VIVENDO NO CURTO PRAZO: A REFORMA TRABALHISTA NO BRASIL E A SUA RELAÇÃO COM CAPITALISMO FLEXÍVEL

Conteúdo do artigo principal

Edna Raquel Rodrigues Santos Hogemann
http://orcid.org/0000-0003-3276-4526

Resumo

Parte do pressuposto da reforma trabalhista como resultado da prática de um capitalismo flexível e global, aprovada numa conjuntura de liquidez e de identidades fragmentadas da modernidade. Em um momento histórico marcado pelo afastamento das noções de alteridade, incerto e descontínuo muito em razão da revolução tecnológica da informação, pelo método dialético busca-se demonstrar como essa mudança estrutural atingirá a narrativa da vida das pessoas envolvidas, afetando características mais íntimas e pessoais da existência cotidiana. Ao analisar pontos fundamentais da reforma, indica-se assimetrias do capital/trabalho, além da problematicidade da sua legitimidade, atentando à questão das disparidades que envolvem direitos fundamentais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Detalhes do artigo

Como Citar
HOGEMANN, Edna Raquel Rodrigues Santos. VIVENDO NO CURTO PRAZO: A REFORMA TRABALHISTA NO BRASIL E A SUA RELAÇÃO COM CAPITALISMO FLEXÍVEL. Revista de Direitos Fundamentais nas Relações do Trabalho, Sociais e Empresariais, Florianopolis, Brasil, v. 4, n. 1, p. 40–54, 2018. DOI: 10.26668/IndexLawJournals/2526-009X/2018.v4i1.4109. Disponível em: https://indexlaw.org/index.php/revistadireitosfundamentais/article/view/4109. Acesso em: 23 nov. 2024.
Seção
Artigos
Biografia do Autor

Edna Raquel Rodrigues Santos Hogemann, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO, Rio de Janeiro - RJ

Pós-Doutora em Direito, pela Universidade Estácio de Sá/RJ, Doutora em Direito pela Universidade Gama Filho - UGF (2006), Mestre em Direito pela Universidade Gama Filho - UGF (2002), Pós-Graduação Lato Sensu em Bioética, pela Red Bioética UNESCO (2010), Pós-Graduação Lato-Sensu em História do Direito Brasileiro, pela Universidade Estácio de Sá - UNESA (2007), Graduada em Jornalismo, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ (1977) e Bacharel em Direito pela Universidade do Grande Rio (1999). Professora Adjunta I do Curso de Direito, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro- UniRio. Professora Permanente do Programa de Pós Graduação Stricto Sensu, em Direito, da Universidade Estácio de Sá - UNESA/RJ.

Referências

ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de filosofia. México: Fondo de Cultura Económica, 1998.

BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Líquida. Tradução: Plínio Dentzien. Rio de Janeiro:

Zahar, 2001.

__________. Legisladores e intérpretes: sobre modernidade, pós-modernidade e

intelectuais. Rio de Janeiro: Zahar. 2010.

BOBBIO, Norberto; MATTEUCI, Nicola; PASQUINO, Gianfranco. Dicionário de política. 11ª ed. Trad. Carmen Varriale et al. Brasília: UnB Editora, 1998. v. 1

BRASIL. Lei n.13467, de 13 de julho de 2017. Altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015- 2018/2017/lei/L13467.htm >. Acesso em: 27 set. 2017.

CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. 8ª ed. Tradução: Roneide Venancio Majer. São Paulo: Paz e Terra, 2005. v. 1.

COHEN, Daniel. Richesse du monde, pauvreté des nation. Paris: Flamarion, 1997.

ENRIQUEZ, Eugène. Perda do trabalho, perda da identidade. In. NABUCO, Maria Regina;

CARVALHO NETO, Antônio Moreira de (Orgs.). Relações de trabalho contemporâneas. Belo Horizonte: Instituto de Relações do Trabalho - IRT/PUC-Minas, 1999.

GIDDENS, Anthony. As consequências da Modernidade. Tradução: Raul Filker. São Paulo: Editora Unesp. 1991.

HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. 12ª ed. Tradução: Tomaz Tadeu da Silva & Guacira Lopes Louro. Rio de Janeiro: Editora Lamparina, 2014.

IBOPE. Avaliação do Governo. Disponível em: <http://www.ibopeinteligencia.com/noticiase-pesquisas/77-dos-brasileiros-avaliam-negativamente-governo-temer/>. Acesso em: 30 set. de 2017.

IPSOS. 58% dos brasileiros são contra a proposta da reforma trabalhista do governo

Temer. Disponível em: < https://www.ipsos.com/pt-br/58-dos-brasileiros-sao-contraproposta-da-reforma-trabalhista-do-governo-temer>. Acesso em: 30 set. de 2017.

HOBSBAWM, Eric. Era dos extremos: o breve século XX. 2ª ed. Tradução: Marcos

Santarrita. São Paulo: Companhia das Letras. 1995.

LENIN. W. I. Que Fazer? Problemas Candentes do Nosso Movimento. Stuttgart:Editorial Dietz, 1902.

RAÓ, Eduardo Martins. Tempo de trabalho no Brasil contemporâneo: A duração da jornada de trabalho (1990-2009). Dissertação de mestrado apresentada à Universidade Estadual de Campinas. São Paulo, 2009

SANTOS, Boaventura de Souza. A crítica da razão indolente: contra o desperdício da experiência. São Paulo: Cortez. 2001.

__________. Pela mão de Alice: O social e o Político na Pós-Modernidade. 14ª ed. São

Paulo: Cortez. 2013.

SENNETT, Richard. A corrosão do caráter: o desaparecimento das virtudes com o novo capitalismo. 2ª ed. Tradução: Marcos Santarrita. Rio de Janeiro: Bestbolso. 2016.

WORLD ECONOMIC FORUM. The Global Competitiveness Report 2017–2018. Disponível em: < http://www3.weforum.org/docs/GCR2017-

/05FullReport/TheGlobalCompetitivenessReport2017%E2%80%932018.pdf>. Acesso em: 30 set. de 2017.