Críticas à Concepção (Eco)Absolutsta do Princípio da Precaução: Uma Releitura à Luz do Procedimento de Tomada De Decisões

Conteúdo do artigo principal

Wellington Boigues Corbalan Tebar

Resumo

O presente trabalho nasceu da inquietação acerca da interpretação (eco)absolutista que se faz do princípio da precaução. Neste sentido, buscou-se desconstruir, de forma crítica, por meio do método dialético, referido princípio, à luz do procedimento administrativo de tomada de decisões, para o fim de que todos os valores (e não somente os ambientais) sejam devidamente ponderados quando da regulação de alguma atividade potencialmente danosa ao ambiente, obtendo-se, então, a síntese de uma definição juridicamente coerente do princípio da precaução

Downloads

Não há dados estatísticos.

Detalhes do artigo

Como Citar
TEBAR, Wellington Boigues Corbalan. Críticas à Concepção (Eco)Absolutsta do Princípio da Precaução: Uma Releitura à Luz do Procedimento de Tomada De Decisões. Revista de Direito Ambiental e Socioambientalismo, Florianopolis, Brasil, v. 1, n. 1, p. 136–161, 2015. DOI: 10.26668/IndexLawJournals/2525-9628/2015.v1i1.159. Disponível em: https://indexlaw.org/index.php/Socioambientalismo/article/view/159. Acesso em: 23 nov. 2024.
Seção
Artigos
Biografia do Autor

Wellington Boigues Corbalan Tebar, Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa - FDUL, Lisboa.

Mestrando em Ciências Jurídico-Ambientais pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

Referências

ARROW, Kenneth J.; FISCHER, Anthony C. Environmental preservation, uncertainty and irreversibility. In: The Quarterly Journal of Economics, Volume 88, Issue 2 (May,

, MIT Press, p. 312-319.

BELT, Hank van den. Debating the Precautionary Principle: “Guilty until Proven

Innocent” or “Innocent until Proven Guilty”? In: Plant Physiology, July 2003, Vol. 132, p.

–1126, www.plantphysiol.org © 2003 American Society of Plant Biologists.

CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Relações Jurídicas Poligonais, Ponderação Ecológica de Bens e Controlo Judicial Preventivos. In: Revista Jurídica do Urbanismo e do Ambiente, nº1, 1994, p. 55-66.

CUSINATO, Rafael Tiecher. Teoria da decisão sob incerteza e a hipótese da utilidade esperada: conceitos analíticos e paradoxos. Tese de Mestrado da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2003. Disponível em: <http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/1961/000362539.pdf?sequence=1>. Acesso em: 09/07/15.

ESTEVE PARDO, José. La protección de la ignorancia. Exclusión de responsabilidad por los riesgos desconocidos. In: Revista de Administración Pública, Núm. 161. Mayo-agosto

– p. 53-82.

FIORILLO, Celso Antonio Pacheco. Curso de Direito Ambiental Brasileiro. 11. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Saraiva, 2010.

GARCIA, Maria da Glória Dias. Ambiente: saber científico, Política e Direito. In: Estudos de Direito do Ambiente e de Direito do Urbanismo – Coordenação de Marcelo Rebelo de Sousa e Carla Amado Gomes – Instituto de Ciências Jurídico-Políticas – Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa – Novembro de 2011, p. 37-56.

GOLLIER, Christian; JULLIEN, Bruno; TREICH, Nicolas. Scientific Progress and Irreversibility: an economic interpretation of the “Precautionary Principle” In: Journal of Public Economics 75 (2000), Elsevier Science, p. 229–253.

GOMES, Carla Amado. Risco e Modificação do Acto Autorizativo Concretizador de

Deveres de Proteção do Ambiente. Lisboa: 2007. Edição Digital (E-book) disponível em:

<http://www.oh-multimedia.com/ebooks/ebookTESE_PDFinteractivo.pdf>. Acesso em

/07/2015.

LEITÃO, Teresa Morais. Civil Liability for Environmental Damage: a comparative survey of harmonised European legislation. Italy, Florence, 1995.

MACHADO, Paulo Affonso Lemes. Direito Ambiental Brasileiro. São Paulo: Malheiros,

MAJONE, Giandomenico. What price safety? The precautionary principle and its policy implications. In: Journal of Common Market Studies, 2002, Volume 40, number 1, p. 89-

MANSON, Neil A. Formulating the Precautionary Principle. In: Environmental Ethics

Journal, 2002, Vol.24, Ed. 3, p. 263-274.

MARTÍN MATEO, Ramón. Derecho Ambiental. Madrid: Instituto de Estudios de

Administración Local, 1977, p. 85-86.

. La Revolución Ambiental Pendiente. Universidad de Alicante, 1999.

MENDES, Paulo de Sousa. Vale a pena o direito penal do ambiente? Lisboa: AAFDL,

MILARÉ, Édis. Direito do Ambiente: a gestão ambiental em foco. 7ª ed. rev., atual e reform. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2011.

MORRIS, Julian. Defining the Precautinary Principle. In: Rethinking Risk and the

Precautionary Principle. Oxford, Butterworth-Heinemann, 2000, p. 1-21.

NIETO, Alejandro. Derecho administrativo sancionador. 2.ª ed. Madrid, 1994. POLLARD, W. E. Bayesian statistics for evaluation research: An Introduction. Sage:

Publications New Delhi, 1986.

RODRIGUES, Marcelo Abelha. Elementos de Direito Ambiental – Parte Geral. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2005.

SILVA. Vasco Pereira da. Como a Constituição é verde. Lisboa: AAFDL, 2001.

. Verde cor de Direito: lições de Direito do Ambiente. Coimbra: Almedina, 2005.

SUNSTEIN, Cass R. Beyond the precautionary principle. Public law and legal theory. Working paper nº.38. Chicago: janeiro de 2013, pp.1-48. Disponível em:

<http://www.law.uchicago.edu/academics/publiclaw/index.html>. Acesso em: 09/07/2015.

. The Paralysing Principle: Does the Precautionary Principle Point Us in Any

Helpful Direction? In: Regulation Winter 2002-2003, Vol.5, nº4, p. 32-37.