O CASO ALAIN COCQ: LIBERDADE DE EXPRESSÃO, PRIVACIDADE E AUTONOMIA DECISÓRIA NO PROCESSO DE MORTE À LUZ DA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO

Contenido principal del artículo

Daniela Zilio
http://orcid.org/0000-0001-5683-8708
Riva Sobrado de Freitas
http://orcid.org/0000-0001-9538-7508

Resumen

O objetivo geral do presente estudo é analisar se a autonomia decisória enquanto viés de um direito mais amplo à privacidade, e a liberdade de expressão podem ceder espaço a direitos coletivos ou que tenham proteção coletiva, especialmente no caso estudado. Como resultado da pesquisa, tem-se justamente o caráter limitado de tais direitos individuais. O estudo segue o método de pesquisa dedutivo, e a técnica de pesquisa é a documentação indireta. A pesquisa será exploratório-explicativa e qualitativa.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Detalles del artículo

Cómo citar
ZILIO, Daniela; SOBRADO DE FREITAS, Riva. O CASO ALAIN COCQ: LIBERDADE DE EXPRESSÃO, PRIVACIDADE E AUTONOMIA DECISÓRIA NO PROCESSO DE MORTE À LUZ DA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO. Revista de Biodireito e Direito dos Animais, Florianopolis, Brasil, v. 8, n. 1, p. 53–72, 2022. DOI: 10.26668/IndexLawJournals/2525-9695/2022.v8i1.8737. Disponível em: https://indexlaw.org/index.php/revistarbda/article/view/8737. Acesso em: 21 nov. 2024.
Sección
Artigos
Biografía del autor/a

Daniela Zilio, Universidade do Oeste de Santa Catarina

Doutoranda e Mestre em Direito pelo Programa de Pós-graduação em Direito da Universidade do Oeste de Santa Catarina – Unoesc. Especialista em Direito Civil e Direito Processual Civil e especialista no Novo Sistema Processual Civil Brasileiro pela Universidade do Oeste de Santa Catarina – Unoesc. Professora do Curso de Direito da Universidade do Oeste de Santa Catarina – Unoesc, Campus de São Miguel do Oeste e Unidade de Pinhalzinho. Membro do Grupo de Estudos e Pesquisa “Interculturalidade, Identidade de Gênero e Personalidade”, vinculado ao Programa de Pós-graduação em Direito da Universidade do Oeste de Santa Catarina. Advogada. Chapecó-SC. E-mail: danielazilio@yahoo.com.br.

Riva Sobrado de Freitas, Universidade do Oeste de Santa Catarina

Pós-doutora em Direito pela Universidade de Coimbra; Doutora e Mestre em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo; Professora e pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC - Chapecó/SC). Professora Adjunta Aposentada de Direitos Humanos da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP) – Campus Franca (São Paulo). Chapecó-SC. E-mail: rivafreit@gmail.com.

Citas

A POLÊMICA sobre o francês que quer transmitir a própria morte pelo Facebook. BBC News Brasil, 2020. Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/internacional-54062562>. Acesso em: 09 jan. 2021.

ASCENSÃO, José de Oliveira. Direito da Internet e da Sociedade da Informação. Rio de Janeiro: Forense, 2002.

BAGATINI, Júlia; ZIEMANN, Aneline dos Santos. O direito fundamental à solidariedade: a solidariedade no âmbito jurídico da pós-modernidade. In: XIII Seminário Internacional – Demandas Sociais e Políticas Públicas na Sociedade Contemporânea & IX Mostra Internacional de Trabalhos Científicos. Santa Cruz do Sul: UNISC, 2016.

BELL, Daniel. O advento da sociedade pós-industrial. São Paulo: Cultrix, 1973.

BRASIL. Código Civil. Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm>. Acesso em: 11 jan. 2021.

______. Constituição: República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Senado Federal, 1988.

BURCH, Sally. Sociedade da Informação/Sociedade do Conhecimento. In: AMBROSI, Alain; PEUGEOT, Valérie; PIMENTA, Daniel (Coord.). Desafios de Palavras: Enfoques Multiculturais sobre as Sociedades da Informação. 2005. Disponível em:< https://vecam.org/archives/article519.html>. Acesso em: 22 jan. 2021.

CAPOBIANCO, Ligia. A Revolução em Curso: Internet, Sociedade da Informação e Cibercultura. Estudos em Comunicação, vol. 2, n. 7, p. 175-193, 2010.

CASTELLS, Manuel. A era da informação: economia, sociedade e cultura. A sociedade em rede. v. 1. 6. ed. Tradução: Roneide Majer. São Paulo: Paz e Terra, 1999.

______. A galáxia da Internet: reflexões sobre a internet, os negócios e a sociedade. Tradução Maria Luiza X. de A. Borges. Revisão Técnica Paulo Vaz. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003. Tradução de: The internet galaxy: reflections on the internet, business and society.

CLÈVE, Clèmerson Merlin; LORENZETTO, Bruno Meneses. Dimensões das liberdades de informação e de expressão: elementos do discurso público. Revista Espaço Jurídico Journal of Law, Joaçaba, v. 17, n. 1, p. 83-98, 2016. Disponível em:<http://editora.unoesc.edu.br/index.php/espacojuridico/article/view/9296/pdf>. Acesso em: 09 jan. 2021.

COHEN, Jean L. Repensando a privacidade: autonomia, identidade e a controvérsia sobre o aborto. Revista Brasileira de Ciência Política, Brasília, n. 7, 2012. Disponível em:<http://www.scielo.br/pdf/rbcpol/n7/a09n7.pdf>. Acesso em: 28 dez. 2020.

CUEVA, Ricardo Villas Bôas. A proteção de dados pessoais na jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça. In: FRAZÃO, Ana; TEPEDINO, Gustavo; OLIVA, Milena Donato (Coord.). Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais e suas repercussões no Direito Brasileiro. 2. ed. São Paulo: Thomson Reuters Brasil, 2020. p. 83-96.

CONVENÇÃO AMERICANA SOBRE DIREITOS HUMANOS. Comissão Interamericana de Direitos Humanos – Organização dos Estados Americanos. 22. nov. 1969. Disponível em: <https://www.cidh.oas.org/basicos/portugues/c.convencao_americana.htm>. Acesso em: 05 jan. 2021.

DALLARI, Sueli Gandolfi; NUNES JÚNIOR, Vidal Serrano. Direito sanitário. São Paulo: Verbatim, 2010.

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS. Assembleia Geral das Nações Unidas. 10 dez. 1948. Disponível em:< https://nacoesunidas.org/wp-content/uploads/2018/10/DUDH.pdf>. Acesso em: 5 jan. 2021.

DONEDA, Danilo. Da privacidade à proteção de dados pessoais: fundamentos da Lei geral de proteção de dados. 2. ed. rev. e atual. São Paulo: Thomson Reuters Brasil, 2019.

FRANÇA. Constitution du 4 octobre 1958. Disponível em:< https://www.legifrance.gouv.fr/loda/id/LEGITEXT000006071194/2021-01-06/ >. Acesso em: 06 jan. 2021.

______. Déclaration des Droits de l'Homme et du Citoyen de 1789. Disponível em:< https://www.legifrance.gouv.fr/contenu/menu/droit-national-en-vigueur/constitution/declaration-des-droits-de-l-homme-et-du-citoyen-de-1789>. Acesso em: 06 jan. 2021.

______. Préambule de la Constitution du 27 octobre 1946. Disponível em:< https://www.legifrance.gouv.fr/contenu/menu/droit-national-en-vigueur/constitution/preambule-de-la-constitution-du-27-octobre-1946>. Acesso em: 06 jan. 2021.

______. Loi n. 2005-370 du 22 avril 2005 relative aux droits des malades et à la fin de vie. 2005. Disponível em: <https://www.legifrance.gouv.fr/affichTexte.do?cidTexte=JORFTEXT000000446240&dateTexte=vig>. Acesso em: 27 dez. 2021.

______. Loi n. 2016-87 du 2 février 2016 créant de nouveaux droits en faveur des malades et des personnes en fin de vie. 2016. Disponível em:< https://www.legifrance.gouv.fr/jorf/id/JORFTEXT000031970253/ >. Acesso em: 27 dez. 2021.

FRANCÊS COM DOENÇA incurável aceita se alimentar após tentar se deixar morrer. Istoé, 2020. Disponível em:<https://istoe.com.br/frances-com-doenca-incuravel-aceita-se-alimentar-apos-tentar-se-deixar-morrer/>. Acesso em 09 jan. 2021.

FRANCÊS QUE TEVE eutanásia negada promete transmitir ao vivo agonia até a morte. Istoé, 2020. Disponível em:<https://istoe.com.br/frances-que-teve-eutanasia-negada-promete-transmitir-ao-vivo-agonia-ate-a-morte/>. Acesso em 09 jan. 2021.

FREITAS, Riva Sobrado de; CASTRO, Matheus Felipe de. Liberdade de Expressão e Discurso do Ódio: um exame sobre as possíveis limitações à liberdade de expressão. Revista Sequência, Florianópolis, v. 34, n. 66, p. 327-355, 2013. Disponível em:< https://periodicos.ufsc.br/index.php/sequencia/article/view/2177-7055.2013v34n66p327/25072>. Acesso em: 05 jan. 2021.

______; MEZZAROBA, Orides; ZILIO, Daniela. A autonomia decisória e o direito à autodeterminação corporal em decisões pessoais: uma necessária discussão. Revista de Direito Brasileira, Florianópolis, v. 24, n. 9, p. 168-182. Disponível em:< https://www.indexlaw.org/index.php/rdb/article/view/5706/4782>. Acesso em: 6 jan. 2021.

LÉVY, Pierre. Cibercultura. Tradução de Carlos Irineu da Costa. 2. ed. São Paulo: Editora 34, 2000.

RODOTÀ, Stefano. Tecnologie e diritti. Bologna: Il Mulino, 1995.

RUARO, Regina Linden; MOLINARO, Carlos Alberto. Acoplamento entre Internet e Sociedade. Revista da AGU, Brasília, ano XIII, n. 40, p. 37-58, 2014. Disponível em: < https://repositorio.pucrs.br/dspace/bitstream/10923/11402/2/Acoplamento_entre_Internet_e_Sociedade.pdf>. Acesso em: 09 jan. 2021.

SARLET, Ingo Wolfgang. As dimensões da dignidade da pessoa humana: construindo uma compreensão jurídico-constitucional necessária e possível. In: ______ (Org). Dimensões da dignidade: ensaios de filosofia do direito e direito constitucional. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2005.

SOLOVE, Daniel J. The digital person: technology and privacy in the information age. New York: New Your University Press, 2004.

WARAT, Luis Alberto. Epistemologia e ensino do direito: o sonho acabou. Florianópolis: Fundação Boiteux, 2004. v. 2.

WARREN, Samuel D., BRANDEIS, Louis D. The right to privacy. Harvard Law Review, Boston, vol. IV, n. 5, p. 193-220, 1890.

WERTHEIN, Jorge. A Sociedade da Informação e seus desafios. Revista Ciência da Informação, Brasília, v. 29, n. 2, p. 71-77, 2000. Disponível em: < http://revista.ibict.br/ciinf/article/view/889/924>. Acesso em: 30 dez. 2020.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. WHO remains firmly committed to the principles set out in the preamble to the Constitution. 2021. Disponível em:< https://www.who.int/about/who-we-are/constitution>. Acesso em: 06 jan. 2021.

ZILIO, Daniela. A autonomia humana nas questões de vida e morte: uma análise acerca da morte digna no direito estrangeiro. In: VIEIRA, Regina Stela Corrêa; TRAMONTINA, Robison (Org.). Temas emergentes de direitos humanos, democracia e trabalho. Joaçaba: Editora Unoesc, 2019, p. 197-225.