LINCHAMENTOS DE MULHERES E NOVAS EXPRESSÕES DAS VIOLÊNCIAS DE GÊNERO: perfis, interseccionalidades e lógicas nos linchamentos de gênero
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Resumo
O presente trabalho visa publicizar resultados finais de ciclo de iniciação científica realizado em 2023-2024, financiado pelo CNPq, que teve como proposta realizar um estudo sistemático acerca de fenômenos violentos com frequência identificados, principalmente, no campo social urbano da sociedade brasileira contemporânea, aqui configurados nas noções de vingança privada, vigilantismos e, principalmente, linchamentos. Fenômenos estes que, entendidos como tipos de violência realizados em grupos, refletem questões maiores que demonstram a inefetividade constitucional, a fragilidade social de grupos vulnerabilizados, o descrédito nas instituições do Sistema de Justiça e no processamento criminal e o fomento à cultura punitivista e do ódio cada vez mais presente no cotidiano social. O artigo busca trazer um contributo à literatura especializada para a compreensão dos linchamentos de grupos vulneráveis, inovando a partir da escolha do critério para análise, a saber, a desigualdade de gênero, em consonância com o plano de trabalho aqui exposto que busca relacionar o fenômeno dos linchamentos com os perfis, lógicas e interseccionalidades que rondam o recorte de gênero escolhido como objeto de estudo. Através da pesquisa quali-quantitativa e do intermédio de técnicas como a pesquisa bibliográfica e o levantamento de dados e casos ocorridos no Brasil, buscou-se sistematizar perfis considerando as interseccionalidades, bem como as diversas lógicas, arranjos e racionalidades que sustentam as práticas de linchamentos de gênero e legitimam o não- reconhecimento da mulher linchada como uma vida passível de luto, considerando a intensa subnotificação, as estruturas machistas do sistema de justiça e as peculiaridades do fenômeno face às demais violências praticadas e normalizadas contra mulheres.
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