A ANUÊNCIA DO ESTADO DE MINAS GERAIS NA SUPRESSÃO DE MATA ATLÂNTICA COM A EXCLUSÃO DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO DANO AMBIENTAL: A APLICAÇÃO DA BAGATELA NO CAMPO AMBIENTAL

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Raphael de Abreu Senna Caronti
http://orcid.org/0000-0002-5655-4913

Resumo

Esta pesquisa teve como objetivo refletir sobre a possibilidade de aplicação do instituto da bagatela na responsabilidade civil ambiental, frente às teorias do risco, para tal foi trazido o acórdão n. 1.0000.17.012691-6/002 julgado pelo TJMG como marco teórico. A metodologia adotada é classificada como dedutiva e qualitativa e por meio de bibliografia e jurisprudência. Chegou-se à conclusão que é impossível aplicar a bagatela na responsabilidade civil ambiental, uma vez que os tribunais superiores adotam a teoria do risco integral, cujo intuito é a máxima proteção ao meio ambiente e, por isso, tal decisão é contrária ao meio ambiente.

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Como Citar
CARONTI, Raphael de Abreu Senna. A ANUÊNCIA DO ESTADO DE MINAS GERAIS NA SUPRESSÃO DE MATA ATLÂNTICA COM A EXCLUSÃO DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO DANO AMBIENTAL: A APLICAÇÃO DA BAGATELA NO CAMPO AMBIENTAL. Revista de Direito Ambiental e Socioambientalismo, Florianopolis, Brasil, v. 7, n. 2, p. 1–21, 2022. DOI: 10.26668/IndexLawJournals/2525-9628/2021.v7i2.8133. Disponível em: https://indexlaw.org/index.php/Socioambientalismo/article/view/8133. Acesso em: 26 dez. 2024.
Seção
Artigos
Biografia do Autor

Raphael de Abreu Senna Caronti, Escola Superior Dom Helder Câmara

Mestre em Direito Ambiental e Sustentabilidade pela escola Superior Dom Helder Câmara, membro do grupo de pesquisa Responsabilidade Civil e Processo Ambiental e Advogado. e-mail: raphaelcaronti@hotmail.com

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