SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E ENSINO DOMICILIAR: UMA ANÁLISE DA TIPOLOGIA ARGUMENTATIVA OBSERVADA NOS VOTOS DOS MINISTROS DO R.E. Nº 888.815

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Fernando Romani Sales

Resumo

O artigo tem por objetivo principal analisar a argumentação presente nos votos dos ministros do Supremo Tribunal Federal no caso do ensino domiciliar (R.E. nº 888.815), julgado em 2018 com reconhecimento de repercussão geral, a saber se o homeschooling poderia ser viabilizado como meio lícito de cumprimento, pela família, do dever constitucional educacional. A grade analítica utilizada no trabalho parte de adaptação da tipologia argumentativa proposta por Dimoulis & Lunardi (2013), baseada em teorias de argumentação jurídica. Também são objetivos do texto observar se a tese de repercussão geral (822) fixada no caso foi fruto de construção coletiva majoritária, ou não; bem como constatar se o acórdão foi capaz de definir a posição (constitucional ou inconstitucional) do ensino domiciliar no ordenamento jurídico brasileiro, ou se a decisão se limitou apenas em apreciar (dar provimento ou denegar) o Recurso Extraordinário em questão.

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Como Citar
SALES, Fernando Romani. SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E ENSINO DOMICILIAR: UMA ANÁLISE DA TIPOLOGIA ARGUMENTATIVA OBSERVADA NOS VOTOS DOS MINISTROS DO R.E. Nº 888.815. Revista de Direito Brasileira, Florianopolis, Brasil, v. 30, n. 11, p. 96–118, 2022. DOI: 10.26668/IndexLawJournals/2358-1352/2021.v30i11.6156. Disponível em: https://indexlaw.org/index.php/rdb/article/view/6156. Acesso em: 19 nov. 2024.
Seção
PARTE GERAL
Biografia do Autor

Fernando Romani Sales, FGV Direito SP

Mestrando em Direito e Desenvolvimento pela FGV DIREITO SP, na área de Instituições do Estado Democrático de Direito, Desenvolvimento Político e Social. Graduado em Direito pela Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo. Ex-aluno da Escola de Formação Pública da Sociedade Brasileira de Direito Público (SBDP). Pesquisador no LAUT - Centro de Análise da Liberdade e do Autoritarismo.

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