SEXO NAS DECISÕES JUDICIAIS: A TRANSEXUALIDADE E SEU NÃO RECONHECIMENTO

Conteúdo do artigo principal

Natalia Silveira Carvalho

Resumo

A fim de analisar a utilização do conceito de sexo pelos Tribunais brasileiros, escolheu-se quatro decisões proferidas pelo Tribunal de Justiça da Bahia em processos referentes a alteração do registro civil de pessoas transexuais em que a foi reconhecido o direito ao prenome em detrimento da possibilidade de alteração do sexo. A cirurgia de redesignação sexual mostoru-se fundamental para a pretensão de alteração do sexo no registro civil. Por fim, contatou-se a produção de uma condição precária de vida por parte do Poder Judiciário às pessoas transexuais, corroborando o dispositivo da sexualidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Detalhes do artigo

Como Citar
CARVALHO, Natalia Silveira. SEXO NAS DECISÕES JUDICIAIS: A TRANSEXUALIDADE E SEU NÃO RECONHECIMENTO. Revista de Sociologia, Antropologia e Cultura Jurídica, Florianopolis, Brasil, v. 2, n. 1, 2016. DOI: 10.26668/IndexLawJournals/2526-0251/2016.v2i1.384. Disponível em: https://indexlaw.org/index.php/culturajuridica/article/view/384. Acesso em: 19 nov. 2024.
Seção
Artigos
Biografia do Autor

Natalia Silveira Carvalho, Faculdade Social da Bahia - FSBA, Bahia, Brasil Faculdade da Cidade do Salvador - FCS, Bahia, Brasil.

Mestra pelo Programa de Pós Graduação em Estudos Interdisciplinares Sobre Mulher, Gênero e Feminismo na Universidade Federal da Bahia - UFBA, Bahia, Brasil

Docente na Faculdade Social da Bahia - FSBA, Bahia, Brasil

Docente na Faculdade da Cidade do Salvador - FCS, Bahia, Brasil.

Referências

BARRET, Michele. “As palavras e as coisas: materialismo e método na análise feminista Contemporânea”. Revista Estudos Feministas, Vol. 7, N.1 e 2, 1999, pp.

BENTO, Berenice Alves de Melo. A Reivenção do corpo: sexualidade e gênero na experiência transexual. Rio de Janeiro: Garamond, 2006.

BONETTI, Alinne de Lima. Não basta ser mulher, tem de ter coragem: uma etnografia sobre gênero, poder, ativismo feminismo popular e o campo político feminista de Recife-PE. Campinas, SP: [s. n.], 2007.

BUTLER, Judith. “Desdiagnosticando o Gênero” IN Physis Revista de Saúde Coletiva, vol. 19, n.01, Rio de Janeiro, 2009

. Problemas de Gênero: Feminismo e Subversão da Identidade. Trad. Renato Aguiar. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.

. Quadros de guerra: quando a vida é passível de luto? Trad. Sérgio Lamarão e Arnaldo Marques da Cunha. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2015.

FLAX, Jane. “The End of Innocence”. In: BUTLER, Judith & SCOTT, Joan (eds.), Feminists Theorize the Political, New York: Routledge, 1992, pp.:445-463, p. 453.

HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Trad. Tomás Tadeu da Silva e Guacira Lopes Louro. 6. Ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2001.

LEITE JR, Jorge. Nossos corpos também mudam: sexo, gênero e a invenção das categorias “travesti” e “transexual” no discurso científico. Tese de Doutorado em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica, São Paulo, sob orientação da Professora Doutora Maria Celeste Mira, 2008.

LOURO, Guacira Lopes. Um corpo estranho: ensaios sobre sexualidade e teoria queer. Belo Horizonte: Autêntica, 2004, p. 38.

. Os estudos feministas, os estudos gays e lésbicos e a teoria queer como políticas de conhecimento. In Estudos Feministas, ago.-dez., n.6, 2004. (online).

. Heteronormatividade e Homofobia. In Diversidade Sexual na Educação: problematizações sobre a homofobia nas escolas. UNESCO: Brasília, 2009.

NICHOLSON, Linda. “Interpretando o Gênero”. IN Revista Estudos Feministas, vol. 8, n. 02, 2000, pp. 09-41.

OAKLEY, Ann. “Sex and Gender”. Sex, Gender & Society. New York: Harper, 1972, pp. 158-172.

RUBIN, Gayle. “ O Tráfico de Mulheres: Notas sobre a Economia Política do Sexo” IN In: R. Reiter (ed.), Toward an Anthropology of Women, New York: Monthly Review Press, 1975,pp.:157-210. [ Traduzido para o português e publicado por SOS Corpo e Cidadania].

SARDENBERG, Cecília M.B. “ A Mulher e a Cultura da Eterna Juventude: Reflexões Teóricas e Pessoais de uma Feminista Cinqüentona”. In: Enilda Rosendo e Silvia L. Ferreira (orgs.) Imagens da Mulher na Cultura Contemporânea, Salvador: NEIM-UFBA, 2002.

SCOTT, Joan Wallach. Gênero: uma Categoria Útil para a Análise Histórica. Trad. SOS Mulher, Recife, 1991.

. A igualdade versus diferença: os usos da teoria pós-estruturalista. Debate Feminista (edição especial em português), 1988.

. Experiência. In SILVA, Alcione Leite da; LAGO, Mara Coelho de Souza; RAMOS, Tânia Regina Oliveira. Falas de gênero: teorias, análises, leituras. Ilha de Santa Catarina: Editora Mulheres, 1999.

SWAIN, Tânia Navarro. “Os limites do corpo sexuado: diversidade e representação social” IN Estudos Feministas, janeiro/junho, 2008.

. Que corpo é este que me escapa, que identidade que me persegue? 2010. Disponível em: http://www.tanianavarroswain.com.br/brasil/sumario.htm, consultado em 25 de setembro de 2011.

VERGUEIRO, Viviane. É a natureza quem decide? Reflexões trans* sobre gênero, corpo e (ab?)uso de substâncias. In JESUS, Jaquele Gomes de. Transfeminismos: teorias e práticas. Rio de Janeiro: Metonímia, 2014.