. São Paulo. Saraiva. 2014.

SUNDFELD, Carlos Ari; JORDÃO, Eduardo Ferreira ; MOREIRA, Egon Bockmann; AZEVEDO MARQUES NETO, Floriano Peixoto; BINENBOJM, Gustavo ; CAMARA, Jacintho Arruda; MENDONCA, José Vicente Santos de; JUSTEN FILHO, Marçal. Lei Nacional da Liberdade Econômica. Revista de Direito Público da Economia, v. 66, p. Caderno Especial, 2019.

SUNSTEIN, Cass R. Cinquenta tons de manipulação. Trad. Alexander Leonard Martins Kellner. Civilistica.com. Rio de Janeiro, a. 8, n. 2, 2019. Disponível em: http://civilistica.com/cinquenta-tons-de-manipulacao/. 15/09/2019. 38 p.

TIETZEL, Manfred. Wirtschaftstheorie und Unwissen: Überlegungen zur Wirtschaftstheorie jenseits von Risiko und Unsicherheit. Tübingen. Mohr Siebeck, 1985.

VON HIPPEL. Thomas. Grundprobleme von Nonprofit-Organisationen. Max-Planck-Institut für ausländisches und internationales Privatrecht. Beiträge zum ausländischen und internationalen Privatrecht. Mohr Siebeck, Tübingen. 2007.




DOI: http://dx.doi.org/10.26668/IndexLawJournals/2526-0073/2020.v6i2.7202

Apontamentos

  • Não há apontamentos.


Licença Creative Commons
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.