EMPREENDEDORISMO SOCIAL E ACCOUNTABILITY: O CONTROLE PARTICIPATIVO EXERCIDO PELO TERCEIRO SETOR

Main Article Content

Lidiana Costa de Sousa Trovão
http://orcid.org/0000-0003-2688-0029
Igor Marcellus Araújo Rosa
http://orcid.org/0009-0005-4717-0415

Abstract

O presente artigo procurou investigar se o empreendedorismo social, enquanto agente de monitoramento público-administrativo, atenderia aos pressupostos democrático-participativos esculpidos pela Constituição de 1988. Teve como objetivo geral a definição e a caracterização de accountability, sendo que a nível específico, visou apontar a capacidade de inspiração e maximização da consciência participativo-democrática no uso de alternativas de controle disponíveis através do empreendedorismo social. Concluiu-se que a participação popular na diretoria das Organizações Sociais se dá mediante representação no órgão colegiado de deliberações ou também chamado de Conselho de Administração, bem como que o terceiro setor é parte legítima para o controle, monitoramento e qualificação dos atos da vida pública, uma vez que ocupa um lugar de destaque na prevenção, combate, informação e conscientização comunitária, quanto à legalidade dos atos de gestão. O procedimento de pesquisa adotado foi o bibliográfico, baseado na coleta e revisão de artigos, obras jurídicas e demais materiais bibliográficos relacionados à temática apresentada, sendo a orientação metodológica desenvolvida por meio do método de abordagem dedutivo.

Downloads

Download data is not yet available.

Article Details

How to Cite
TROVÃO, Lidiana Costa de Sousa; ARAÚJO ROSA, Igor Marcellus. EMPREENDEDORISMO SOCIAL E ACCOUNTABILITY: O CONTROLE PARTICIPATIVO EXERCIDO PELO TERCEIRO SETOR. Revista de Direito Administrativo e Gestão Pública, Florianopolis, Brasil, v. 9, n. 1, p. 92 – 106, 2023. DOI: 10.26668/IndexLawJournals/2526-0073/2023.v9i1.9682. Disponível em: https://indexlaw.org/index.php/rdagp/article/view/9682. Acesso em: 22 dec. 2024.
Section
Artigos
Author Biographies

Lidiana Costa de Sousa Trovão, UNIMAR

Doutoranda e Mestre em Direito pela Universidade de Marília/SP. Pós-graduada em Direito Civil e Processo Civil. Professora universitária. Advogada.

Igor Marcellus Araújo Rosa, UNIMAR

Doutorando em Direito pela Universidade de Marília (UNIMAR). Tabelião de Notas no Estado do Maranhão.

References

ASCENSÃO, J. O. Introdução à ciência do Direito. São Paulo: Renovar, 2005.

BAUMAN, Zygmunt. Modernidade líquida. Tradução: Plínio Dentzien. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.

BIGNOTTO, N. Corrupção e opinião pública. In: AVRITZER, Leonardo; FIGUEIRAS, F. (organizadores). Corrupção e Sistema Político no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011.

BRITO, Thamires da Silva; PEREZ, Olivia Cristina. Accountability nas organizações do terceiro setor. Revista Pensamento e Realidade, 2014. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/pensamentorealidade/article/download/22422/16426. Acesso em: 25 jun. 2021.

BRESSER PEREIRA, L. C. CUNILL GRAU, Nuria. O público não-estatal na reforma do Estado – O controle social nas organizações sociais no Brasil (Mariane Nassuno). 1ª Ed. Rio de Janeiro: Editora Fundação Getúlio Vargas, 1999.

CANELA, G. NASCIMENTO, S. (Coord.). Acesso à informação e controle social das políticas públicas. Brasília, DF: ANDI, 2009, p. 89. Disponível em: http://www6.ufcspa.edu.br/_static/acesso-a-informacao-e-controle-social-das-politicas-publicas.pdf. Acesso em: 08 jun. 2021.

CUNILL GRAU, Nuria. Repensando o público através da sociedade ¾ novas formas de gestão pública e representação social. Rio de Janeiro, FGV, 1998.

DELEUZE, Gilles. Post-scriptum sobre as sociedades de controle. In: Conversações – mediador: Antônio Negri (1990). Tradução de Peter Pál Pelbart. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1992.

DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Transformações do Direito Administrativo. Revista de Direito da Administração Pública, Universidade Federal Fluminense, ISSN 24472042, a. 2, v. 2, n. 1, jan/jun. Rio de Janeiro: 2016.

DUARTE JÚNIOR, Dimas Pereira. Accountability e Relações Internacionais. Revista Ponto e Vírgula, v. 4, n. 12 – 24, São Paulo: 2008.

FOUCAULT, M. Conversação sem complexos com um filósofo que analisa as “estruturas do poder” (1978). In: Ditos e escritos IV: estratégia, poder-saber. Org. Manoel Barros da Mota. Trad. Vera Lúcia A. Ribeiro. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2003.

HARDT, M. A sociedade mundial de controle. In: ALLIEZ, E. (Org.). Gilles Deleuze: uma vida filosófica. São Paulo: Ed. 34, 2000.

HIRSCHMAN, A. Exit, voice and loyalty: reponses to decline in firms, organizations, and states. Harvard University Press, 1970.

JORGE, Fernanda dos Santos. Fatores Determinantes da Accountability no Terceiro Setor. Dissertação (Mestrado). Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Ciências Econômicas, Programa de Pós-Graduação em Controladoria e Contabilidade. Porto Alegre, 2020.

LEAL, Rogério Gesta. Patologias corruptivas nas relações entre Estado, Administração e Sociedade: causas, consequências e tratamentos. Santa Cruz do Sul: Edunisc, 2013.

MAIOLINO, Eurico Zecchin. Accountability popular e os sistemas de governo. Revista dos Tribunais. vol. 990/2018 | p. 41 - 54 | Abr / 2018.

MATIAS-PEREIRA, José. Governança no Setor Público. São Paulo: Atlas, 2010.

OBSERVATÓRIO SOCIAL DO BRASIL. Como funciona. Disponível em: https://osbrasil.org.br/como-funciona/. Acesso em: 20 jun. 2021.

PELBART, P. P. Vida capital: ensaios de biopolítica. São Paulo: Iluminuras, 2003.

SILVA DE BONA, R. BOEIRA, S. L. Observatório social do Brasil e os desafios organizacionais do controle social. Ed. (2018). Cadernos Gestão Pública e Cidadania, v. 23, n. 75 (215-234).

WEBER, L. A. Capital social e corrupção política nos municípios brasileiros: o poder do associativismo. Brasília, 2006. Dissertação (Mestrado em Ciência Política) - Universidade de Brasília, Brasília, 2006. Pág. 31.