BIOPOLÍTICA, ESTADO DE EXCEÇÃO E A MARGINALIZAÇÃO DOS CATADORES DE RESÍDUOS SÓLIDOS: A MATABILIDADE NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA

Conteúdo do artigo principal

FERNANDO EURICO ARRUDA

Resumo

O presente artigo examina como a biopolítica e o estado de exceção sustentam exclusões sociais, usando a figura do homo sacer de Giorgio Agamben para analisar a marginalização dos catadores de resíduos sólidos no Brasil. Com o objetivo de compreender como o poder soberano transforma vidas humanas em vidas nuas, o estudo utiliza uma abordagem metodológica hipotético-dedutiva e pesquisa bibliográfica para explorar conceitos como bando, campo e tanatopolítica. Os catadores de resíduos são apresentados como exemplo de indivíduos marginalizados, vivendo em condições precárias e sujeitos à violência e exclusão sem proteção legal ou social, refletindo a contínua produção de vidas descartáveis pela biopolítica moderna. O artigo destaca como a política contemporânea perpetua dinâmicas de inclusão-exclusão, nas quais esses trabalhadores, embora essenciais para a sustentabilidade urbana, permanecem invisíveis e desvalorizados. Conclui-se que a perpetuação dessas práticas evidencia a necessidade urgente de reformular políticas públicas para garantir direitos, dignidade e proteção social aos grupos vulneráveis, como os catadores, propondo uma reavaliação das estratégias governamentais e sociais para combater desigualdades sistêmicas e promover uma inclusão efetiva e humana.

Downloads

Detalhes do artigo

Como Citar
ARRUDA, FERNANDO EURICO. BIOPOLÍTICA, ESTADO DE EXCEÇÃO E A MARGINALIZAÇÃO DOS CATADORES DE RESÍDUOS SÓLIDOS: A MATABILIDADE NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA. Revista de Direito e Sustentabilidade, Florianopolis, Brasil, v. 10, n. 2, 2025. DOI: 10.26668/IndexLawJournals/2525-9687/2024.v10i2.10892. Disponível em: https://indexlaw.org/index.php/revistards/article/view/10892. Acesso em: 2 abr. 2025.
Seção
Artigos