LIMITES ÉTICOS DA REPRODUÇÃO HUMANA COMO FUNDAMENTOS PARA O BIODIREITO NA PERSPECTIVA HABERMASIANA: APONTAMENTOS NECESSÁRIOS EM UMA ERA PÓS-METAFÍSICA

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Marcio Renan Hamel
http://orcid.org/0000-0002-6543-0007

Resumo

O presente artigo faz uma análise dos limites das práticas de engenharia genética e fertilização in vitro, de maneira específica no que diz respeito à eugenia negativa e positiva. Para alcançar o objetivo proposto, o texto apresenta uma divisão em duas seções, sendo que a primeira seção parte de conceitos da bioética e também da reflexão proposta por Engelhardt. A segunda seção aborda a posição liberal de Dworkin e a posição de Habermas sobre o limite moral da eugenia. A conclusão aponta, principalmente, para as perspectivas de Dworkin e Habermas, sendo que, o primeiro concorda com a eugenia em qualquer situação, enquanto que o segundo apenas concorda com a utilização da engenharia genética para os casos em que seja possível a cura de determinadas patologias, defendendo a tese de que a eugenia positiva é uma interferência na auto constituição da pessoa, tirando-lhe a liberdade de escolha futura.

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Como Citar
HAMEL, Marcio Renan. LIMITES ÉTICOS DA REPRODUÇÃO HUMANA COMO FUNDAMENTOS PARA O BIODIREITO NA PERSPECTIVA HABERMASIANA: APONTAMENTOS NECESSÁRIOS EM UMA ERA PÓS-METAFÍSICA. Revista de Biodireito e Direito dos Animais, Florianopolis, Brasil, v. 9, n. 1, p. 01 – 24, 2023. DOI: 10.26668/IndexLawJournals/2525-9695/2023.v9i1.9522. Disponível em: https://indexlaw.org/index.php/revistarbda/article/view/9522. Acesso em: 28 dez. 2024.
Seção
Artigos
Biografia do Autor

Marcio Renan Hamel, Universidade de Passo Fundo - UPF / RS

Doutor em Ciências Jurídicas e Soiciais pela UFF.

Pós-Doutor em Direito pela URI/RS

Professor do PPGDireito UPF.

Mestre em Desenvolvimento pela Unijuí/RS.

Graduado em Direito e Filosofia pela UPF/RS.

Graduado em Teologia pela Uninter/PR.

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