NOVO CONSTITUCIONALISMO LATINO-AMERICANO: UM CONSTITUCIONALISMO DO FUTURO?

Thiago Henrique Costa Silva, João da Cruz Gonçalves Neto

Resumo


Fundado na obra de José Roberto Dromi, que estabelece as características do “constitucionalismo do futuro”, o presente trabalho busca delinear as características do novo constitucionalismo latino americano e traçar um paralelo entre os dois. Para tanto, através de uma abordagem dedutiva, será realizada uma pesquisa bibliográfica e estudo comparado das constituições latinas. Os pensamentos anticolonialistas são fundamentos desse novo modo de pensar o constitucionalismo, que devolve o poder ao povo, sustentando um Estado plurinacional, promovendo uma verdadeira refundação estatal. Esse modelo, que parte da prática para a teoria, ainda está sendo formatado, mas apresenta avanços inegáveis em relação ao constitucionalismo.

Palavras-chave


Constitucionalismo Latino-Americano, Constitucionalismo do Futuro, Plurinacionalismo, Refundação do Estado.

Texto completo:

PDF

Referências


ALCOREZA, Raul Padra. Horizontes de la descolonización y del estado plurinacional: Ensayo histórico y político sobre la relación de la crisis y el cambio. La Paz. 2011. p. 46. Disponível em: http://rosalux-europa.info/events_en/la_eu_seminar_2011/. Acesso em: 09 jun. 2014.

ALVES, Marina Vitório. Neoconstitucionalismo e novo constitucionalismo latino-americano: Características e distinções. Rev. SJRJ, Rio de Janeiro, v. 19, n. 34, 2012. p. 133-145.

AVELINO, Pedro Buck. Constitucionalismo: Definição e Origem. 2007, 117f. Dissertação de Mestrado em Direito do Estado. Pontifícia Universidade Católica de são Paulo – PUC-SP. São Paulo: 2007.

BARCELLOS, Ana Paula de. Neoconstitucionalismo, direitos fundamentais e controle das políticas públicas. Revista Diálogo Jurídico. N. º15. Salvador: 2007.

BARROSO, Luís Roberto. Neoconstitucionalismo e constitucionalização do Direito. (O triunfo tardio do Direito Constitucional no Brasil). Jus Navigandi, Teresina, ano 10, n. 851, 1 nov. 2005. Disponível em: . Acesso em: 04 jun. 2014.

BOLÌVIA. Constitución Política del Estado Plurinacional de Bolivia. Gaceta Oficial: La Paz. 2007.

BULOS, Uadi Lammêgo. Constituição federal anotada. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2000, p. 16 e 17.

CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Constituição dirigente e vinculação do legislador. Coimbra: Coimbra Ed., 1982.

______. Direito constitucional e teoria da constituição. 6. ed. rev. Coimbra: Almedina, 1993.

CARVALHO, Kildare Gonçalves. Direito constitucional: teoria do Estado e da Constituição. Direito Constitucional Positivo. 12. ed. ver. e atual. Belo Horizonte: Del Rey, 2006.

COLOMBIA. Constitución Política de la República de Colombia de 1991. Secretaria del Senado - República de Colombia: Bogotá. 1991.

COUTINHO, Jacinto Nelson de Miranda (org.); participantes: Agostinho Ramalho Marques Neto... [et al.]. Canotilho e a constituição dirigente. 2. ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2005.

DROMI, José Roberto. La reforma constitucional: el constitucionalismo del “por venir”. In: El derecho publico de finales de siglo: una perspectiva iberoamericana. Madrid: Fundación BBV, 1997.

DUARTE, Écio oto Ramos. Neoconstitucionalismo e positivismo jurídico: as faces da teoria do direito em tempos de interpretação moral da constituição. 2. ed. São Paulo: Landy, 2010. p.77.

EQUADOR. Constitución de la República del Ecuador. Registro Oficial: Quito. 2008.

FAJARDO, Raquel Z. Yirigoyen. El horizonte del constitucionalismo pluralista: del multiculturalismo a la descolonización. In: El derecho en América Latina. César Rodríguez Garavito (org.). Siglo Veintiuno Editores: Buenos Aires. 2011.

FERRAJOLI, Luigi. Constitucionalismo garantista e neoconstitucionalismo. Tradução: André Karam Trindade. Anais do IX Simpósio Nacional de Direito Constitucional. Academia Brasileira de Direito Constitucional. [201?] Disponível em: www.abdconst.com.br/revista3/luigiferrajoli.pdf. Acesso em: 03 jun. de 2014.

FILHO, Manoel Gonçalves Ferreira. Curso de direito constitucional. 12. ed. São Paulo: Saraiva, 1993. p. 9.

FRANÇA. Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Versalhes. 1789.

GARGARELLA, Roberto; COURTIS Christian. El nuevo constitucionalismo latino-americano: promessas e interrogantes. Naciones Unidas: Santiago de Chile, 2009.

GODOY, Miguel Gualano de. Constitucionalismo e democracia: uma leitura a partir de Carlos Santiago Nino e Roberto Gargarella. 2011, 151f. Dissertação de Mestrado em Direito do Estado. Universidade Federal do Paraná. Curitiba: 2011.

LAZARI, Rafael José Nadim de. Reflexões críticas sobre a viabilidade de um “constitucionalismo do futuro” no Brasil: exegese valorativa. Revista da Academia Brasileira de Direito Constitucional. n. 3: Curitiba, 2010.

LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 15. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo. Saraiva: 2011.

OLIVEIRA, Daltro Aberto Jaña Marques de. et al. O novo constitucionalismo latino-americano: paradigmas e contradições. Revista Quaestio Iuris, vol. 06, nº02. Rio de Janeiro, 2013. p. 151-179.

PASTOR, Roberto Viciano; DALMAU, Rubén Martinez. ¿Se puede hablar de un nuevo constitucionalismo latino-americano como corriente doctrinal sistematizada? Universidad de Valência. Valência, 2011. Disponível em: Acesso em: 06 jun. 2014.

SANTOS, Boaventura de Sousa. Refundación del estado en américa latina: perspectivas desde una epistemología del Sur. Instituto Internacional de Derecho y sociedad – Programa Democracia y Transformación Global. Lima, 2010.

TAVARES, André Ramos. Curso de direito constitucional. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2004a. p. 3-10.

______. Curso de direito constitucional. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2004b. p. 37 e 38.

VENEZUELA. Constitución de la República Bolivariana de Venezuela. Gaceta Oficial Extraordinario Nº 5.908: Caracas. 1999.

VILLANEDA, Santiago Amador. El camino de la Constitución de 1991: diario de la exclusión. In QUINTANA, Oscar Mejía (coord.). Poder Constituyente, conflicto y constitución en Colombia. Universidad de Los Andes: Bogotá, 2005. p. 92 e ss.




DOI: http://dx.doi.org/10.26668/IndexLawJournals/2526-012X/2017.v3i1.1854

Apontamentos

  • Não há apontamentos.


Revista Brasileira de Filosofia do Direito, Florianópolis (SC), e-ISSN: 2526-012X

Licença Creative Commons
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.