Inelegibilidade Eleitoral e Reconhecimento da União Homoafetiva como Entidade Familiar: Análise das Tensões Entre Igualdade e Diferença no Julgamento do Recurso Especial Eleitoral 24564 no Tribunal Superior Eleitoral

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Bernardo Brasil Campinho

Resumo

Este  trabalho  tem  por  objetivo  analisar  as  tensões  entre  igualdade  e  diferença  no constitucionalismo brasileiro contemporâneo tendo como referencial de análise o julgamento do Recurso Especial Eleitoral n. 24564/2004 no Tribunal Superior Eleitoral, decisão que reconheceu a união homoafetiva como entidade familiar e, a partir da revisão de literatura sobre democracia e direitos políticos, identificar a importância de compatibilizar igualdade e diferença no campo político, não somente pela via dos direitos, mas também pela ótica dos deveres, remetendo à necessidade de proteger a lisura da competição eleitoral para evitar a apropriação do espaço público por razões privadas de ordem familiar.

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Como Citar
CAMPINHO, Bernardo Brasil. Inelegibilidade Eleitoral e Reconhecimento da União Homoafetiva como Entidade Familiar: Análise das Tensões Entre Igualdade e Diferença no Julgamento do Recurso Especial Eleitoral 24564 no Tribunal Superior Eleitoral. Revista de Teorias da Democracia e Direitos Políticos, Florianopolis, Brasil, v. 2, n. 1, p. 95–118, 2016. DOI: 10.26668/IndexLawJournals/2525-9660/2016.v2i1.1107. Disponível em: https://indexlaw.org/index.php/revistateoriasdemocracia/article/view/1107. Acesso em: 22 dez. 2024.
Seção
Artigos
Biografia do Autor

Bernardo Brasil Campinho, Docente na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

Doutorado em Direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

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