A CORRUPÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA COMO CONSEQUÊNCIA DO MODELO DE GESTÃO PATRIMONIALISTA POR ELA ADOTADO E A NECESSIDADE DE HAVER CÓDIGOS DE ÉTICA PÚBLICA

Conteúdo do artigo principal

Caroline Fockink Ritt
http://orcid.org/0000-0001-5214-9032
Eduardo Ritt
http://orcid.org/0000-0003-0884-3718

Resumo

Este artigo científico possui como problema central: qual fórmula evitaria práticas corruptivas na administração pública, considerando-se o modelo de gestão patrimonialista adotado historicamente no Brasil? A pesquisa propõe três objetivos: apontar a dificuldade de se conceituar corrupção; evidenciar que a corrupção na administração pública é consequência do modelo patrimonialista de Estado; e demonstrar a necessidade de se adotar códigos racionais de gestão pública para se evitar práticas corruptivas. O método de abordagem é o dedutivo e o de procedimento é o histórico-crítico. A técnica da pesquisa é documentação indireta, com consulta em bibliografia de fontes primárias e secundárias.

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Como Citar
RITT, Caroline Fockink; RITT, Eduardo. A CORRUPÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA COMO CONSEQUÊNCIA DO MODELO DE GESTÃO PATRIMONIALISTA POR ELA ADOTADO E A NECESSIDADE DE HAVER CÓDIGOS DE ÉTICA PÚBLICA. Revista de Direito Administrativo e Gestão Pública, Florianopolis, Brasil, v. 4, n. 2, p. 1–20, 2018. DOI: 10.26668/IndexLawJournals/2526-0073/2018.v4i2.4703. Disponível em: https://indexlaw.org/index.php/rdagp/article/view/4703. Acesso em: 18 nov. 2024.
Seção
Artigos
Biografia do Autor

Caroline Fockink Ritt, Universidade de santa Cruz do Sul/RS

Caroline Fockink Ritt é doutorada em Direito. Pós doutoranda em Direito, na Pontifícia Universidade Católica - PUCRS, em Porto Alegre. Mestre em Direito e Professora de Direito Penal no Curso de Direito e nas Especializações (presencial e EAD) em Direito Penal e Processual Penal da Universidade de Santa Cruz do Sul/RS (UNISC). Autora de vários artigos jurídicos e coautora do Livro Estatuto do Idoso: aspectos sociais, criminológicos e penais, editado pela Livraria do Advogado Editora, 2008, em conjunto com Eduardo Ritt.

Eduardo Ritt, Universidade de Santa Cruz do Sul/RS

Eduardo Ritt é mestre em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul/RS (UNISC). Professor das disciplinas de Direito Penal e Processo Penal do Curso de Direito e nas Especializações (presencial e EAD) em Direito Penal e Processual Penal da Universidade de Santa Cruz do Sul/RS (UNISC). Promotor de Justiça em Santa Cruz do Sul/RS. Autor de vários artigos jurídicos e do livro O Ministério Público como Instrumento de Democracia e Garantia Constitucional, publicado pela Livraria do Advogado Editora, 2002. Coautor do Livro Estatuto do Idoso: aspectos sociais, criminológicos e penais, editado pela Livraria do Advogado Editora, 2008, em conjunto com Caroline Fockink Ritt.

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