Uma Reflexão Feminista Sobre o Conceito de Justiça de Gêneros

Salete Maria da Silva, Sonia Jay Wright

Resumo


O  conceito  de  justiça  de  gênero  é  amplamente  utilizado  pelas  Nações  Unidas  e  por organizações feministas com atuação global. O feminismo jurídico latino-americano também explora bastante esta noção. Apesar disto, há um certo desconhecimento do conceito no campo  jurídico  no  Brasil.  Visando  preencher  esta  lacuna,  este  artigo  tece  algumas considerações sobre o assunto, delineando, ainda que de modo incipiente, uma moldura teórico-metodológica útil às reflexões e intervenções no sistema de justiça. Apoiando-se em revisão bibliográfica e em análise crítica sobre a temática, o texto apresenta e discute alguns aspectos importantes relacionados ao conceito.


Palavras-chave


Justiça de gênero; Feminismo jurídico; Direitos das mulheres

Texto completo:

PDF

Referências


ÁVILA, Maria Betânia. Feminismo y ciudadanía: la producción de nuevos derechos. In: MUJERES AO TIMON. Cuadernos para la incidencia política feminista. Lima: CMP Flora Tristan, AGENDE, Equidad de Género, 2001.

BRASIL. Presidência da República. Secretaria de Políticas para as Mulheres. Plano Nacional de Políticas para as Mulheres. Brasília: Secretaria de Políticas para as Mulheres, 2013. 114 p.

BRASIL. ONU Mulheres. Progresso das Mulheres no Mundo: Transformar as economias para realizar direitos. [online] Disponível em http://www.unwomen.org/en/digital- library/progress-of-the-worlds-women. Acesso 12.dez.2015.

CHIAROTTI, Susana. Aportes al Derecho desde la Teoría de Género. Revista Otras Miradas. Colômbia: Universidad de Los Andes, v. 6, n. 1, junio/2006, pp. 6-23.

CONNELL, Raewyn. Questões de gênero e justiça social. (2014) [online]. Disponível em http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/seculoxxi/article/view/17033/10322. Acesso em 10 jun.2015.

CRENSHAW, K. Documento para o Encontro de Especialistas em Aspectos da Discriminação Racial relativos a Gênero. 2002. [online]. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/ref/v10n1/11636.pdr. Acesso em 10 fev. 2016.

EMMENEGGER, Susan. Perspectivas de género en derecho. [online] Disponível em https://www.unifr.ch/ddp1/derechopenal/anuario/an_1999_05.pdf. Acesso em 05 abr. 2015.

FACIO, Alda. Las mujeres y la Corte Penal Internacional. 2001. [online] Disponível em http://www.uasb.edu.ec/UserFiles/369/File/PDF/CentrodeReferencia/Temasdeanalisis2/cpi/ar ticulos/facioalda.pdf. Acesso em 10 nov. 2015.

FACIO, Alda. Cuando el género suena cambios trae (una metodología para el análisis de género del fenómeno legal. San José, C.R.: ILANUD, 1992.

FACÍO, Alda; FRIES, Lorena. Género y Derecho. Santiago de Chile, LOM, 1999

FRASER, Nancy. Escalas de justicia. Barcelona: Herder, 2008.

FRASER, Nancy. Da redistribuição ao reconhecimento? Dilemas da justiça na era pós- socialista. In: SOUZA, Jessé (org.). Democracia hoje: novos desafios para a teoria democrática contemporânea. Brasília: EdUnB, 2001.

FRIES, Lorena. Justicia de Género: un asunto de reconocimiento y de redistribución. 2010. [online] Disponível em http://www.aecid.org.co/recursos_user/otros/lorenafriesjusticiaygenero.pdf. Acesso em 18.out. 2015. Acesso em 10.dez.2015.

FUENTES, Oscar Pérez de la. Escalas de justicia y emancipación: Inclusión, redistribución y reconocimiento. [online] Disponível em http://www.ub.edu/demoment/jornadasfp2010/comunicaciones_pdf/perez- oscar_escalasdejusticiayemancipacion_58.pdf Acesso em 11.jan. 2016.

GOETZ, Anne Marie. Justicia de género, ciudadanía y derechos. Conceptos fundamentales, debates centrales y nuevas direcciones para la investigación. In: MUKOPADHYEE, Maitrayee & SINGH, Navsharan (orgs.). Justicia de género, ciudadanía y desarrollo. Centro Internacional de Investigaciones para el Desarrollo (IDRC), Canadá, 2008, pp. 13-43.

MALINEUX, Maxine. Justicia de género, ciudadanía y diferencia en américa latina. 2010. Studia histórica. História Contemporânea. Salamanca: Edicioines Universidad de Salamanca. N. 28, 2010, pp. 181-211.

MENACHE, Daniel Cazés. La perspectiva de género. Guía para diseñar, poner en marcha, dar seguimento y avaluar proyetos de investigación y acciones públicas y civiles. Ciudad de México: CONAPO; Instituto Nacional de la Mujer, 2005.

MÉXICO. Gobierno del Estado de Veracruz. La mirada de los jueces hacia la violencia contra la mujer. Veracruz: Instituto Veracruzano de las Mujeres, 2009.

MUKOPADHYEE, Maitrayee. Justicia de género, ciudadanía y desarrollo. Una introdución. In: MUKOPADHYEE, Maitrayee & SINGH, Navsharan (orgs.). Justicia de género, ciudadanía y desarrollo. Centro Internacional de Investigaciones para el Desarrollo (IDRC), Canadá, 2008, pp. 4-15.

SADEK, M. T. A. O Sistema de Justiça. In: SADEK, M. T. A (org). O Sistema de Justiça. Centro Edelstein de Pesquisas Sociais. Rio de Janeiro, 2010.

SILVA, Salete Maria da; WRIGHT, Sonia Jay. As mulheres e o novo constitucionalismo: uma narrativa feminista sobre a experiência brasileira. 2015. [online] Disponível em http://www.conpedi.org.br/publicacoes/66fsl345/gv4u3hv2/i3jf3jt72swcdyoi.pdf. Acesso em 15.dez.2015.

TOVAR, Carolina Vergel. El concepto de justicia de género: teorías y modos de uso. 2011. [online]. Disponível em http://revistas.uexternado.edu.co/index.php/derpri/article/view/2985/2629. Acesso em 21 nov.2015.

STRECK, Lenio Luiz; ABBOUD, Georges. O que é isto – o precedente judicial e as súmulas vinculantes? Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2013.

RODRIGUEZ, José Rodrigo. Como decidem as cortes? Para uma crítica do direito (brasileiro). São Paulo: FGV, 2013.

OLIVEIRA, Ana Carolina Borges de. Diferenças e semelhanças entre os sistemas da civil law e da common law. 2014. [online]. Disponível em http://www.abdconst.com.br/revista11/diferencasAna.pdf. Acesso em 12.jan. 2015.

VARGAS VALENTE, Virgínia. Una reflexion feminista de la ciudadania. Estudos Feministas. Vol. 8. n. 2, 2000, pp. 170-190.




DOI: http://dx.doi.org/10.26668/IndexLawJournals/2525-9644/2016.v2i1.1086

Apontamentos

  • Não há apontamentos.


Licença Creative Commons
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.