Mulheres e Transição Democrática Brasileira (1975-1988): Inserção da Mulher no Espaço Público como um Passo à Democracia

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Cárita Chagas Gomes
Herleide Herculano Delgado

Resumo

O regime autoritário brasileiro não resistiu à terceira onda de democratização, que trouxe a democracia como uma possibilidade real. Desse modo, a ditadura civil-militar, não obstante possuísse normas jurídicas repressoras àqueles que pudessem se insurgir contra o regime, sobretudo nos anos de chumbo, contou com um vasto leque de movimentos sociais e organizações  que  lhes  fizeram  forte  oposição.  O  presente  artigo  busca  analisar empiricamente, por meio de dados qualitativos, como as mulheres se inseriram no cenário público durante o período de transição democrática brasileira a partir das abordagens feministas, entre os anos de 1975 e 1988.

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Como Citar
GOMES, Cárita Chagas; DELGADO, Herleide Herculano. Mulheres e Transição Democrática Brasileira (1975-1988): Inserção da Mulher no Espaço Público como um Passo à Democracia. Revista de Teorias da Democracia e Direitos Políticos, Florianopolis, Brasil, v. 2, n. 1, p. 249–270, 2016. DOI: 10.26668/IndexLawJournals/2525-9660/2016.v2i1.1115. Disponível em: https://indexlaw.org/index.php/revistateoriasdemocracia/article/view/1115. Acesso em: 22 dez. 2024.
Seção
Artigos
Biografia do Autor

Cárita Chagas Gomes, Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Mestrado em Direitos Humanos pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Herleide Herculano Delgado, Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Mestrado em Direito Econômico pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

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