A BIOPOLÍTICA E OS CONTORNOS DA CIDADE: UMA ANÁLISE DOS MECANISMOS DE GERENCIAMENTO A PARTIR DE MICHEL FOUCAULT
Conteúdo do artigo principal
Resumo
Partindo do método hipotético-dedutivo, esta pesquisa objetiva identificar em que medida a biopolítica se apresenta como um mecanismo de gerenciamento no que diz respeito à compreensão dinâmica e funcional das cidades. A hipótese sugere que a dinâmica biopolítica das cidades é protagonizada pela exclusão e eliminação de determinados sujeitos dos centros urbanos, além de não prezar pela salvaguarda de determinados direitos e garantias a estes indivíduos. Os resultados da pesquisa apontam que o Estado logra êxito em instituir mecanismos de controle aptos a privar determinados grupos de exercerem plenamente seus direitos outrora garantidos a partir do controle geográfico das cidades.
Downloads
Detalhes do artigo
• O(s) autor(es) autoriza(m) a publicação do artigo na revista;
• O(s) autor(es) garante(m) que a contribuição é original e inédita e que não está em processo de avaliação em outra(s) revista(s);
• A revista não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es);
• É reservado aos editores o direito de proceder ajustes textuais e de adequação do artigo às normas da publicação.
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre) em http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html
Referências
AGAMBEN, Giorgio. Homo sacer: o poder soberano e a vida nua I. Trad. Henrique Burigo. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.
ALANI, Natassia D’Agostin. A biopolitica e o espaço urbano:: considerações sobre o Centro de Florianópolis. Revista Rua, Campinas, v. 25, ed. 2, p. 441-467, nov. 2019. DOI https://doi.org/10.20396/rua.v25i2.8657562. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rua/article/view/8657562. Acesso em: 1 fev. 2020.
AREND, Nathan Franciel. A cidade de ambulante: cartografando o centro de Porto Alegre. 2018. 116 f. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Planejamento Urbano e Regional, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2018.
ARENDT, Hannah. A Condição Humana. Rio de Janeiro: Forense Universitária.1984.
AYUB, João Paulo. Introdução à analítica do poder de Michel Foucault. São Paulo: Intermeios, 2015.
BAZZICALUPO, Laura. Bipolítica: um mapa conceitual. Tradução Luísa Rabolini. São Leopoldo: Editora Unisinos, 2017.
BITTENCOURT, Naiara Andreoli. A Biopolítica sobre a vida das mulheres e o controle jurídico brasileiro. Revista Gênero e Direito, Paraíba, v. 4, n. 3, ano 2015. Disponível em http://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/ged/article/view/2596>. Acesso em: 13 jan. 2020.
FAZZINI, Lucas, Territórios de exceção: poder, espaço urbano, literatura. In: RUA [online], v. 24, ed. 2, p. 461-487 nov. 2018. Consultada no Portal Labeurb – Revista do Laboratório de Estudos Urbanos do Núcleo de Desenvolvimento da Criatividade. Disponível em: http://www.labeurb.unicamp.br/rua/. Acesso em: 01 fev. 2020.
FERNANDES, Fernando lannes. Os discursos sobre as favelas e os limites ao direito à cidade. Cidades: Grupo de Estudos Urbanos, Presidente Prudente, p. 37-62, 1 jan/jun. 2005. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/287647717_Os_discursos_sobre_as_favelas_os_os_limites_ao_direito_a_cidade. Acesso em: 1 fev. 2020.
FINNIS, John. Natural Law and Natural Rights, OXFORD: Clarendon Press. 1980.
FOISNEU ,Luc. Pluralismo e concepção do bem em Thomas Hobbes. Porto Alegre: Linus, 2009.
FOUCAULT, Michel. Em defesa da sociedade: curso no Collège de France (1975-1976). 2. ed. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2010.
FOUCAULT, Michel. História da sexualidade I: a vontade de saber. 22. reimpr. Rio de Janeiro: Edições Graal, 2012.
FOUCAULT, Michel. Microfísica do Poder. Rio de Janeiro, GRAAL, 1986.
FOUCAULT, Michel. Nascimento da Biopolítica. Tradução de Eduardo Brandão. São Paulo: Martins fontes, 2008.
FOUCAULT, Michel. Segurança, Território, População. Curso no Collége de France. São Paulo: Martins Fontes, 2008.
FOUCAULT. Michel (1984). O nascimento da medicina social. In: Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal.
HOBBES, Thomas. Leviatã ou matéria, forma e poder de um estado eclesiástico e civil. São Paulo: Nova cultural, 1988.
LARA, Camila de Almeida; BUTTURI JUNIOR, Atílio. Biopolítica, Direitos Humanos e Resistências: uma análise comparativa das políticas públicas de saúde para a população LGBT de Florianópolis-SC. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, v 57, n.2, pp.645-674, mai./ago, 2018. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/article/view/8651640/18317. Acesso em: 21 jan. 2020.
LOUREIRO, Carlos Henrique A. Urban reform and Biopolitical city. 2014. 106 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2014. Disponível em: https://tede2.pucsp.br/handle/handle/11668. Acesso em 01 fev. 2020.
NASCIMENTO, Mariangêla. Soberania, poder e biopolítica: Arendt, Foucault e Negri. Griot, Bahia, v. 6, n. 2, p. 152-169, dez. 2012. Disponível em: http://www2.ufrb.edu.br/griot/images/vol6-n2/11soberania_poder_e_biopolitica_arendt_foucault_e_negri_soberaniamariangela_nascimento.pdf>.Acesso em: 27 jan. 2020.
NIELSON, Joice Graciele; WERMUTH, Maiquel Ângelo Dezordi. Os higienistas estão voltando: biopolítica, classes subalternizadas e ocupação do espaço urbano no Brasil. In: Revista de Direito da Cidade, Rio de Janeiro, v. 10, ed. 2, p. 596-619, 1 jun. 2018. DOI DOI: 10.12957/rdc.2018.30172. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/rdc/article/view/30172. Acesso em: 1 fev. 2020.
PAESE, Celma. O Campo e a arquitetura. Arqtexto (UFRGS). Porto Alegre, v. 7, n.7, p. 50-59, 2006.
PELBART, Peter Pal. Vida Capital Ensaios de Biopolítica. São Paulo: Editora Iluminuras LTDA, 2003.
RITTER, Vivian Fetzner. O espaço e a biopolítica. Polietica. São Paulo, v. 2, n. 1, pp. 112-137, 2014.
SILVA, ELIANA SOUSA. Segurança no rio:: Direito nao chegou a favelas ou periferias. Nexo, Brasil, p. 1, 30 jul. 2019. Disponível em: https://www.nexojornal.com.br/ensaio/2019/Seguran%C3%A7a-no-Rio-direito-n%C3%A3o-chegou-a-favelas-e-periferias. Acesso em: 1 fev. 2020.
SOARES, Luiz Eduardo. Por que tem sido tão difícil mudar os policiais. In: A violência Policial no Brasil e os desafios para sua superação. São Paulo: Boitempo, 2015.