O Trabalho Informal na Cidade Fortaleza: Entre o Saneamento Urbano, Políticas Públicas e a Filosofia (1880-1910)

Contenido principal del artículo

Daniel Camurça Correia

Resumen

Busca-se com este artigo analisar as maneiras pelas quais os trabalhadores das ruas, tais como carregadores, vendedores e pedintes, articulavam seus dias na cidade de Fortaleza, no final do século XIX, em meio as articulações políticas e normativas da província cearense. Apesar das diversas tentativas da elite política, médica e intelectual estabelecerem discursos e práticas contra a presença maciça, o trabalho desarticulado e o corpo doente dos populares, estes, cada vez mais, se faziam presentes por meio dos trabalhos realizados, seja em tempos de seca, seja no período da belle époque fortalezense. Por meio da análise das fontes, problematiza-se a tipificação dos trabalhadores pobres e informais, no momento em que a elite econômica fortalezense desejava instaurar a modernidade comercial na capital cearense. Para o desenvolvimento do artigo foi realizada pesquisa bibliográfica, além do levantamento de dados da época, como fontes primárias (Relatório do Secretario Interino dos Negócios do Interior da Província do Ceará, Atas de Correspondência da Intendência Municipal da cidade de Fortaleza, Atas de Correspondência do Paço Municipal da cidade de Fortaleza); fontes secundárias (Código de Posturas da Cidade de Fortaleza); e livros de crônicas e memórias da cidade de Fortaleza.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Detalles del artículo

Cómo citar
CORREIA, Daniel Camurça. O Trabalho Informal na Cidade Fortaleza: Entre o Saneamento Urbano, Políticas Públicas e a Filosofia (1880-1910). Conpedi Law Review, Florianopolis, Brasil, v. 1, n. 14, p. 121–136, 2016. DOI: 10.26668/2448-3931_conpedilawreview/2015.v1i14.3520. Disponível em: https://indexlaw.org/index.php/conpedireview/article/view/3520. Acesso em: 21 dic. 2024.
Sección
Artigos
Biografía del autor/a

Daniel Camurça Correia, Doutor em História Social (PUC/SP). Mestre em História (PUC/SP).

Professor das disciplinas de Filosofia do Direito e Ciência Política (UNIFOR).

Citas

AZEVEDO, Otacílio de. Fortaleza descalça; reminiscências. Fortaleza: Edições UFC/PMF, 1980. (Col. José de Alencar, 3)

BARBOSA, Marta Emisia Jacinto. Cidade na contramão: Fortaleza nas primeiras décadas do século XX. Dissertação de Mestrado: PUC/SP, 1996.

BARROSO, Gustavo. Memórias de Gustavo Barroso. Fortaleza: Governo do Estado do Ceará, 1989.

BERGSON, Henri. O riso; ensaio sobre a significação do cômico. 2ª ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 1987.

BITTAR, Eduardo; ALMEIDA, Guilherme Assis de. Curso de Filosofia do Direito. São Paulo: Atlas, 2011.

CAMINHA, Adolfo. A normalista. São Paulo: Três Editoras, 1973 (Col. Obras Imortais de Nossa Literatura, 9).

DIAS, Maria Odila Leite da Silva. Quotidiano e poder. São Paulo: Brasiliense, 1984.

VEIGA-NETO, Alfredo. Foucault – Filosofia e política. Rio de Janeiro: Autêntica, 2011.

LEMENHE, Maria Auxiliadora. As razões de uma cidade: Conflito de hegemonias. Fortaleza: Stylus Comunicações, 1991.

MENEZES, Raimundo de. Coisas que o tempo levou... (Crônicas históricas da Fortaleza antiga). Fortaleza: Edésio Editor, 1938.

NEVES, Frederico de Castro. A multidão e a história: saques e outras ações de massas no Ceará. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2000.

PINTO, Maria Inez Borges. Cotidiano e sobrevivência: a vida do trabalhador pobre na cidade de São Paulo, 1890-1914.São Paulo: Edusp, 1994.

PONTE, Sebastião Rogério. Fortaleza belle époque: reformas urbanas e controle social (1860-1930). Fortaleza: Fundação Demócrito Rocha/Multgraf Editora, 1993.

RIOS, Kênia Sousa. Isolamento e poder: Fortaleza e os campos de concentração na seca de 1932. Dissertação de Mestrado em História Social. São Paulo: PUC/SP, 1998.

THEOPHILO, Rodolpho. Varíola e vacinação no Ceará. – Ed. Fac-sim. Fortaleza: Fundação Waldemar Alcântara, 1997.