FEMINISMO E DECOLONIALIDADE NA AMÉRICA LATINA: A LIBERTAÇÃO DA MULHER DOS PAÍSES LATINO-AMERICANOS E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A EFETIVAÇÃO DA SUSTENTABILIDADE

Conteúdo do artigo principal

Tatiana Mareto Silva
http://orcid.org/0000-0002-2433-3403

Resumo

Este estudo analisou a relação entre a submissão da Natureza e da mulher na América Latina. Partimos da ressignificação da Modernidade e seu deslizamento semântico proposto por Enrique Dussel. Dessa forma, estabelecemos as raízes e fundamentos da submissão da Natureza e da mulher na América Latina colonial e como as diversas colonialidades se reproduziram durante os séculos para gerar uma ideologia que impede ou dificulta a própria sustentabilidade nos países latino-americanos. Concluímos que é necessária uma ruptura com a ideologia eurocêntrica para que a sustentabilidade possa ser atingida na América Latina, requerendo um novo sistema socio-político-econômico.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Detalhes do artigo

Como Citar
MARETO SILVA, Tatiana. FEMINISMO E DECOLONIALIDADE NA AMÉRICA LATINA: A LIBERTAÇÃO DA MULHER DOS PAÍSES LATINO-AMERICANOS E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A EFETIVAÇÃO DA SUSTENTABILIDADE. Revista de Gênero, Sexualidade e Direito, Florianopolis, Brasil, v. 6, n. 1, p. 117–139, 2020. DOI: 10.26668/2525-9849/Index_Law_Journals/2020.v6i1.6596. Disponível em: https://indexlaw.org/index.php/revistagsd/article/view/6596. Acesso em: 26 dez. 2024.
Seção
Artigos
Biografia do Autor

Tatiana Mareto Silva, Centro Universitário São Camilo - Espírito Santo

Doutora em Direitos e Garantias Fundamentais pelo Programa de Pós-Graduação Strictu Sensu em Direito da Faculdade de Direito de Vitória (FDV). Mestre em Políticas Públicas e Processo pela Faculdade de Direito de Campos (UNIFLU/FDC). Pós-graduada em Processo Civil pela Faculdade de Direito de Vitória (FDV). Professora do Curso de Direito do Centro Universitário São Camilo - Espírito Santo.

Referências

ARENDT, Hanna. A condição humana. 10. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2007.

BEAUVOIR, Simone de. O segundo sexo. Versão digital. 2.ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009.

BIDASECA, Karina. Experiencias del feminismo contra-hegemónico en America Latina. Revista Lutas Sociais, N. 27. São Paulo, 2011, pp. 200-203.

______. Perturbando el texto colonial. Buenos Aires: Editora SB, 2010.

CHAUÍ, Marilena. O que é ideologia. São Paulo: Brasiliense, 1981.

DUSSEL, Enrique. Europa, modernidade e Eurocentrismo. In LANDER, Edgardo (org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais - Perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, 2005. Disponível em http://biblioteca.clacso.edu.ar/ar/libros/lander/pt/lander.html.

______. 1492: O encobrimento do outro - a origem do mito da modernidade. Petrópolis - Vozes, 1993.

______. Liberación de la mujer y erotica lationamericana. 4. ed. Bogotá: Editorial Nueva America, 1990.

GLIGO, Nicolo. Estilos de desarrollo y medio ambiente en América Latina, un cuarto de siglo después. Santiago de Chile: CEPAL, 2006. Disponível em https://www.cepal.org/es/publicaciones/5658-estilos-desarrollo-medio-ambiente-america-latina-un-cuarto-siglo-despues.

GÓMEZ-QUINTERO, Juan David. La colonialidad del ser y del saber: la mitologización del desarrollo en América Latina. EL AGORA USB, V. 10, N. 1. Janeiro-julho, 2010. pp. 87-105. Disponível em http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=407748992005.

GUDYNAS, Eduardo. Concepciones de la naturaleza y desarrollo en America Latina. Persona y Sociedad, V. 13, N. 1. 1999, pp 101-125. Disponível em http://www.flacsoandes.edu.ec/agora/concepciones-de-la-naturaleza-y-desarrollo-en-america-latina.

LANDER, Edgardo. Ciencias sociales: saberes coloniales y eurocéntricos. In LANDER, Edgardo (org). A colonialidade do saber: Eurocentrismo e ciências sociais - perspectivas latino-americanas. São Paulo: CLACSO, 2005. Disponível em http://biblioteca.clacso.edu.ar/clacso/sur-sur/20100624090901/colonialidade.pdf.

LEFF, Enrique. Imaginarios sociales y sustentabilidad. Revista Cultura y Representaciones Sociales, Año 5, N. 09. pp. 42-121. 2010.

______. Decrecimiento o desconstrución de la economía: hacia um mundo sustentable. Polis, V. 7, N. 21. pp. 81-90. 2008.

LOJO, María Rosa; MIRANDE, María Eduarda; PALERMO, Zulma. De la (des)colonialidad del género. Lugar social de decir. In BIDASECA, Karina (coord.). Genealogías críticas de la colonialidad en America Latina, Africa, Oriente [livro digital]. Buenos Aires: CLACSO, 2016. Disponível em http://biblioteca.clacso.edu.ar/clacso/sur-sur/20160210113648/genealogias.pdf.

LUGONES, María. Rumo a um feminismo descolonial. Revista Estudos Feministas, V. 22, N. 3. Florianópolis, 2014, pp. 935-952.

MIYAMOTO, Yumi Maria Helena; KROHLING, Aloisio. Dos direitos das mulheres na perspectiva de Jean-Jacques Rousseau, Mary Wollstonecraft e Olympe de Gouges. XXII Encontro Nacional do CONPEDI - História do Direito. Florianópolis: FUNJAB, 2013, pp. 452-467. Disponível em http://www.publicadireito.com.br/publicacao/unicuritiba/livro.php?gt=25.

MORAIS, Maria Lúcia Sabaa Srur. O que dizem os jornais sobre a Biodiversidade na Amazônia no início do século XXI. VI Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação da Região Norte – Belém – PA. 20-22 jun. 2007. Disponível em http://www.intercom.org.br/papers/regionais/norte2007/resumos/R0089-1.pdf. Acesso em 26 mar. 2018.

NOMURA, Leandro. Mulheres são face oculta do trabalho forçado na moda, dizem especialistas. Folha de São Paulo, publicado em 14 out. 2017. Disponível em http://www1.folha.uol.com.br/empreendedorsocial/2017/10/1926291-mulheres-sao-face-oculta-do-trabalho-forcado-na-moda-dizem-especialistas.shtml. Acesso em 26 mar. 2018;

JUSTIFICANDO. Mulher de 68 anos é resgatada de situação análoga à escravidão em MG. Carta Capital, publicado em 13 jul. 2017. Disponível em http://justificando.cartacapital.com.br/2017/07/13/mulher-de-68-anos-e-resgatada-em-situacao-analoga-escravidao-em-mg/. Acesso em 26 mar. 2018.

OKIN, Susan. Moller. Women in western political though. Princeton: Princeton University Press, 2013.

_______. Gênero, o público e o privado. Estudos Feministas. V. 16. N. 02. Florianópolis, mai/ago 2008. Pp. 305-332.

_______. O multiculturalismo é ruim para as mulheres? Revista Brasileira de Ciência Política. N. 04. Brasília, jul/dez 2010. Pp. 355-374.

ONU BRASIL. ONU lança Relatório Global sobre o Tráfico de Pessoas em evento em Brasília com Ivete Sangalo. Disponível em https://nacoesunidas.org/onu-lanca-relatorio-global-sobre-o-trafico-de-pessoas-em-evento-em-brasilia-com-ivete-sangalo/. Acesso em 26 mar. 2018.

ONU MULHERES. Sistema ONU no Brasil divulga nota sobre portaria do trabalho escravo. Publicado em 20 out. 2017. Disponível em http://www.onumulheres.org.br/noticias/sistema-onu-no-brasil-divulga-nota-sobre-portaria-do-trabalho-escravo/. Acesso em 26 mar. 2018.

PULEO, Alicia. Feminismo y ecologia. Mujeres en Red - El periódico feminista. Disponível em http://www.mujeresenred.net/spip.php?article2060. Acesso em 27 abr. 2018.

REDETV. Turismo sexual e tráfico de mulheres caminham lado a lado no Rio de Janeiro. Publicado em 01 out. 2015. Disponível em http://www.redetv.uol.com.br/jornalismo/documentoverdade/videos/ultimos-programas/turismo-sexual-e-trafico-de-mulheres-caminham-lado-a-lado-no-rio-de-janeiro. Acesso em 26 mar. 2018

REIS, Thiago. Cresce o número de mulheres exploradas em regime análogo à escravidão. Agência Patrícia Galvão, publicado em 11 jun. 2015. Disponível em http://agenciapatriciagalvao.org.br/racismo_/cresce-numero-de-mulheres-exploradas-em-regime-analogo-a-escravidao/. Acesso em 26 mar. 2018.

RODRÍGUEZ, Marta Pascual; LÓPEZ, Yayo Herrero. Ecofeminismo, una propuesta para repensar el presente y reconstruir el futuro. Boletín ECOS, N. 10. Jan-Mar, 2010. Disponível em http://www.fuhem.es/media/ecosocial/file/Boletin%20ECOS/ECOS%20CDV/Boletin_10/ecofeminismo_propuesta_repensar_presente.pdf.

RUETHER, Rosemary Radford. Ecofeminismo: mulheres do primeiro e do terceiro mundo. Estudos Teológicos, V. 36, N. 2. São Leopoldo, 1996, pp. 129-139.

SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Revista Educação & Realidade, V. 20, N. 2. Jul-dez, 1995, pp. 71-99.

SEGATO, Rita Laura. Género y colonialidad: en busca de claves de lectura y de un vocabulario estratégico descolonial. In BIDASECA, Karina; VASQUEZ LABA, Vanessa (orgs). Feminismos y poscolonialidad: descolonizando el feminismo desde y en America Latina. Buenos Aires: Editora Godot, 2011.

SHIVA, Vandana. La mirada del ecofeminismo. Polis, V. 3, N. 9. Santiago, 2004. Disponível em http://www.redalyc.org/articulo.oa.

SORJ, B. O feminino com metáfora da natureza. Revista Estudos Feministas, V. 0, N. 0, 1992, pp. 143-150. Disponível em https://periodicos.ufsc.br/index.php/ref/article/view/15806/14299.

SUNKEL, Osvaldo. Introducción: La interacción entre los estilos de desarrollo y el medio ambiente en América Latina. In SUNKEL, O.; GLIGO, N. Estilos de desarrollo y medio ambiente en la America Latina. Cidade do México: Fondo de Cultura Economica, 1980.

WARREN, Karren. Feminismo ecologista. In SHIVA, Vandanda; MIES, María. El ecofeminismo. Expoentes y posturas críticas. Disponível em http://www.flacsoandes.edu.ec/biblio/catalog/resGet.php?resId=7495