A AUTODETERMINAÇÃO E O DIREITO DOS POVOS INDÍGENAS À CONSULTA PRÉVIA NO ORDENAMENTO BRASILEIRO E NO INTERNACIONAL: ANÁLISE DO CASO DA HIDRELÉTRICA BELO MONTE

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Thayana Ribeiro
Federico Losurdo

Resumo

Os povos indígenas e comunidades tradicionais dispõe de tratados internacionais e mecanismos nacionais de proteção à sua autodeterminação, suas identidades e modos de vida. Porém, seus direitos e existência são constantemente ameaçados por empreendimentos e projetos capitalistas de ocupação do espaço e exploração da natureza. Observar-se-á, especificamente no caso da construção da UHE Belo Monte, como as autoridades brasileiras e a CIDH tem-se posicionado frente a tais ameaças. Se endossam a “invisibilidade” e/ou a transgressão desses direitos, ou exigem a sua aplicabilidade.

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Como Citar
RIBEIRO, Thayana; LOSURDO, Federico. A AUTODETERMINAÇÃO E O DIREITO DOS POVOS INDÍGENAS À CONSULTA PRÉVIA NO ORDENAMENTO BRASILEIRO E NO INTERNACIONAL: ANÁLISE DO CASO DA HIDRELÉTRICA BELO MONTE. Revista Brasileira de Direito Internacional, Florianopolis, Brasil, v. 3, n. 2, p. 78–98, 2017. DOI: 10.26668/IndexLawJournals/2526-0219/2017.v3i2.2514. Disponível em: https://indexlaw.org/index.php/direitointernacional/article/view/2514. Acesso em: 21 dez. 2024.
Seção
Artigos
Biografia do Autor

Thayana Ribeiro, Universidade Federal do Maranhão

Mestre em Direito pelo Programa de Pós-Graduação em Direito e Instituições do Sistema de Justiça - PPGDIR/UFMA. Especialista em Direito Público. Graduada em Direito. Advogada.

Federico Losurdo, Universidade Federal do Maranhão

PhD em Direito. Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação em Direito e Instituições do Sistema de Justiça da Universidade Federal do Maranhão – UFMA. Habilitado na Itália como Professor Associado de Direito Constitucional e Direito público.

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