O Relativismo Cultural como Instrumento de Exercício da Cidadania das Pessoas com Deficiência Intelectual no Brasil à Luz da Convenção Sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da ONU

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Antônio Albuquerque Toscano Filho
Ana Luísa Celino Coutinho

Resumo

O presente estudo, de natureza aplicada, método qualitativo e enfoque dedutivo e sistemático, se vale de levantamento bibliográfico e documental a fim de discutir o direito fundamental do exercício da cidadania da pessoa com deficiência intelectual, tendo como instrumento de sua efetivação o Relativismo Cultural. Busca-se evidenciar a visão abstrata e formal da universalidade dos direitos humanos, o desrespeito do Estado brasileiro e demais motivos determinantes para a inefetividade da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, com vistas ao combate à discriminação e promover à efetivação do exercício da cidadania das pessoas com deficiência intelectual.

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Como Citar
TOSCANO FILHO, Antônio Albuquerque; COUTINHO, Ana Luísa Celino. O Relativismo Cultural como Instrumento de Exercício da Cidadania das Pessoas com Deficiência Intelectual no Brasil à Luz da Convenção Sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da ONU. Revista de Direitos Humanos em Perspectiva, Florianopolis, Brasil, v. 2, n. 2, p. 1–21, 2016. DOI: 10.26668/IndexLawJournals/2526-0197/2016.v2i2.1392. Disponível em: https://indexlaw.org/index.php/direitoshumanos/article/view/1392. Acesso em: 26 dez. 2024.
Seção
Artigos
Biografia do Autor

Antônio Albuquerque Toscano Filho, Universidade Federal da Paraíba – UFPB, Paraíba (Brasil

Mestrando em Ciências Jurídicas pela Universidade Federal da Paraíba – UFPB, Paraíba (Brasil

Ana Luísa Celino Coutinho, Universidade Federal da Paraíba – UFPB, Paraíba (Brasil).

Doutora em Direito Público pela Universidade Federal de Pernambuco – UFPE, Pernambuco (Brasil). Professora permanente do programa de Pós-Graduação em Ciências Jurídicas pela Universidade Federal da Paraíba – UFPB, Paraíba (Brasil).

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