DIREITO E LINGUAGEM NO PENSAMENTO DE MONTAIGNE
Conteúdo do artigo principal
Resumo
O presente estudo tem o objetivo de estabelecer um paralelo entre o Direito e a linguagem com base em reflexões apontadas nos Ensaios de Michel de Montaigne, filósofo de influência cética que viveu no século XVI. O texto demonstra que os problemas de linguagem se estendem ao campo jurídico, uma vez que o Direito é constituído por enunciados linguísticos. A metodologia empregada foi a revisão bibliográfica, tendo como principal fonte os Ensaios no original em francês, além de bibliografia secundária formada majoritariamente por comentadores contemporâneos da obra de Montaigne.
Downloads
Detalhes do artigo
• O(s) autor(es) autoriza(m) a publicação do artigo na revista;
• O(s) autor(es) garante(m) que a contribuição é original e inédita e que não está em processo de avaliação em outra(s) revista(s);
• A revista não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es);
• É reservado aos editores o direito de proceder ajustes textuais e de adequação do artigo às normas da publicação.
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre) em http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html
Referências
BARROS, Alberto Ribeiro G. de. Humanismo Jurídico. O que nos faz pensar. Rio de Janeiro. N. 27, p. 09-26, maio de 2010.
BERNS, Thomas. Violence de Loi à la Renaissance: L'Origine du Politique chez Machiavel et Montaigne. Paris: Kimé, 2000.
BIRCHAL, Telma de Souza. O Eu nos Ensaios de Montaigne. Belo Horizonte: UFMG, 2007.
BOUDOU, Bénédicte. Montaigne et l’Herméneutique Juridique. Bibliothèque d”Humanisme et Renaissance, T. 47, N. 3, p. 569-593, 1985.
BRUNSCHVICG, Léon. Descartes et Pascal Lecteurs de Montaigne. Paris: Brentano’s, 1944.
CAVE, Terence. The Cornucopian Text: Problems of Writing in the French Renaissance. New York: Oxford University, 2002.
CONTINENTINO, Ana Maria. Horizonte Dissimétrico: Onde se Desenha a Ética Radical da Desconstrução. In: Desconstrução e Ética: Ecos de Jacques Derrida. Rio de Janeiro: PUC, 2004.
DERRIDA, Jacques. Força de Lei: O “Fundamento Místico da Autoridade”. Trad de Leyla Perrone-Moisés. São Paulo: Martins Fontes, 2010.
FARQUHAR, Sue W. Vera Philosophia and Law in Montaigne’s “de la Cruauté”. In L’Esprit Créateur, V. 46, N.1, p. 39-50, 2006.
FRIEDRICH, Hugo. Montaigne. Trad. Robert Rovini. Paris: Gallimard, 1968. (Bibliothèque des Idées).
MONTAIGNE, Michel. Les Essais. Ed. Pierre Villey, V.-L. Saulnier. Paris: PUF, 2004 (col. Quadrige).
____. Os Ensaios: Livros I, II e III. Trad. de Rosemary Costhek Abílio. São Paulo: Martins Fontes, 2009.
PASCAL, Blaise. Oeuvres Complètes. Louis Lafuma (org,). Paris: Éditions du Seuil, 1963.
___. Pensamentos. Trad. de Sérgio Milliet. São Paulo: Victor Civita, 1973. (Coleção Pensadores, V. 16).
POUILLOUX, Jean-Yves. Lire les “Essais” de Montaigne. Paris: François Maspero, 1970.
STAROBINSKI, Jean. Montaigne em Movimento. Trad. Maria Lúcia Machado. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
TOURNON, André. Montaigne: La Glose et L’Essai. Paris: Honoré Champion Éditeur, 2000.