Colonialidade do Poder, Exclusão Social e Crise: Interseccionalidades e uma Possível Alternativa a Partir da Perspectiva Socioambiental
Conteúdo do artigo principal
Resumo
Objetiva-se analisar o conceito e desdobramentos da “colonialidade do poder”, termo desenvolvido por Anibal Quijano, que se tornou sistema hegemônico de padrão de poder, saber e ser, eurocêntricos. Este sistema desembocou em exclusões sociais, baseadas na ideia de hierarquização de raças, reproduzidas nos sistemas de produção capitalista e nos de controle social, como as estruturas do poder estatal e do direito. Este modelo está em crise, haja vista sua crescente limitação para a inclusão social, encontrando alternativa possível no socioambientalismo. Para análise do cenário exposto, utiliza-se de metodologia interdisciplinar, buscando vertentes sociológicas e jurídicas.
Downloads
Detalhes do artigo
• O(s) autor(es) autoriza(m) a publicação do artigo na revista;
• O(s) autor(es) garante(m) que a contribuição é original e inédita e que não está em processo de avaliação em outra(s) revista(s);
• A revista não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es);
• É reservado aos editores o direito de proceder ajustes textuais e de adequação do artigo às normas da publicação.
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre) em http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html
Referências
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco: texto integral. 6. ed. São Paulo: Martin Claret, 2012. BALLESTRIN, Luciana. América Latina e o Giro Decolonial. Revista Brasileira de Ciência Política. Brasília: n.º 11, mai/ago 2013, p. 89 – 117.
BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Liquida. São Paulo: Zahar, 2001.
BECK, Ulrich. Sociedade de risco: rumo a uma outra modernidade. 2. ed. São Paulo: Editora 34, 2011.
DESCARTES, René; Discurso do método. São Paulo: Edições 70, 1986.
GROSFOGUEL, Ramon. Para descolonizar os estudos de economia política e os estudos pós- coloniais: transmodernidade, pensamento de fronteira e colonialidade global. Revista Crítica de Ciências Sociais. n. 80, Mar/2008, p. 115-147.
GIDDENS, Anthony. As conseqüências da modernidade. São Paulo: Unesp, 1991. LYOTARD, Jean-François. A Condição Pós-moderna. Lisboa: Gradiva, 2003.
MALDONADO-TORRES, Nelson. Sobre la colonialidad del ser: contribuciones al desarrollo de un concepto. In: CASTRO-GÓMEZ, Santiago & GROSFOGUEL, Ramon (coords.). El giro decolonial: reflexiones para uma diversidad epistêmica más allá del capitalismo global. Bogotá: Siglo del Hombre Editores/Instituto Pensar, 2007 (Instituto de Estudios Sociales Contemporáneos da Pontificia Universidad Javeriana).
MARÉS, Carlos Frederico. O renascer dos povos indígenas para o direito. Curitiba: Juruá, 1998.
. A função social da terra. Porto Alegre: Sérgio Antonio Fabris, 2003.
. Bens Culturais e sua proteção jurídica. 3. Ed. Curitiba: Juruá, 2006.
. Introdução ao Direito Socioambiental. In: LIMA, André (Org.). O Direito para o Brasil Socioambiental. Porto Alegre: Sérgio Antônio Fabris, 2002.
MARX, Karl. Contribuição à crítica da economia política. 2. ed. São Paulo: Expressão Popular, 2008.
MIGNOLO, Walter. Historias locales/disenos globales: colonialidad, conocimientos subalternos y pensamiento fronterizo. Madrid: Akal, 2003.
NAVARRETE, Julio Mejía. Colonialidad y des/colonialidad en América Latina: elementos teóricos. 2014. Disponível em: http://www.uff.br/geographia/ojs/index.php/geographia/article/ viewFile/657/379. Acesso em 03/01/2016.
QUIJANO, Aníbal. Colonialidad del poder, globalización y democracia. Revista de Ciencias Sociales de la Universidad Autónoma de Nuevo León. Ano 4, n.º 7 e 8, Set/abr 2002.
. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, Edgardo (Org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais: Perspectivas latino-
americanas. Buenos Aires: Clacso, 2005.
. El Regreso del Futuro y las Cuestiones de Conocimiento. In: C. Walsh, F. Schiwy y S. Castro-Gómez (Org.) Indisciplinar las Ciencias Sociales: Geopolíticas del conocimiento y colonialidad del poder. Perspectivas desde lo andino. Quito: Universidad Andina Simón Bolívar / Ediciones Abya-Yala, 2002.
. Colonialidad el Poder y Clasificación Social. In: S. Castro-Gómez y R. Grosfoguel (Org.) El Giro Decolonial: Reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global. Bogotá: Siglo del Hombre, 2007.
. Colonialidad y modernidad/racionalidad. Revista Perú Indígena, n.º 13 (29), 1992, p. 11-20. Disponível em: https://problematicasculturales.files.wordpress.com/2015/04/quijano-colonialidad-y-modernidad-racionalidad.pdf. Acesso em: 14/01/2016.
. Colonialidad del poder, globalización y democracia. revista de debate político. n.º. 188, p. 97-123, 2001. Disponível em: http://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?
codigo=2349909. Acesso em 14/01/2016.
. Otro horizonte de sentido histórico. Ponencia de Anibal Quijano en el Panel co-organizado por FEDAEPS Diversidades y cambios civilizatorios: la utopía del siglo XXI?. Belém/PA: Foro Social Mundial, 2009. Disponível em: http://www.fedaeps. org/nosotras/otro- horizonte-de-sentido. Acesso em 03/01/2016.
QUINTERO, Pablo. Notas sobre la teoria de la colonialidad del poder y la estructuración de la sociedad em américa latina. Centro de Estudios Interdisciplinarios en Etnolingüística y Antropología Socio-Cultutal. Papeles de Trabajo n.º 19, Jun/2010. Disponível em: http://rephip.unr.edu.ar/xmlui/bitstream/handle/2133/1586/n19a01.pdf?sequence=1. Acesso em 03/01/2016.
SANTILLI, Juliana. Socioambientalismo e novos direitos: proteção jurídica à diversidade biológica e cultural. São Paulo: Peirópolis, 2005.
SARLET, I. W.; FERNSTERSEIFER, T. Estado socioambiental e mínimo existencial (ecológico?): algumas aproximações. In: SARLET, I. W. Estado Socioambiental e direitos fundamentais. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2010.
TAVARES NETO, J. Q.; SILVA, J. B. (Orgs.). Ações Coletivas e construção da Cidadania. Curitiba: Juruá, 2013.
TAVARES NETO, José Querino. Por um Direito emancipatório: alguns elementos revolucionários em “A educação sentimental” de Gustave Flaubert. Revista Diversitates. p. 18-39, 2009.
WOLKMER, M. F. S.; PAULITSCH, N. S. O Estado de Direito Socioambiental e a governança ambiental: ponderações acerca da judicialização das políticas públicas ambientais e da atuação do Poder Judiciário. Revista NEJ (eletrônica), vol. 18, n.º 2, p. 256 – 268, mai-ago 2013. Disponível em: http://siaiap32.univali.br/seer/index.php/nej/article/view/ 4678. Acesso em 26/12/2015.
WOOD, Ellen. As origens do Capitalismo. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 2001.