Da Arquitetura da Inclusão (Sociedade Disciplinar) à Engenharia da Exclusão (Biopolítica): uma Análise a partir da Arqueologia/Genealogia do Poder em Michel Foucault

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Maiquel Ângelo Dezordi Wermuth
Mateus de Oliveira Fornasier

Resumo

A partir da análise da arqueologia/genealogia do poder de Michel Foucault, o presente artigo propõe-se a discutir a evolução do conceito de poder disciplinar para o conceito de biopolítica, com base na transição que o filósofo identifica, no que se refere à organização do espaço urbano, da arquitetura e do urbanismo para a engenharia. Procura-se responder, com o artigo, à seguinte objeção: em que medida a arquitetura da sociedade disciplinar  a partir da concepção de estruturas de disciplinamento dos corpos com o objetivo de inclui-los no regime de produção da incipiente sociedade capitalista  perde sua funcionalidade no contexto da sociedade do biopoder, pautada por uma engenharia da exclusão? Parte-se da hipótese de que, se a sociedade disciplinar, por meio da arquitetura do panóptico, buscava a integração dos indivíduos ao modelo de produção vigente, a sociedade da biopolítica promove, por meio da engenharia, a exclusão das massas que se transformam em excedente e, reflexamente, em inconveniente social.

 

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Como Citar
WERMUTH, Maiquel Ângelo Dezordi; FORNASIER, Mateus de Oliveira. Da Arquitetura da Inclusão (Sociedade Disciplinar) à Engenharia da Exclusão (Biopolítica): uma Análise a partir da Arqueologia/Genealogia do Poder em Michel Foucault. Revista Brasileira de Filosofia do Direito, Florianopolis, Brasil, v. 1, n. 1, 2015. DOI: 10.26668/IndexLawJournals/2526-012X/2015.v1i1.951. Disponível em: https://indexlaw.org/index.php/filosofiadireito/article/view/951. Acesso em: 27 dez. 2024.
Seção
Artigos

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