Entre a Cooperação e o Combate: O Papel do Advogado na Mediação, em Perspectiva Comparada (Rio De Janeiro E Buenos Aires)

Conteúdo do artigo principal

Bárbara Gomes Lupetti Baptista
Klever Paulo Leal Filpo

Resumo

Este trabalho resultou de pesquisa empírica, por contraste, no Rio de Janeiro e em Buenos Aires, problematizando diferentes modos de atuação dos advogados na mediação. No Rio essa atuação sofre resistência. Em Buenos Aires é mais ampla e encarada de forma positiva. Há, contudo, um aspecto comum: a expectativa dos mediadores sobre um modo específico de “ser advogado”, distinguindo os “bons” daqueles considerados “desqualificados” para esse múnus. Esta valoração está associada a duas categorias: advocacia colaborativa e de combate. Entrevistas e observações evidenciaram que o advogado é fundamental na mediação, desde que coopere para resgatar o entendimento entre as partes.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Detalhes do artigo

Como Citar
BAPTISTA, Bárbara Gomes Lupetti; FILPO, Klever Paulo Leal. Entre a Cooperação e o Combate: O Papel do Advogado na Mediação, em Perspectiva Comparada (Rio De Janeiro E Buenos Aires). Revista de Formas Consensuais de Solução de Conflitos, Florianopolis, Brasil, v. 2, n. 1, 2016. DOI: 10.26668/IndexLawJournals/2525-9679/2016.v2i1.1125. Disponível em: https://indexlaw.org/index.php/revistasolucoesconflitos/article/view/1125. Acesso em: 22 nov. 2024.
Seção
Artigos
Biografia do Autor

Bárbara Gomes Lupetti Baptista, Universidade Veiga de Almeida - UVA, Pós Graduação Stricto Sensu em Direito.

Doutora em Direito pela Universidade Gama Filho - UGF, Rio de Janeiro. Professora Permanente da Universidade Veiga de Almeida - UVA, Rio de Janeiro.

Klever Paulo Leal Filpo, Universidade Católica de Petrópolis - UCP.

Doutor em Direito pela Universidade Gama Filho - UGF, Rio de Janeiro. Professor Assistente da Universidade Católica de Petrópolis - UCP, Rio de Janeiro. Faculdade de Direito, Núcleo de Prática Jurídica. 

Referências

AMORIM, Maria Stella de. Juizados Especiais na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Revista da Seção Judiciária do Rio de Janeiro, n. 17, 2006, p. 107-133.

BRAGA NETO, Adolfo. Mediação de Conflitos: Conceito e Técnicas. In: LORENCINI, Marco Antônio Garcia Lopes; SALLES, Carlos Alberto de; SILVA, Paulo Eduardo Alves da (Coord.). Negociação, Mediação e Arbitragem: Curso básico para programas de graduação em Direito.Rio de Janeiro: Forense, 2012.pp. 103-125.

BUENO, Cassio Scarpinella. Manual de Direito Processual Civil. Volume Único. São Paulo: Saraiva, 2015.

CARAM, Maria Elena; EILBAUM, Diana Teresa; RISOLÍA, Matilde. Mediación – Diseño de una Práctica. Buenos Aires: Librería Histórica, 2006.

CARNELUTTI, Francesco. Sistema de Direito Processual Civil. Vol. I. Tradução Hiltomar Martins Oliveira. 1 ed. São Paulo: Classic Book, 2000.

COÊLHO, Marcus Vinícius Furtado. O contraditório cooperativo no novo Código de Processo Civil. Revista de Informação Legislativa. Brasília ano 48 n. 190 abr./jun. 2011, p. 45-58.

DUARTE, Fernanda; IORIO FILHO, Rafael Mario. A lógica do contraditório: ainda somos medievais. In: CONPEDI/UFS; Gustavo Silveira Siqueira; Antonio Carlos Wolkmer; Zélia Luiza Pierdoná. (Org.). História do direito. Florianópolis: CONPEDI, 2015, p. 1-23.

FILPO, Klever Paulo Leal. Dilemas da Mediação de Conflitos no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. 2014. Tese (Doutorado).Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Gama Filho, Rio de Janeiro.

KANT DE LIMA, Roberto. Sensibilidades jurídicas, saber e poder: bases culturais de alguns aspectos do direito brasileiro em uma perspectiva comparada. Anuário Antropológico, v. 2, p. 25-51, 2011.

LUPETTI BAPTISTA, Bárbara Gomes. Os Rituais Judiciários e o Princípio da Oralidade: construção da verdade no processo civil brasileiro. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris Editor, 2008.

MARQUES, Giselle Picorelli Yacoub. O Judiciário transforma isto numa sentença: as abordagens dos conflitos familiares e as práticas autocompositivas nas regiões de Santarém e Oriximiná. 2016. Tese (Doutorado). Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Direito da Universidade Federal Fluminense, Niterói.

MELLO, Kátia Sento Sé; LUPETTI BAPTISTA, Bárbara Gomes. Mediação e conciliação no judiciário: dilemas e significados. Dilemas: Revista de Estudos de Conflito e Controle Social, 2011, v. 4, pp. 97-122.

NICÁCIO, Camila Silva. A Mediação Frente à Reconfiguração do Ensino e da Prática do Direito: Desafios e Impasses à Socialização Jurídica. In: BENTES, Hilda Helena Soares;

NUNES, Valter Eduardo Bonanni. Jurisdição e Consenso: um estudo interdisciplinar de base empírica sobre Política Nacional de Tratamento Adequado dos Conflitos no âmbito do Poder Judiciário. 2015. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em

Sociologia e Direito da Universidade Federal Fluminense, Niterói.

RANGEL, Victor Cesar Torres de Mello. “Nem tudo é Mediável”. A Invisibilidade dos Conflitos Religiosos e as Formas de Administração de Conflitos (Mediação e Conciliação) no Rio de Janeiro. Dissertação de Mestrado defendida no Programa de Pósgraduação em Antropologia da Universidade Federal Fluminense. Niterói. 2013.

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DEJANEIRO. Atos Normativos atinentes à Mediação de Conflitos. Disponível em www.tj.rj.jus.br. Acesso em 10 ago. 2014.

VERAS, Cristiana Vianna. Um estranho na orquestra, um ruído na música: a apropriação da mediação pelo Poder Judiciário a partir de uma experiência no CEJUSC do TJRJ. 2015. Tese (Doutorado). Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Direito da Universidade Federal Fluminense, Niterói.

VEZZULLA, Juan Carlos. A mediação para uma análise da abordagem dos conflitos à luz dos direitos humanos, o acesso à justiça e o respeito à dignidade humana. In: SILVA, Luciana Aboim Machado Gonçalves da (Org.). Mediação de Conflitos. São Paulo: Atlas, 2013, pp. 63-93.

WARAT, Luis Alberto. Surfando na pororoca: o ofício do mediador. Florianópolis: Fundação Boiteux, 2004.