O Olhar Positivista e a Ingenuidade Historiográfica: Crítica das Fontes de Pesquisa em História do Direito

Conteúdo do artigo principal

Bernardo Pinhón Bechtlufft

Resumo

A crença desmedida nas fontes, denunciada por Jacques Le Goff a partir da célebre provocação “todo documento é uma mentira”, deve ser sempre rememorada pelo historiador. Este artigo visa dimensionar o quanto a historiografia do direito se vê afetada por um código epistêmico positivista, resultando numa ausência de maior criticidade frente às suas fontes de pesquisa, para, ao final, sugerir caminhos metodológicos alternativos, que possam orientar uma outra técnica de recolha de dados, descomprometida científica, ética e politicamente para com o discurso oficial sobre a história do direito.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Detalhes do artigo

Como Citar
BECHTLUFFT, Bernardo Pinhón. O Olhar Positivista e a Ingenuidade Historiográfica: Crítica das Fontes de Pesquisa em História do Direito. Revista Brasileira de História do Direito, Florianopolis, Brasil, v. 2, n. 2, p. 96–112, 2017. DOI: 10.26668/IndexLawJournals/2526-009X/2016.v2i2.1636. Disponível em: https://indexlaw.org/index.php/historiadireito/article/view/1636. Acesso em: 22 dez. 2024.
Seção
Artigos
Biografia do Autor

Bernardo Pinhón Bechtlufft, Centro Universitário Internacional - UNINTER, Belo Horizonte, BH

Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Direito no Centro Universitário Internacional (UNINTER), sob orientação do Prof. Dr.António Manuel Hespanha. Bacharel em Direito pelo Centro Universitário Curitiba (UNICURITIBA) e em História pela Universidade Federal de Minas Gerais

Referências

BENJAMIN, Walter. Obras escolhidas: Magia e Técnica, Arte e Política. v. 01. 3. ed. São Paulo: Brasiliense, 1987.

BOURDIEU, Pierre. O Poder Simbólico. 16. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2012.

CARDOSO JR., Helio Rebello. Tramas de Clio: convivências entre filosofia e história. Curitiba: Aos quatro ventos, 2001.

COULANGES, Fustel de. Histoire des instituitions politiques de l’ancienne France. Paris, Hachette, 1988. p. 29-30. Disponível em: <http://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k61703d/f5.item.zoom>. Acesso em: 14 jul. 2016.

FEBVRE, Lucién. Combates pela história. Lisboa: Presença, 1989.

FONSECA, Ricardo Marcelo. Introdução Teórica à História do Direito. Curitiba: Juruá, 2009.

GINZBURG, Carlo. Mitos, emblemas e sinais: Morfologia e História. 2. ed. São Paulo: Cia. das Letras, 2007.

HESPANHA, António Manuel. Panorama Histórico da Cultura Jurídica Europeia. Lisboa: Europa América, 1997.

LE GOFF, Jacques. História e Memória. Campinas: Editora Unicamp, 1990.

LÖWY, Michael. Walter Benjamin: aviso de incêndio. Uma leitura das teses "Sobre o conceito de história". Rio de Janeiro: Boitempo, 2005.

MORIN, Edgar. Ciência com Consciência. 16. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2014.

REIS, José Carlos. Escola dos Annales: A inovação em História. 2. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2004.

______. História e Teoria: Historicismo, Modernidade, Temporalidade e Verdade. 2. ed. Rio de Janeiro: FGV, 2005.

TEUBNER, Gunther. How the Law Thinks: Toward a Constructivist Epistemology of Law. Law & Society Review, v. 23, n. 05, 1989, pp. 727-758.

WOLKMER, Antônio Carlos. Introdução ao pensamento jurídico crítico. 9. ed. São Paulo: Saraiva, 2015.