REFORMAS PARA UM POLICIAMENTO DEMOCRÁTICO: DESAFIOS PARA DESCONSTITUCIONALIZAR O MODELO DE POLÍCIA

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Marcos Flávio Rolim
http://orcid.org/0000-0003-1076-5990

Resumo

O objetivo do artigo é o de discutir, a partir de revisão bibliográfica, os caminhos para a reforma do modelo de polícia no Brasil, com foco nas características disfuncionais desse modelo que impedem respostas condizentes com o mandato das polícias nas democracias modernas. Destaca-se a necessidade de que, a exemplo da experiência internacional, seja assegurado o ciclo completo às polícias brasileiras, com as funções de patrulhamento e investigação como especializações internas às instituições; as razões pelas quais a ideia de unificação das polícias agrega graves riscos e porque é necessário que cada polícia tenha uma só carreira funcional, superando-se, assim, as fraturas que as tensionam, que legitimam concepções autoritárias de gestão e que reduzem sua eficiência. O texto aborda tema relevante e sinaliza um caminho que pode estruturar políticas inovadoras na área da segurança pública. Concluímos que as reformas propostas exigirão, por sua amplitude, a retirada do modelo de polícia da Constituição Federal e a aprovação de princípios matriciais de policiamento democrático baseado em evidências como diretrizes do Sistema Único de Segurança Pública.

 

 

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Como Citar
ROLIM, Marcos Flávio. REFORMAS PARA UM POLICIAMENTO DEMOCRÁTICO: DESAFIOS PARA DESCONSTITUCIONALIZAR O MODELO DE POLÍCIA. Revista de Direito Brasileira, Florianopolis, Brasil, v. 35, n. 13, p. 297–313, 2024. DOI: 10.26668/IndexLawJournals/2358-1352/2023.v35i13.8419. Disponível em: https://indexlaw.org/index.php/rdb/article/view/8419. Acesso em: 19 nov. 2024.
Seção
PARTE GERAL
Biografia do Autor

Marcos Flávio Rolim, Centro Universitário Ritter dos Reis (UniRitter)

É professor do mestrado em Direitos Humanos do Centro Universitário Ritter dos Reis (UniRitter) onde coordena Grupo de Pesquisa em Justiça  Restaurativa. Doutor e mestre em Sociologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), instituição onde realizou seu pós-doutorado em Sociologia; especialista em Segurança Pública pela Universidade de Oxford (UK), com graduação em Jornalismo pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

 

É membro fundador do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) e do Instituto Cidade Segura, membro da Assembleia Brasil da Anistia Internacional e do conselho da ONG Artigo 19.

Exerceu mandatos como vereador, deputado estadual e federal, tendo presidido as comissões de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do RS e da Câmara dos Deputados.

É autor, entre outros trabalhos, de “A Síndrome da Rainha Vermelha, policiamento e segurança pública no século XXI” (Zahar), “Desarmamento, evidências científicas (DaCasa / Palmarinca);  “Bullying, o pesadelo da escola (Dom Quixote) e “A Formação de Jovens Violentos, estudo sobre a etiologia da violência extrema” (Appris).

 

 

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