A EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE GOVERNANÇA NA UNIÃO EUROPEIA E OS MECANISMOS PARA SUA EFETIVAÇÃO

Conteúdo do artigo principal

João Ricardo Fidalgo de Moura
Jamile Bergamaschine Mata Diz
Giovani Clark

Resumo

Em seu início institucional, o processo de integração entre os Estados Membros da União Europeia ocorreu sem considerar devidamente os interesses dos cidadãos europeus. Apontou-se então a necessidade de corrigir o déficit democrático, a partir, sobretudo, do redimensionamento dos instrumentos de garantia da governança em sede supranacional. A ineficácia recorrente das decisões tomadas pelas instituições da União Europeia parece comprovar o alijamento dos cidadãos europeus em processos de construção de decisões. Desde o Tratado de criação da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço em 1951 até o Tratado de Lisboa, vislumbra-se que a preocupação genuína com métodos de garantia da governança consiste em fenômeno recente na práxis normativa da União Europeia. Se, por um lado, várias tentativas de fomento à participação cidadã já são levadas a cabo em sede supranacional, por outro, é certo também que os desafios em tal seara são muitos, inclusive quanto ao modo de interpretação e mise-en-oeuvre dos instrumentos legais colocados à disposição dos cidadãos europeus para influenciarem decisões das instituições da União.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Detalhes do artigo

Como Citar
Moura, J. R. F. de, Mata Diz, J. B., & Clark, G. (2016). A EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE GOVERNANÇA NA UNIÃO EUROPEIA E OS MECANISMOS PARA SUA EFETIVAÇÃO. Revista De Direito Brasileira, 15(6), 3–19. https://doi.org/10.26668/IndexLawJournals/2358-1352/2016.v15i6.3078
Seção
JUSTIÇA CONSTITUCIONAL

Referências

ALFONZO, Luciano Parejo. Los Principios de la “Gobernanza Europea”. Revista de Derecho de la Unión Europea, n. 6-1, 1º semestre 2004.

BAR CENDÓN, Antonio. El Libro Blanco la Gobernanza Europea y la reforma de la Unión. Contribución a la Comisión sobre la Gobernanza. 2001. Disponível em http://europa.eu.int/comm/gouvernance/contrib_cendon_es.pdf., acesso em 12 abr 2005.
Comissão Europeia. Livro Branco da Comissão Europeia - A Governança Europeia - 25 de julio de 2001 - COM (2001) 428 final.

GONÇALVES, Alcindo. Regimes internacionais como ações da governança global. Meridiano 47, vol. 12, n. 125, p. 40 a 45, mai.-jun. 2011.

GUSTIN, Miracy Barbosa de Sousa; DIAS, Maria Teresa Fonseca. (Re)pensando a Pesquisa Jurídica. 2ª. Ed. Belo Horizonte: Del Rey, 2006.

JOERGES, Christian. The Commission’s White Paper on governance in the EU – a symptom of crisis? Common Market Law Review, n. 39, 2002.

JOERGES, Christian; LADEUR, Karl Heinz.; ZILLER, Jacques. Governance in the European Union and the Commission White Paper. EUI Working Paper LAW, n. 2002/8, Florence, European University Institute, Department of Law, 2002.

LIEBERT, Ulrike. New governance and the prospects for a European sphere of publics. Contribution logged for the "Public debate on the Future of Europe", sept. 2001. Disponível em http://europa.eu.int/futurum/documents/press/jm0901.pdf., acesso em 12 nov 2003.

MATA DIZ, Jamile Bergamaschine. Las relaciones entre la Unión Europea y el Mercosur: el reforzamiento de la participación ciudadana en el proceso de asociación birregional. In: El diálogo entre los pueblos y las culturas en el marco de las relaciones latinoamericanas.

MOLINA DEL POZO Carlos F.; FAIÑAS, Andre; MATA DIZ, Jamile B.
(orgs.). Madrid: Dijusa, 2005, p. 445-476.
RICHMOND, Oliver P. Para Além da Paz Liberal? Respostas ao “Retrocesso”. Trad. de Victor Coutinho Lages. Contexto Internacional, vol. 32, n. 2, p. 297-332, julho/dezembro 2010

SCHMITTER, Philippe C. What is there to legitimize in the European Union….and how might this be accomplished? In: Jean Monnet Working Paper No.6/01, Symposium: Mountain or Molehill? A Critical Appraisal of the Commission White Paper on Governance, disponível em http://jeanmonnetprogram.org/archive/papers/01/011401.html, acesso em 12 nov 2004.