MÃES VIGIADAS: um estudo sobre a eficácia social da decisão do Habeas Corpus coletivo 143.641 concomitante à aplicação do monitoramento eletrônico no Estado de Alagoas

Main Article Content

Priscilla Macêdo
http://orcid.org/0000-0001-9643-9488
Lorena Melo Coutinho
http://orcid.org/0000-0002-4925-3784

Abstract

Trata-se de pesquisa elaborada no Estado de Alagoas para averiguar os efeitos do Habeas Corpus coletivo 143.641 deferido pelo STF em 2018, que decidiu por converter a prisão processual preventiva em prisão domiciliar para mulheres na condição de gestantes ou mães com filhos de até 12 anos, associado à aplicação da medida cautelar do monitoramento eletrônico. Partindo-se de uma abordagem dedutiva, buscou-se contribuir ao debate processual penal com análise documental de decisões judiciais alagoanas concomitante à realização de entrevistas semiestruturadas com os atores processuais e administrativos envolvidos no afã de averiguar os impactos na realidade das mães vigiadas pelo Estado.

Downloads

Download data is not yet available.

Article Details

How to Cite
MACÊDO, Priscilla; COUTINHO, Lorena Melo. MÃES VIGIADAS: um estudo sobre a eficácia social da decisão do Habeas Corpus coletivo 143.641 concomitante à aplicação do monitoramento eletrônico no Estado de Alagoas. Revista de Direito Penal, Processo Penal e Constituição, Florianopolis, Brasil, v. 7, n. 1, p. 61–81, 2021. DOI: 10.26668/IndexLawJournals/2526-0200/2021.v7i1.7627. Disponível em: https://indexlaw.org/index.php/direitopenal/article/view/7627. Acesso em: 23 nov. 2024.
Section
Artigos
Author Biographies

Priscilla Macêdo, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Mestranda em Ciências Criminais pela PUC/RS. Especialista em Direito Penal e Processual Penal pela UNIT/AL. Bacharela em Direito pela UFAL. Advogada.

Lorena Melo Coutinho, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Mestranda em Ciências Criminais pela PUC/RS. Especialista em Direito Penal e Criminologia pela PUC/RS. Bacharela em Direito pela UNIT/SE. Advogada.

References

ALAGOAS. Secretaria de Estado de Ressocialização e Inclusão Social. Mapa Carcerário de Alagoas. Disponível em: http://www.seris.al.gov.br/populacao-carceraria. Acesso em: 23 fev. 2021.

BENTHAM, Jeremy. O Panóptico. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2008.

BITENCOURT, Cezar Roberto. Falência da pena de prisão: causas e alternativas. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2004.

BOITEAUX, Luciana. Encarceramento feminino e seletividade penal. In: Revista da Rede Justiça Criminal, 2016, ed. 09, Discriminação de gênero no sistema penal. p. 05. Disponível em: <https://redejusticacriminal.org/pt/boletins/>. Acesso em: 22 fev. 2021.

BRASIL. A implementação da política de monitoração eletrônica de pessoas no Brasil: Análise crítica do uso da monitoração eletrônica de pessoas no cumprimento da pena e na aplicação de medidas cautelares diversas da prisão e medidas protetivas de urgência. Org. Ministério da Justiça, Departamento Penitenciário Nacional. Brasília: DEPEN e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD, 2015.

BRASIL. Levantamento Nacional de informações penitenciárias INFOPEN Mulheres – 1.ª ed. Brasília: Ministério da Justiça e Segurança Pública. Departamento Penitenciário Nacional, 2014, p. 15.

BRASIL. Levantamento Nacional de informações penitenciárias INFOPEN Mulheres – 2.ª ed. Brasília: Ministério da Justiça e Segurança Pública. Departamento Penitenciário Nacional, 2017, p. 17 e 22.

BRASIL. Ministério da Justiça e Segurança Pública. Departamento Penitenciário Nacional. Disponível em: http://antigo.depen.gov.br/DEPEN/dirpp/monitoracao-eletronica/diretrizes/diretrizes. Acesso em: 25 fev. 2021.

BRASIL. Regras de Bangkok: Regras das Nações Unidas para o Tratamento de Mulheres Presas e Medidas Não Privativas de Liberdade para Mulheres Infratoras. 1ª ed. Brasília: Conselho Nacional de Justiça, Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas, 2016.

BRASÍLIA. Supremo Tribunal Federal. Disponível em: http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/menuSumario.asp?sumula=3352. Acesso em: 21 mar. 2021.

COSTA, Elaine Cristina Pimentel. Amor Bandido: as teias afetivas que envolvem a mulher no tráfico de drogas. 2. ed. rev. e ampl. – Maceió: EDUFAL, 2008.

DINIZ, Débora. Perspectivas e articulações de uma pesquisa feminista. Florianópolis: Ed. Mulheres, 2014.

FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: história da violência nas prisões. 29ª ed. Petrópolis: Vozes, 2004.

GARLAND, David. A cultura do controle: crime e ordem social na sociedade contemporânea. Rio de Janeiro: Revan, 2008.

GOFFMAN, Erving. Estigma: notas sobre a manipulação da identidade deteriorada. Rio de Janeiro: editora LTC, 2004.

OLIVEIRA, Edmundo. Direito penal do futuro. 1. ed. São Paulo: Lex Editora, 2012.

ROIG, Rodrigo Duque Estrada. Execução Penal: teoria crítica. – 4. Ed. – São Paulo: Saraiva Educação, 2018.

SALLA, Fernando, GAUTO, Maitê e ALVAREZ, Marcos César. A contribuição de David Garland: a sociologia da punição. In: Tempo Social. São Paulo, revista de sociologia da USP, 2016, v. 18, n. 1. p. 330-349.

VAUGHN, Joseph B. Planning for change: the use of eletronic monitoring as a correctional alternative. Warrensbourg: Central Missouri State University, 1997.

VIANNA, Túlio. Do rastreamento eletrônico como alternativa à prisão. In: Carlos Eduardo Adriano Japiassú. Monitoramento Eletrônico: uma alternativa à prisão? Experiências internacionais e perspectivas no Brasil. Brasília: Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, Ministério da Justiça, 2008.