OS EFEITOS DA PENA E DO CÁRCERE ETIMOLOGICAMENTE ANALISADA SOB A PERSPECTIVA DA DOR: a real função do cárcere dentro da ideologia da defesa social

Contenido principal del artículo

Marcio Eduardo Senra Nogueira Pedrosa Morais
Laís Freire Lemos

Resumen

Face à ineficácia do cárcere e a subjetividade da pena aplicada aos indivíduos que realizam comportamentos desviantes, o presente estudo analisa a real função do cárcere dentro de uma ideologia da defesa social e a propagação da dor e do sofrimento como imposição social e castigo. O método é o descritivo e analítico, a partir do qual foi possível fazer a conceituação etnológica da punição e sua transmudação no decorrer dos séculos, conjugando-a com a ideologia da defesa social e da instabilidade social causada quando o crime é cometido.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Detalles del artículo

Cómo citar
MORAIS, Marcio Eduardo Senra Nogueira Pedrosa; LEMOS, Laís Freire. OS EFEITOS DA PENA E DO CÁRCERE ETIMOLOGICAMENTE ANALISADA SOB A PERSPECTIVA DA DOR: a real função do cárcere dentro da ideologia da defesa social. Revista de Direito Penal, Processo Penal e Constituição, Florianopolis, Brasil, v. 5, n. 2, p. 67–82, 2019. DOI: 10.26668/IndexLawJournals/2526-0200/2019.v5i2.5982. Disponível em: https://indexlaw.org/index.php/direitopenal/article/view/5982. Acesso em: 22 nov. 2024.
Sección
Artigos
Biografía del autor/a

Marcio Eduardo Senra Nogueira Pedrosa Morais, Universidade de Itaúna (UIT) Minas Gerais - MG e Faculdade de Pará de Minas (FAPAM) - Minas Gerais.

Doutor em Teoria do Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (2014). Mestre em Teoria do Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (2009). Especialista em Ciências Criminais pela Universidade Gama Filho/RJ (2008). Professor da graduação e do Programa de Mestrado em Direitos Fundamentais da Universidade de Itaúna/MG. Professor da Faculdade de Pará de Minas. Coordenador da Comissão Própria de Avaliação da Faculdade de Pará de Minas.

Laís Freire Lemos, Universidade de Itaúna-MG.

Mestre em Direitos Fundamentais pela Universidade de Itaúna, Graduada em Direito pela Fundação Universidade de Itaúna, Coordenadora do Centro de Referência da Assistência Social, Advogada.

Citas

ANCEL, Marc. A nova defesa social: um movimento de política criminal humanista. Rio de Janeiro: Forense, 1979.

ALAGIA, Alejandro. Fazer sofrer. Rio de Janeiro: Revan, 2018.

ANDRADE, Vera Regina Pereira de. Pelas mãos da criminologia: o controle penal para além da (des)ilusão. Rio de Janeiro: Revan, 2012.

ANITUA, Gabriel Ignácio. História dos pensamentos criminológicos. Rio de Janeiro: Revan, 2008.

BARATTA, Alessandro. Criminologia crítica e crítica do direito penal: introdução à sociologia do direito penal. 6. ed. Rio de Janeiro: Revan: Instituto Carioca de Criminologia, 2017.

BRAGA, Ana Gabriela Mendes. A identidade do preso e as leis do cárcere. Dissertação de mestrado apresentada à Universidade de São Paulo, 2008, disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/2/2136/tde-26112008-073857/pt-br.php. Acesso em: 10 jan. 2019.

BRASIL. Conselho Nacional de Justiça - Relatório Mensal do Cadastro Nacional de Inspeções nos Estabelecimento Penais (CNIEP). Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm> Acesso em: 25 fev. 2019.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm. Acesso em: 28 ago. 2018.

BECCARIA, Cesare. Dos delitos e das penas. 13. ed. São Paulo: Ediouro, 1999.

CASTRO, Lola Anyar de; CODINO, Rodrigo. Manual de criminologia sociopolítica. Rio de Janeiro: Revan, 2017.

CASTRO, Lola Anyar de; Criminologia da libertação. Rio de Janeiro: Revan, 2005.

CHRISTIE, Nils. Uma razoável quantidade de crimes. Rio de Janeiro: Revan, 2011.

CHRISTIE, Nils. Cárcere e fábrica. Belo Horizonte: D’Plácido, 2016.

CHRISTIE, Nils. A indústria do controle do crime: a caminho dos GULAGs em estilo ocidental. Rio de Janeiro: Forense, 1998.

D’ÉLIA, Fábio Suardi. A evolução histórica do sistema prisional e a Penitenciária do Estado de São Paulo. Revista Liberdades, nº 11, p. 143-160 set/dez. 2012.

FOUCAULT, Michael. Vigiar e punir: nascimento da prisão. 22. ed. Petrópolis: Vozes, 2000.

GRECO, Rogério. Sistema prisional: colapso atual e soluções alternativas. Niterói, Rio de Janeiro: Ímpetus, 2015.

LISZT, Fran Von. Tratado de direito penal alemão. 2 ed. Brasília: Senado Federal, 2006.

MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. A ideologia alemã. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

MASSON, Cleber, Direito Penal: parte geral. 13 ed. São Paulo: Método, 2019.

MELOSSI, Dario; PAVARINI, Massimo. Cárcere e fábrica: as origens do sistema penitenciário (Século XVI-XIX). 2. ed. Rio de Janeiro: Revan, 2010.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU). Declaração Universal dos Direitos Humanos. Disponível em: http://www.onu.org.br/img/2014/09/DUDH.pdf. Acesso em: 28 ago. 2018.

SUTHERLAND, Edwin H.; CRESSEY, Donald R.; LUCKENBILL, David F. Principles of criminology. 11. ed. Altamira Press, 1992.

SUTHERLAND, Edwin H. Crime de colarinho branco. Rio de Janeiro: Revan, 2015.

ZAFFARONI, Eugênio Raul. O inimigo no direito penal. 3. ed. Rio de Janeiro: Revan: Instituto Carioca de Criminologia, 2011.