Direito à Saúde, Teorias Negadoras, Loteria e Mínimo Decente

Conteúdo do artigo principal

Edith Maria Barbosa Ramos
Paulo Roberto Barbosa Ramos

Resumo

Abordam-se as teorias negadoras do direito à saúde com o objetivo de evidenciar a fragilidade das argumentações e demonstrar a possibilidade de se construir uma justificação metajurídica e ética para a garantia do direito à saúde. Destaca-se a complexidade do direito à saúde e a universalidade de sua titularidade, assim como problematiza-se a identificação do direito à saúde com o direito à assistência social. Analisam-se as teorias de negação do direito à saúde a partir de uma proposta que se apresenta libertariana. Destaca-se a discussão sobre as relações propostas por essa teoria entre o direito à saúde e o direito de propriedade, com o objetivo de justificar a configuração de um estado mínimo. Coloca-se em evidência a ideia de loterias natural e social, o dever de beneficência e a ideia de mínimo decente para introduzir uma reflexão sobre o mercado da saúde.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Detalhes do artigo

Como Citar
Ramos, E. M. B., & Ramos, P. R. B. (2016). Direito à Saúde, Teorias Negadoras, Loteria e Mínimo Decente. Conpedi Law Review, 1(2), 201–225. https://doi.org/10.26668/2448-3931_conpedilawreview/2015.v1i2.3382
Seção
Artigos

Referências

AMOEDO SOUTO, Carlos. Poder policial y derecho administrativo. A Coruña: Universidad da Coruña, 2000.

AÑÓN, Lema Carlos. Salud, justicia, derechos: el derecho a la salud como derecho social. Madrid: DYKINSON, 2009.

ARNSPERGER, C.; VAN PARIJS, P. H. Ética económica y social: teorías de la sociedad justa. Barcelona: Paidós: 2002.

BEAUCHAMP, D. E.; STEINBOC, B. (Ed.). New ethics for the public’s health. New York: Oxford University Press, 1999.

BERLINGUER, G. Bioética cotidiana. México: Siglo XXI, 2002.

BUCHANAN, Allen E. A right to a decent minimum of health care. Philosophy and Public Affairs, v. 13, 1984.

COBREROS MENDAZONA, Eduardo. Los tratamientos sanitarios obligatorios y el derecho a la salud. Oñati: Instituti Vasco de Administración Pública, 1988.

CORTINA, Adela. Ética, tecnología y salud. In: CALVENTE, Maria García. Ética y salud. Granada: Escuela Andaluza de Salud Pública, 1998.

DALLARI, Sueli Gandolfi; NUNES JÚNIOR, Vidal Serrano. Direito sanitário. São Paulo: Verbatim, 2010.

ENGELHARDT, H. Tristan. Los fundamentos de la bioética. Barcelona: Paidós, 1995.

FERNÁNDEZ, E. Estado, sociedad civil y democracia, em AAVV: valores, derechos y Estado a finales del siglo XX. Madrid: Marcial Pons, 1995.

GAVÍN, Juan Pemán. Derecho a la salud y administración sanitaria. Bolonia: Publicaciones del Real Colegio de España, 1989.

GONZÁLEZ, Àngel Puyol. Ética, derechos y racionamiento sanitario. Doxa: Cuadernos de Filosofía del Derecho, n. 22, 1999.

GRACIA, Diego. Fundamentos de bioética. Madrid: Eudema, 1988.

HIERRO, Liborio. Justicia, igualdad y eficiência. Madrid: Centro de Estudos Políticos y Constitucionales, 2002.

NOZICK, Robert. Anarquía, Estado y utopía. México: FCE, 1990.

______. Anarquia, estado e utopia. Rio de Janeiro: Zahar, 1991.

OMS. Constituição da Organização Mundial de Saúde. 1946. Disponível em: . Acesso em: 10 dez. 2010.

RAWLS, John. Uma teoria da justiça. Trad. Vamireh Chacon. Brasília, DF: Unb, 1981. (Coleção Pensamento Político, 50).

STIGLITZ, Joseph Eugene. Le economia del setor público.Barcelona: Bosch, 1995.

TOEBES, Brigit. The right to health. In: EIDE, A.; KRAUSE, C.; ROSAS, A. (Ed.). Economic social and cultural rights. A textbook. 2nd. rev. Boston: London: Martinus Nijhoff Publishers, 2001.

VIDIELLA, Graciela. El derecho a la salud. Buenos Aires: Eudeba, 2000.

VITA, Alvaro. Liberalismo, Justiça Social e Responsabilidade Individual. DADOS– Revista de Ciências Sociais, Rio de Janeiro, vol. 54, no 4, 2011, pp. 569 a 608.