A Banalidade do Mal Ambiental: Do Alheamento Irracional à Deliberação Democrática na Formação do Direito Ambiental

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Leonardo da Rocha de Souza
Deivi Trombka

Resumo

O presente estudo problematiza a emergência do mal banal ambiental nas sociedades complexas contemporâneas a partir do conceito de banalidade do mal desenvolvido por Hannah Arendt na obra "Eichmann em Jerusalém". A partir disso, propõe o desenvolvimento de uma ação proativa em direção à proteção ambiental, afastando a sociedade de uma posição neutra nessa área, já que essa neutralidade gera um alheamento irracional. Será utilizado o método dedutivo e a técnica de pesquisa de documentação indireta. Como resultado, pretende-se demonstrar que os indivíduos devem estar dispostos a uma participação democrática consciente, desenvolvendo uma capacidade de pensar e de formular argumentos racionais sobre essa temática na esfera pública.

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Como Citar
SOUZA, Leonardo da Rocha de; TROMBKA, Deivi. A Banalidade do Mal Ambiental: Do Alheamento Irracional à Deliberação Democrática na Formação do Direito Ambiental. Revista de Direitos Humanos e Efetividade, Florianopolis, Brasil, v. 1, n. 1, p. 144–160, 2015. DOI: 10.26668/IndexLawJournals/2526-0022/2015.v1i1.119. Disponível em: https://indexlaw.org/index.php/revistadhe/article/view/119. Acesso em: 23 nov. 2024.
Seção
Artigos
Biografia do Autor

Leonardo da Rocha de Souza, Universidade de Caxias do Sul - UCS, Rio Grande do Sul, Brasil.

Doutor em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.Professor Adjunto da Universidade de Caxias do Sul - UCS, com atuação na Graduação em Direito e no Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Direito como Membro do Corpo Permanente. 

Deivi Trombka, Universidade de Caxias do Sul - UCS, Rio Grande do Sul, Brasil.

Mestrando em Direito pela Universidade de Caxias do Sul - UCS, Rio Grande do Sul, Brasil. Advogado com Ênfase em Direito Empresarial Consultivo e Contencioso.

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