ASPECTOS DA DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE SEM PRONÚNCIA DE NULIDADE

Emerson Ademir Borges de Oliveira

Resumo


Pode a Constituição se curar? O que persegue o presente artigo é a resposta sobre como lidar com as ofensas perpetradas em face da Constituição que se construam sobre situações fáticas consolidadas. Muitas vezes a simples declaração de inconstitucionalidade, seja desde o início, na teoria da nulidade, seja para o futuro, na teoria da anulabilidade, ou seja, em conjugação de ambos, com a modulação temporal de efeitos, não apresentará respostas positivas à ofensa constitucional. A metodologia para o desenvolvimento do trabalho é eminentemente bibliográfica e jurisprudencial.


Palavras-chave


Constitucionalização superveniente; Cicatrização constitucional; Força normativa dos fatos; Inconstitucionalidade; Pronúncia de nulidade.

Texto completo:

PDF

Referências


BORGES DE OLIVEIRA, Emerson Ademir. Ativismo judicial e controle de constitucionalidade: impactos e efeitos na evolução da democracia. Curitiba: Juruá, 2015.

BULOS, Uadi Lâmego. Curso de Direito Constitucional. 5.ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

CANOTILHO, J. J. Gomes. Direito Constitucional e teoria da Constituição. 7.e.d. Coimbra: Almedina, 2007.

COUTO E SILVA, Almiro do, “Os princípios da legalidade da Administração Pública e da segurança jurídica do Estado de Direito Contemporâneo”, Revista da Procuradoria-Geral do Estado, Porto Alegre, Instituto de Informática Jurídica, v.18, n.46, 1988, p.11-30.

GRAU, Eros Roberto. A constituinte e a Constituição que teremos. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1985.

HESSE, Konrad. A força normativa da Constituição. Porto Alegre: Sérgio Antonio Fabris Editor, 1991.

JELLINEK, Georg. Teoria General del Estado. 2.ed. México: Fondo de Cultura Econômica, 2000.

KELSEN, Hans. Jurisdição constitucional. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

________. Teoria geral do Direito e do Estado. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

LARENZ, Karl. Derecho Justo: Fundamentos de Ética Juridica. Madrid: Civitas, 2001.

________. Lehrbuch des Schuldrechts. München: Verlag C. H. Beck, 1987. Band I: Allgemeiner Teil.

LASSALE, Ferdinand. ¿Qué es una Constitucion? Madrid: Editorial Cenit, 1931.

MENDES, Gilmar Ferreira. A declaração de inconstitucionalidade sem a pronúncia da nulidade da lei – “Unvereinbarkitser Klärung” – na jurisprudência da Corte Constitucional Federal Alemã. Revista de Informação Legislativa, Brasília, a. 30, n.118, abr./jun. 1993, p.61-84.

________. Controle abstrato de constitucionalidade: ADI, ADC e ADO: comentários à Lei n. 9.868/99. São Paulo: Saraiva, 2012.

________. Direitos fundamentais e controle de constitucionalidade. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2007.

________; COELHO, Inocêncio Mártires; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito Constitucional. 3.ed. São Paulo: Saraiva, 2008.

MIRANDA, Jorge. Teoria do Estado e da Constituição. 3.ed. Rio de Janeiro: Forense, 2011.

NOVELINO, Marcelo. Direito Constitucional. 5.ed. Rio de Janeiro: Forense: São Paulo: Método, 2011.

O’BRIEN, David M. Constitutional Law and Politics. New York: W. W. Norton, 1991. v. 2: Civil Rights and Civil Liberties.

PESTALOZZA, Christian. Noch verfassungsmässige. In: STARCK, Christian (Hrsg.) Bundesverfassungsgericht und Grundgesetz: Festgabe aus Anlaß des 25jährigen Bestehens des Bundesverfassungsgerichtes. Tübingen: Mohr, 1976, v. I.

SCHMITT, Carl. Teoría de la Constitución. Madrid: Alianza Editorial, 2001.

URBANO, Maria Benedita. Curso de Justiça Constitucional: evolução histórica e modelos do controlo de constitucionalidade. 2.ed. Coimbra: Almedina, 2016.

VIEIRA, José Ribas; BRASIL, Deilton Ribeiro. A força normativa dos fatos como ferramenta do ativismo judicial utilizada para alargamento da competência do Supremo Tribunal Federal após a EC 45/04. Verba Juris, a.6, n.6, jan./dez. 2007, p.301-321.

WILLOUGHBY, Westel Woodbury. The constitutional law of the United States. New York: Baker, Voorhis, 1910. v. 1.




DOI: http://dx.doi.org/10.26668/IndexLawJournals/2525-961X/2018.v4i2.4677

Apontamentos

  • Não há apontamentos.


Revista Brasileira de Teoria Constitucional , Florianópolis (SC), e-ISSN: 2525-961X

Licença Creative Commons
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.