RESSIGNIFICAÇÕES SOBRE A TORTURA NO SISTEMA CARCERÁRIO BRASILEIRO DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19: UMA ANÁLISE DECOLONIAL

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Lênora Santos Peixoto
Manuela Abath Valença
Luiz Felipe de Sena

Resumo

Em um contexto de acentuação da vulnerabilização social da população carcerária brasileira durante a Pandemia da Covid-19, bem como, diante da forma distinta com que essa população foi tratada no âmbito das normas de “proteção” à saúde e das políticas públicas criminais e penitenciárias, o presente artigo objetiva refletir, sob um viés decolonial, acerca das ressignificações atribuídas à tortura durante esse período, apontando o caráter referencial dessa categoria e tensionando quem teria, de fato, o poder de defini-la. Para tanto, será feita uma análise dos relatórios produzidos pela Pastoral Carcerária e pela Defensoria Pública de São Paulo durante a Pandemia da Covid-19, somando-se a reflexões empíricas que desvelam novas formas de denúncias, silenciamentos, discriminações múltiplas e interseccionais relacionadas a essa população e aos seus familiares. Assim, a pesquisa utilizará o método analético, valendo-se de investigações bibliográficas, inspirações etnográficas e da análise de dados coletados em relatórios correspondentes aos dois anos iniciais da pandemia. O referencial teórico adotado congloba uma análise a partir da criminologia crítica brasileira somada à leitura decolonial, que dê significado não só aos dados, mas também às mobilizações, narrativas e anseios desses grupos. Assim, ao final, será possível refletir, de forma bilateral, sobre os contributos desse campo na disputa pela efetivação das demandas de grupos vulnerabilizados.

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Como Citar
SANTOS PEIXOTO, Lênora; ABATH VALENÇA, Manuela; DE SENA, Luiz Felipe. RESSIGNIFICAÇÕES SOBRE A TORTURA NO SISTEMA CARCERÁRIO BRASILEIRO DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19: : UMA ANÁLISE DECOLONIAL. Revista de Criminologias e Politicas Criminais, Florianopolis, Brasil, v. 10, n. 2, 2025. DOI: 10.26668/IndexLawJournals/2526-0065/2024.v10i2.10976. Disponível em: https://indexlaw.org/index.php/revistacpc/article/view/10976. Acesso em: 2 abr. 2025.
Seção
Artigos
Biografia do Autor

Lênora Santos Peixoto, Universidade Federal de Pernambuco - UFPE

Doutoranda em Direito pela UFPE. Mestra em Antropologia Social  pela UFRN. Especialista em Prática Judicial pela UFRN/ESMARN. Bacharela em Direito pela UERN. Pesquisadora do Grupo Asa Branca de Criminologia. Assessora Jurídica no Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte.

Manuela Abath Valença, Universidade Federal de Pernambuco - UFPE

Professora Adjunta da graduação e do Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Professora da graduação em Direito da Universidade de Pernambuco (UPE). Coordenadora da Liga Acadêmica de Ciências Criminais da UFPE (UFPECRIM). Pesquisadora do Grupo Asa Branca de Criminologia. Presidenta do Instituto Brasileiro de Direito Processual Penal (IBRASPP). Doutora em Direito pelo Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade de Brasília (2018). Mestre em direito pelo Programa de Pós-Graduação em Direito da UFPE (2012). Graduada em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco (2010).

Luiz Felipe de Sena, Universidade Federal de Pernambuco - UFPE

Mestre em direito pelo Programa de Pós-graduação em Direito da Universidade Federal de Pernambuco (PPGD-UFPE), onde foi bolsista CAPES. Bacharel em Direito pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP). Membro do Grupo Asa Branca de Criminologia.