COLONIALIDADE ALIMENTAR VIOLAÇÃO À SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO BRASIL

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Ana Carolina Gondim de Albuquerque Oliveira
Paulo Henrique Tavares da Silva
Jéssica Feitosa Ferreira

Resumo

Este artigo tem por objetivo investigar como a colonialidade alimentar viola o direito à alimentação e à nutrição no Brasil. Embora a insegurança alimentar moderada ou grave seja um fenômeno históricos no país, sua discussão como problema social e político é relativamente recente. Mesmo após a constitucionalização do direito à alimentação e a implementação do Programa Fome Zero, em 2003, a insegurança alimentar no país persiste. Em 2023, cerca de 2,5 milhões de brasileiros vivenciavam insegurança alimentar grave, segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). Essa situação resulta das profundas desigualdades sociais herdadas da colonialidade, e representa a ressignificação do modus operandi colonial. No Brasil e no Sul Global, como um todo, os descentes dos colonizadores, que formam as elites, usufruem de privilégios, enquanto os descentes dos colonizados enfrentam exploração e exclusão socioeconômica. Essa desigualdade se manifesta, também, na alimentação, fenômeno conhecido como colonialidade alimentar. Nesse contexto, os hábitos alimentares, a produção, a manipulação e o valor atribuído aos alimentos são hierarquizados de acordo com a proximidade ou o distanciamento do padrão europeu. Assim, questiona-se: a colonialidade alimentar compromete o direito à alimentação perpetuando a insegurança alimentar e nutricional no Brasil? Para analisar essa problemática, empreendeu-se revisão de literatura especializada e de documentos sobre segurança alimentar e nutricional e sua relação com a colonialidade.

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Como Citar
GONDIM DE ALBUQUERQUE OLIVEIRA, Ana Carolina; TAVARES DA SILVA, Paulo Henrique; FERREIRA, Jéssica Feitosa. COLONIALIDADE ALIMENTAR: VIOLAÇÃO À SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO BRASIL. Revista de Direito Sociais e Políticas Públicas, Florianopolis, Brasil, v. 10, n. 2, 2025. DOI: 10.26668/IndexLawJournals/2525-9881/2024.v10i2.10921. Disponível em: https://indexlaw.org/index.php/revistadspp/article/view/10921. Acesso em: 2 abr. 2025.
Seção
Artigos
Biografia do Autor

Ana Carolina Gondim de Albuquerque Oliveira, Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ

Doutora em Ciências Jurídicas, área de concentração em Direitos Humanos e Desenvolvimento, pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Estágio Pós-Doutoral em andamento pelo Programa de Pós-Graduação em Direito, área de concentração Direito e Desenvolvimento Sustentável, do Centro Universitário de João Pessoa (UNIPÊ). Bolsista CAPES. Pesquisa na área de Direito e Gênero. E-mail: anacgondim30@gmail.com.

Paulo Henrique Tavares da Silva, Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ

Doutor em Ciências Jurídicas pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Coordenador Acadêmico do Programa de Pós-Graduação em Direito, área de concentração Direito e Desenvolvimento Sustentável do Centro Universitário de João Pessoa (UNIPÊ) (Metrado). Professor efetivo do Centro de Ciências Jurídicas da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). E-mail: phsilva13@gmail.com.

Jéssica Feitosa Ferreira, Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ

Mestranda em Direito e Desenvolvimento Sustentável pelo Centro Universitário de João Pessoa (PPGD-UNIPÊ). Pós-graduação lato sensu em Direito Material e Processual do Trabalho pela Escola Superior da Magistratura Trabalhista da 13ª Região (ESMAT-13). Graduação em Direito pelo Centro Universitário de João Pessoa (UNIPÊ).E-mail: jessicafeitosaferreira_4@hotmail.com.