TEORIA DAS CAPACIDADES E PRESERVAÇÃO DE DIREITOS NO ENCARCERAMENTO FEMININO

Conteúdo do artigo principal

Jéssica Feitosa Ferreira
http://orcid.org/0009-0009-7047-6673
Isailma Abrantes Sátiro Palmeira
http://orcid.org/0009-0008-5037-1404
Mariana Soares de Morais Silva
http://orcid.org/0000-0002-8215-4702

Resumo

O presente artigo tem como objetivo analisar a teoria das capacidades, proposta por Martha Nussbaum, dado o aumento das mulheres aprisionadas nos últimos tempos, assim como a violação dos direitos fundamentais nos estabelecimentos prisionais, demonstrada na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) n° 347, que reconheceu o Estado de Coisas Inconstitucional no sistema prisional brasileiro. Busca-se responder a seguinte pergunta: as mulheres possuem seus direitos violados na execução das sanções penais?  A pesquisa é de natureza qualitativa e método descritivo e exploratório, destacando-se como pesquisa bibliográfica e documental. No seu percurso de realização, apoiou-se de artigos, livros e legislação acerca do tema, cujos resultados apontam para a importância de haver maior investimento em políticas públicas para as mulheres encarceradas, e que uma experiência vivenciada no estado da Paraíba abarca a teoria de Nussbaum no que se refere ao controle sobre o ambiente, relativa à capacidade de viver em um ambiente que permita o acesso a recursos econômicos, à educação e às oportunidades de emprego.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Detalhes do artigo

Como Citar
FERREIRA, Jéssica Feitosa; PALMEIRA, Isailma Abrantes Sátiro; SILVA, Mariana Soares de Morais. TEORIA DAS CAPACIDADES E PRESERVAÇÃO DE DIREITOS NO ENCARCERAMENTO FEMININO. Revista de Direito Penal, Processo Penal e Constituição, Florianopolis, Brasil, v. 9, n. 2, 2024. DOI: 10.26668/IndexLawJournals/2526-0200/2023.v9i2.9957. Disponível em: https://indexlaw.org/index.php/direitopenal/article/view/9957. Acesso em: 22 nov. 2024.
Seção
Artigos
Biografia do Autor

Jéssica Feitosa Ferreira, Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ

Mestranda em Direito e Desenvolvimento Sustentável pelo Centro Universitário de João Pessoa (PPGD-UNIPÊ). Pós-graduação lato sensu em Direito Material e Processual do Trabalho pela Escola Superior da Magistratura Trabalhista da 13ª Região (ESMAT-13). Graduação em Direito pelo Centro Universitário de João Pessoa (UNIPÊ). E-mail: jessicafeitosaferreira_4@hotmail.com. ORCID: https://orcid.org/0009-0009-7047-6673.

Isailma Abrantes Sátiro Palmeira, Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ

Mestranda em Direito e Desenvolvimento Sustentável pelo Centro Universitário de João Pessoa (PPGD-UNIPÊ). Graduação em Direito pelo Centro Universitário de João Pessoa (UNIPÊ). E-mail: isailmaabrantes@gmail.com. ORCID: https://orcid.org/0009-0008-5037-1404.

Mariana Soares de Morais Silva, Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ

Mestranda em Direito e Desenvolvimento Sustentável pelo Centro Universitário de João Pessoa (PPGD-UNIPÊ). Graduação em Direito pelo Centro Universitário de João Pessoa (UNIPÊ). E-mail: marianasoaresmoraissilva@gmail.com. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-8215-4702

Referências

ALLIANCE, Drug Policy. Women and the Drug War. Disponível em: https://drugpolicy.org/issues/women-drug-war. Acesso em: 29 out. 2022.

BLOG DO DERCIO. Cela do presídio feminino de Patos será transformada em ateliê do projeto Castelo de Bonecas. 2023. Disponível em: https://dercio.com.br/cela-do-presidio-feminino-de-patos-sera-transformada-em-atelie-do-projeto-castelo-de-bonecas/. Acesso em: 13.set. 2023.

BRASIL. Decreto Lei nº 3.689, de 03 de outubro de 1941. Código de processo Penal. Brasília, 03 out. 1941. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del3689.htm. Acesso em: 10.set. 2023.

BRASIL. Regras de Bangkok: Regras das Nações Unidas para o Tratamento de Mulheres Presas e Medidas Não Privativas de Liberdade para Mulheres Infratoras. Conselho Nacional de Justiça, Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas, Conselho Nacional de Justiça – 1ª Ed – Brasília: Conselho Nacional de Justiça. 2016.

BRASIL. DEPARTAMENTO PENITENCIÁRIO NACIONAL. Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias – Infopen Mulheres,. 2. ed. Brasília: Departamento Penitenciário Nacional, 2018.

BRASIL. Lei Nº 7.210, de 11 de Julho de 1984. Institui a Lei de Execução Penal. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7210.htm. Acesso em: 28.ago.2023.

BRASIL. Lei nº 12.403, de 04 de maio de 2011. Presidência da República. Brasília , 04 maio 2011. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12403.htm. Acesso em: 10. set. 2023.

BRASIL. Lei nº 13.434, de 12 de abril de 2017. Presidência da República. Brasília , 12 abr. 2017. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2017/lei/ll3434.htm. Acesso em: 10. set. 2023

BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 347. Partido Socialismo e Liberdade - PSOL. Relator: MARCO AURÉLIO. Diário Oficial da União. Distrito Federal: Supremo Tribunal Federal, 09 set. 2015.

CAMPOS, Carlos Alexandre de Azevedo. O Estado de Coisas Inconstitucional e o litígio estrutural. 2015. Disponível em: https://www.conjur.com.br/2015-set-01/carlos-campos-estado-coisas-inconstitucional-litigio-estrutural. Acesso em: 12. set. 2023.

CARDOSO, Priscila. Castelo de Bonecas: por trás de todo castelo existe uma boa historia. por trás de todo castelo existe uma boa historia. 2021. Disponível em: https://www.anf.org.br/castelo-de-bonecas-por-tras-de-todo-castelo-existe-uma-boa-historia/. Acesso em: 30 ago. 2023.

FRINHANI, Fernanda; Souza, Lídio de. Mulheres encarceradas e espaço prisional:

uma análise de representações sociais. Disponível em:

http://pepsic.bvsalud.org/pdf/ptp/v7n1/v7n1a06.pdf. Acesso em: 28. ago. 2023.

LIMA, Rogério Gonçalves; Oliveira, Beatriz dos Santos. Os direitos e garantias fundamentais da presa gestante. Tcc apresentado à Faculdade Evangélica de Rubiataba. Disponível em: http://repositorio.aee.edu.br/jspui/handle/aee/17721. Acesso em: 27. ago.2023

MACHADO. Valeska Berman. Questão penitenciária e encarceramento feminino. Disponível em: file:///C:/Users/Nedir/Downloads/27471-141256-1- PB%20(1).pdf. Acesso em: 27. ago. 2023.

MARCÃO, Renato. Curso de execução penal. 18. Ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021.

MODESTO, Celina. Ressocialização: Penitenciária Júlia Maranhão retoma produção do Projeto Castelo de Bonecas. 2020. Disponível em: https://www.tjpb.jus.br/noticia/ressocializacao-penitenciaria-julia-maranhao-retoma-producao-do-projeto-castelo-de-bonecas. Acesso em: 30. ago.2023.

MONTENEGRO, Manuel Carlos. Presas da Paraíba mostram suas bonecas em Brasília. 2018. Disponível em: https://www.cnj.jus.br/presas-da-paraiba-mostram-suas-bonecas-em-brasilia/. Acesso em: 13. set. 2023.

NUSSBAUM, Martha C. Creating. The human development Approach. Inglaterra, 2011

NUSSBAUM, Martha C. Creating. Fronteiras da justiça: deficiência, nacionalidade, pertencimento à espécie. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2013.

ONU. ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS BRASIL. Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais Divisão Populacional. 2019. Disponível em: https://population.un.org/wpp/. Acesso em: 31 out. 2022.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Regras nº 2010/16, de 22 de julho de 2010. Regras das Nações Unidas Para O Tratamento de Mulheres Presas e Medidas Não Privativas de Liberdade Para Mulheres Infratoras (Regras de Bangkok). 65ª Assembleia. p. 1-24.

PRADO, Nathalia Teixeira do. Encarceramento Feminino no Brasil: Entre as particularidades do gênero e o estado de coisas inconstitucional. Universidade Federal de Uberlândia, 2021.

QUEIROZ, Nana. Presos que menstruam, a brutal vida das mulheres – tratadas como homens – nas prisões brasileiras. 1ª Edição. Rio de Janeiro – São Paulo: Record, 2015.

RODRIGUES, V.E.R. A relação da educação e do trabalho na Penitenciária Industrial de Guarapuava: mudanças e permanências históricas. 2015. 130f. Dissertação (mestrado). Universidade Estadual do Centro-Oeste, Guarapuava.

SISDEPEN. Dados estatísticos do sistema penitenciário. 2022. Disponível em: https://www.gov.br/senappen/pt-br/servicos/sisdepen. Acesso em: 11. set. 2023.

SOUSA, Célia Regina Nilander. O cárcere feminino no Brasil e seus aliados: abandono, violência simbólica e institucional. São Paulo, 2021. Tese de Doutorado em Filosofia. PUC-SP. Disponível em: https://tede.pucsp.br/bitstream/handle/24709/1/Celia%20Regina%20Nilander%20de%20Sousa.pdf. Acesso em: 11. set. 2023.

TABAJARA. Paraíba: Reeducandas produzem máscaras cirúrgicas. 2020. Disponível em: http://epc-portal-prod.codata.pb.gov.br/portal_radio_tabajara/noticias/paraiba-reeducandas-produzem-mascaras-cirurgicas. Acesso em: 13. set. 2023.

WORLD PRISON BRIEF (Inglaterra). População mundial de mulheres prisionais aumentou 60% desde 2000. 2022. Disponível em: https://www.prisonstudies.org/news/world-female-prison-population-60-2000. Acesso em: 10. set. 2023.

WORLD PRISION BRIEF (Inglaterra). World Female Imprisonment List. 5. ed. Inglaterra: World Prision Brief, 2022.