JARDINAGEM DE GUERRILHA: INSTRUMENTALIZANDO O FORTALECIMENTO DA FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE

Conteúdo do artigo principal

Ana Carolina Amaral Pontes
Daniel Gonçalves de Oliveira

Resumo

Este artigo reflete sobre como estratégias de jardinagem de guerrilha podem instrumentalizar o fortalecimento da função social da propriedade. Tanto como forma de pressão sobre a qualidade dos espaços ofertados pelo poder público para convivência e coletividade, na qualidade e manutenção de praças e parques, como para fiscalização do estado de terrenos abandonados, subutilizados e que geram risco para a coletividade e a segurança pública. Essas estratégias também podem contribuir para fortalecer o conceito de uso digno e exploração ambientalmente correta, em um país onde quantidade considerável de pequenas e pequenos produtores não detêm propriedades, por situações de grilagem de terras e outras. Urge um Direito que, em visão decolonial, amplie o tratamento da função social da propriedade e da produção coletiva.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Detalhes do artigo

Como Citar
PONTES, Ana Carolina Amaral; DE OLIVEIRA, Daniel Gonçalves. JARDINAGEM DE GUERRILHA: INSTRUMENTALIZANDO O FORTALECIMENTO DA FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE. Revista de Direito Agrário e Agroambiental, Florianopolis, Brasil, v. 5, n. 1, p. 40–59, 2019. DOI: 10.26668/IndexLawJournals/2526-0081/2019.v5i1.5522. Disponível em: https://indexlaw.org/index.php/rdaa/article/view/5522. Acesso em: 21 nov. 2024.
Seção
Artigos
Biografia do Autor

Ana Carolina Amaral Pontes, Universidade Federal Rural de Pernambuco

Professora Adjunta da UFRPE- UAG. Defendeu tese de doutorado em Educação pela Universidade Federal de Pernambuco, sob orientação do prof. Dr. Edilson Fernandes (out/2011). Mestre em Teoria Geral do Direito pela Universidade Federal de Pernambuco (2006), sob orientação do prof. Arthur Stamford; Especialista em Direito Processual Civil pela mesma Universidade (2004). Graduou-se em Direito pela Universidade Católica de Pernambuco (2002). É colaboradora em entidades do Terceiro Setor e professora voluntária do Projeto de Extensão da UFPE- Centro de Educação - Vestibular Solidário, desde 2009 até o presente. Interesses mais frequentes: educação para cidadania, Hannah Arendt, direito da terra e à terra, direitos humanos e ambientais.

Daniel Gonçalves de Oliveira, Universidade Federal de Goiás

Advogado e professor universitário nas áreas cível, empresarial, tributária e internacional. Bacharel em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Mestre em Direito pelo Programa de Pós-Graduação em Direito Agrário da Universidade Federal de Goiás. Foi bolsista de mestrado Capes e CNPq de Iniciação Científica com linha de pesquisa em Direito Constitucional comparado, Direito Ambiental, Direito Internacional Público, Direitos Humanos e Direito Agrário. Estagiou na Defensoria Pública da União em Goiás - DPU/GO e na Procuradoria Geral do Estado de Goiás - PGE/GO. Atualmente, atua com pesquisas nas áreas de Direito Agroambiental, Direito Socioambiental com ênfase em Direitos da Natureza, Direito Ambiental Internacional,Tributação Ambiental, Sociologia Fiscal, Teoria Crítica do Direito, Interculturalidade e Decolonialidade.

Referências

ALEXY, Robert. Teoria dos direitos fundamentais. São Paulo: Malheiros, 2008a.

_______. El concepto y la validez del derecho. São Paulo: Malheiros, 2008b.

ALFONSIN, Jacques Távora. A legitimidade popular para cobrar função social à propriedade. 13 maio 2015. Disponível em < https://is.gd/oKOunB > ou < http://www.mst.org.br/2015/05/13/a-legitimidade-popular-para-cobrar-funcao-social-a-propriedade.html >; acesso em 14 abr. 2019.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. 5 out. 1988.

BRASIL. Lei 8.629, de 25 de fevereiro de 1993.

CAPPELLETTI, Mauro. Juízes legisladores? Porto Alegre: Sergio A. Fabris, 1999.

CARDOSO, Cyro Flamarion. Escravo ou camponês? O proto-campesinato negro nas Américas. São Paulo: Brasiliense, 1987.

CARVALHO, José Murilo. Teatro de sombras: a política imperial. Rio de Janeiro: IUPERJ, 1980.

COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Civil. Contratos. 26. ed. São Paulo: Saraiva, 2010. v. 9.

DWORKIN, Ronald. O império do direito. São Paulo: Martins Fontes, 2008.

ENGISH, Karl. Introdução ao pensamento jurídico. 6. ed. Trad. J. Baptista Machado. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2015.

GOHN, Maria da Glória. Movimentos sociais na contemporaneidade. Revista brasileira de Educação. v. 16, n. 47, 2011, p. 333-61.

LARANJEIRA, Raymundo (coord.). Direito Agrário brasileiro. São Paulo: LTr, 2000.

LARENZ, Karl. Metodologia da Ciência do Direito. 3. ed. Tradução de José Lamego. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2009.

MIGNOLO, Walter. Desobediência epistêmica: a opção descolonial e o significado de identidade em política. Cadernos de Letras da UFF. Dossiê: literatura, língua e identidade, n. 34, 2008, p. 287-324.

–––––. Pensamiento decolonial, desprendimiento y apertura. In.: MIGNOLO, Walter (org.). Habitar la frontera: sentir y pensar la descolonialidad. Barcelona: CIDOB, 2015. Disponível em: < https://is.gd/YmZpYX > ou < http://www.cidob.org/content/download/64794/1995059/version/1/file/219-324%20HABITAR%20LA%20FRONTERA%203%20(3G)8.pdf >. Acesso em: 11 jan. 2019.

NAGIB, Gustavo. Agricultura urbana como ativismo na cidade de São Paulo: o caso da Horta das Corujas. São Paulo: USP. 2016.

OLIVEIRA, Camila Klen de. Breve introdução ao giro decolonial: poder, saber e ser. Disponível em < https://bit.ly/2Gjsh1b > ou < http://www.pensaracademico.facig.edu.br/index.php/semiariocientifico/article/viewFile/53/38 >; acesso em 11 jan. 2019.

PONTES, Ana. Escravidão por dívidas e as raízes do trabalho escravo na esfera rural, uma análise à luz das lacunas de criticidade no Direito Agrário Brasileiro. Revista Brasileira de Direito Agrário. CONPEDI, 2016.

REYNOLDS, Richard. On guerrilla gardening: a handbook for gardening without boundaries. London: Bloomsbury, 2008.

STRECK, Lênio Luiz. Hermenêutica jurídica e(m) crise: uma exploração hermenêutica da construção do Direito. 11. ed., rev., atual. e ampl. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2014.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)