INTERFACES ARTIFICIAIS E INTERPRETAÇÃO JUDICIAL: O PROBLEMA DO USO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E DA METODOLOGIA FUZZY NA APLICAÇÃO DO DIREITO

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Fernando de Brito Alves
http://orcid.org/0000-0001-8917-4717
Elídia Aparecida de Andrade Corrêa

Abstract

Na aplicação de regras e normas jurídicas pelo Poder Judiciário brasileiro, atualmente é exigida uma atuação mais objetiva, inclusive mediante a utilização de métodos lógicos computacionais, interfaces artificiais e precedentes judiciais com aplicação obrigatória, o que, não respeitados determinados limites, pode levar à injustiça do caso concreto. Para a verificação dessa hipótese, o presente artigo busca refletir sobre a atuação do Poder Judiciário nacional frente à contemporânea sistematização do processo judicial e novas tecnologias, aplicando-se as regras e princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana, legalidade, publicidade, eficiência, bem como a proporcionalidade e a razoabilidade, como normas processuais concretas e prevalentes, ainda que o conteúdo jurídico venha informado por conceitos indeterminados ou “conforme” o caminho histórico percorrido ou a percorrer. A pesquisa apresentada neste artigo se utiliza dos métodos descritivo, qualitativo, bibliográfico e dedutivo. Ao final, serão apresentadas as conclusões com ênfase nos principais aspectos encontrados ao longo da pesquisa.

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Come citare
ALVES, Fernando de Brito; CORRÊA, Elídia Aparecida de Andrade. INTERFACES ARTIFICIAIS E INTERPRETAÇÃO JUDICIAL: O PROBLEMA DO USO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E DA METODOLOGIA FUZZY NA APLICAÇÃO DO DIREITO. Revista de Direito Brasileira, Florianopolis, Brasil, v. 23, n. 9, p. 05–27, 2020. DOI: 10.26668/IndexLawJournals/2358-1352/2019.v23i9.3966. Disponível em: https://indexlaw.org/index.php/rdb/article/view/3966. Acesso em: 20 dic. 2024.
Sezione
PARTE GERAL
Biografie autore

Fernando de Brito Alves, Universidade Estadual do Norte do Paraná

Doutor em Direito pela Instituição Toledo de Ensino - ITE / Bauru-SP. Mestre em Ciência Jurídica pela Universidade Estadual do Norte do Paraná - UENP . Possui graduação em Filosofia pela Universidade do Sagrado Coração e graduação em Direito pela Faculdade Estadual de Direito do Norte Pioneiro da Universidade Estadual do Norte do Paraná, é especialista em História e históriografia: sociedade e cultura; pela Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras da mesma Universidade. Atualmente é Assessor Jurídico da UENP, Editor da Revista Argumenta (Qualis B1), professor adjunto da UENP, onde coordena o Programa de Pós-graduação (Mestrado e Doutorado) em Ciência Jurídica, e professor das Faculdades Integradas de Ourinhos. Realizou estágio de pós-doutorado no Ius Gentium Conimbrigae da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (2013-2014).Tem experiência na área de Filosofia Política e Direito.

Elídia Aparecida de Andrade Corrêa, Universidade Estadual do Norte do Paraná

Doutoranda em Ciência Jurídica pela Universidade Estadual do Norte do Paraná. É graduada em Direito - Instituição Toledo de Ensino (1986) e mestre em Ciência Jurídica pela Faculdade Estadual de Direito do Norte Pioneiro (2007).; professora convidada dos cursos de especialização em direito previdenciário da UNOESTE- Universidade do Oeste Paulista e da FEMA-Assis. Juíza federal - Justiça Federal da Terceira Região e coordenadora da subseção de Ourinhos - Justiça Federal da Terceira Região. Tem experiência na área de Direito, com ênfase em Direito Previdenciário, Processual Civil, Administrativo e práticas conciliatórias.

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