CONSTITUCIONALISMO ESTADUAL E CONTROLE ABSTRATO E CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE NOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA: EFEITOS DAS AÇÕES DIRETAS DE INCONSTITUCIONALIDADE (ADI) ESTADUAIS NA FEDERAÇÃO BRASILEIRA

Conteúdo do artigo principal

Fabricio Ricardo de Limas Tomio
Ilton Norberto Robl Filho
Rodrigo Luis Kanayama

Resumo

O conceito de federação remete a existência de pelo menos dois centros de competência. O conflito entre entes federativos aparece de forma clara no exercício do controle abstrato de constitucionalidade. No Brasil, o árbitro em conflitos federativos entre união e estados-membros é o Supremo Tribunal Federal (STF). O principal mecanismo pelo qual essas disputas ocorrem atualmente é a ação direta de inconstitucionalidade (ADI). A Constituição Federal (CF) previu a possibilidade desse controle para atos normativos estaduais e municipais em face da Constituição Estadual ser realizado pelos Tribunais de Justiça (TJs). O objetivo deste artigo é verificar se o papel exercido pelos TJs promove a centralização do poder político e jurídico, verificando as hipóteses de que esse controle: a) torna os TJs atores relevantes no processo decisório subnacional; b) é mais forte em relação aos atos normativos municipais; c) concentra-se na declaração de normas inconstitucionais por vícios formais; d) produz efeitos na relação entre Executivo e Legislativo municipais. O levantamento de dados da jurisprudência das ADIs estaduais (20 mil ADIs em 26 TJs) aponta que: esse controle é efetivo (dezenas de milhares de normas nulificadas); direciona-se às normas municipais (93%); principalmente por vícios formais (70%); o tipo mais frequente de ADI procedente envolve um Prefeito requerendo a anulação de legislação da Câmara arguindo vício de iniciativa.

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Como Citar
TOMIO, Fabricio Ricardo de Limas; ROBL FILHO, Ilton Norberto; KANAYAMA, Rodrigo Luis. CONSTITUCIONALISMO ESTADUAL E CONTROLE ABSTRATO E CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE NOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA: EFEITOS DAS AÇÕES DIRETAS DE INCONSTITUCIONALIDADE (ADI) ESTADUAIS NA FEDERAÇÃO BRASILEIRA. Revista de Direito Brasileira, Florianopolis, Brasil, v. 12, n. 5, p. 87–110, 2015. DOI: 10.26668/IndexLawJournals/2358-1352/2015.v12i5.2948. Disponível em: https://indexlaw.org/index.php/rdb/article/view/2948. Acesso em: 20 dez. 2024.
Seção
JUSTIÇA CONSTITUCIONAL
Biografia do Autor

Fabricio Ricardo de Limas Tomio, Faculdade de Direito – UFPR

Doutor em Ciência Política – UNICAMP. Professor Associado de Teoria do Estado e Ciência Política da Faculdade de Direito – UFPR.

Ilton Norberto Robl Filho, UFPR e Professor da Universidade de Passo Fundo (UPF)

Doutor em Direito – UFPR. Filiação Institucional: Professor Adjunto da Faculdade de Direito da UFPR e Professor da Universidade de Passo Fundo (UPF).

Rodrigo Luis Kanayama, Faculdade de Direito – UFPR

Doutor em Direito – UFPR; Professor Adjunto da Faculdade de Direito – UFPR.

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