PROCESSO DE MERCANTILIZAÇÃO DA SEMENTE: ORIGEM, CONSEQUÊNCIAS AO AGRICULTOR FAMILIAR E ALTERNATIVAS
Conteúdo do artigo principal
Resumo
O presente estudo visa realizar uma breve análise do processo de mercantilização da semente, que passa de recurso regenerativo, envolto de saberes tradicionais e parte de ecossistemas sustentáveis, a mercadoria central do agronegócio. Esse processo envolve os modelos tecnológicos da agricultura, o processo de globalização neoliberal, a ciência reducionista e os sistemas de legais que legitimam apenas esse tipo de conhecimento como válido. Em razão dos impactos desse processo nos agricultores familiares, erige-se a agroecologia como alternativa de superação da ideia de poder mercadológico que a semente desenvolveu, resgatando seus conceitos tradicionais de recurso renovável e de liberdade.
Downloads
Detalhes do artigo
• O(s) autor(es) autoriza(m) a publicação do artigo na revista;
• O(s) autor(es) garante(m) que a contribuição é original e inédita e que não está em processo de avaliação em outra(s) revista(s);
• A revista não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es);
• É reservado aos editores o direito de proceder ajustes textuais e de adequação do artigo às normas da publicação.
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre) em http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html
Referências
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF:
Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. 292 p.
FELDENS, Luciano. A constituição penal: a dupla face da proporcionalidade no controle das
normas penais. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2005.
GAMEIRO, Mariana Bombo Perozzi; MARTINS, Rodrigo Constante. Da mercantilização
da natureza à criação de mercadorias verdes. REDD – Revista Espaço de Diálogo e
Desconexão, v. 8, n. 2, p. 1-18, 2014.
HOBSBAWN, E. Introdução. In: MARX, K. Formações econômicas pré-capitalistas.
Tradução de João Maia. 3.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981.
LACEY, Hugh. As sementes e o conhecimento que elas incorporam. São Paulo: São Paulo
em Perspectiva, v. 14, n. 3, 2000.
MACHADO, Luiz Carlos Pinheiro; MACHADO FILHO, Luiz Carlos Pinheiro. A Dialética
da Agroecologia: contribuição para um mundo com alimentos sem veneno. 1. ed. São Paulo:
Expressão Popular, 2014.
MARX, K. Para a crítica da economia política. São Paulo: Nova Cultural – Coleção Os
Pensadores, 1987.
______. O capital. São Paulo: Abril Cultural – Coleção Os Economistas, v.1, 1983.
______. Formações econômicas pré-capitalistas. Tradução de Joao Maia. 3.ed. Rio de
Janeiro: Paz e Terra, 1981.
MAZOYER, Marcel; ROUDART, Laurence. História das agriculturas no mundo: do
neolítico à crise contemporânea. São Paulo: Editora UNESP, 2010.
MOONEY, Pat Roy. O escândalo das sementes: o domínio na produção de alimentos. São
Paulo: Nobel, 1987.
NOGUEIRA, A. C. L.; ZYLBERSZTAJN, D.; GORGA, E. A ameaça da pirataria.
Agroanalysis. Rio de Janeiro, v. 25, n. 8, p. 30-31, ago. 2005.
PELAEZ, V.; SCHMIDT, W. A difusão dos OGM no Brasil: imposição e resistências.
Estudos Sociedade e Agricultura, Rio de Janeiro, v. 14, p. 5-31, abr. 2000.
SANTILLI, Juliana. A Lei de Sementes brasileira e os seus impactos sobre a
agrobiodiversidade e os sistemas agrícolas locais e tradicionais. Bol. Mus. Para. Emílio
Goeldi. Ciênc. hum. [online]. 2012, vol.7, n.2, pp.457-475. ISSN 1981-8122. Disponível em:
<http://dx.doi.org/10.1590/S1981-81222012000200009>, Acesso em 03 maio. 2017.
SHIVA, Vandana. Biopirataria: a pilhagem da natureza e do conhecimento. Petrópolis:
Vozes, 2001.
VIDAL, Ana Paula Cenci. Legislação brasileira de sementes: aplicação e eficácia na
garantia da qualidade de sementes de soja. Dissertação. Mestrado Acadêmico em
Agronegócios. UnB, 2012.
ZIEGLER, Jean. Destruição em massa. Geopolítica da fome. Tradução e prefácio de José
Paulo Netto. 1º ed. São Paulo: Cortez, 2013.