Societas Deliquere Potest e os Delitos Ambientais à Luz das Jurisprudências do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça

Main Article Content

Jardel de Freitas Soares

Abstract

Os debates penais e as jurisprudências contemporâneas dos tribunais superiores brasileiros são polêmicos em alguns ideais e marcos teóricos sobre o tema societas deliquere potest. As principais organizações capitalistas, as pessoas jurídica, são as que mais agridem o meio ambiente, esse bem jurídico tão valioso e insubstituível, e que por isso merece destaque no que diz respeito à responsabilidade criminal. O objetivo é, portanto, promover uma abordagem inovadora e uma crítica paralela acerca da responsabilidade penal das pessoas jurídicas por danos ambientais. A metodologia utilizada na pesquisa consiste no método investigativo e descritivo, pois visa proporcionar uma maior familiaridade com o problema e torná-lo explícito, além de construir novas hipóteses. A técnica metodológica realiza-se em uma ampla pesquisa nas doutrinas, nos meios eletrônicos oficiais e principalmente nas jurisprudências dos Tribunais Superiores nacionais. Desse modo, observa-se que a proteção ao meio ambiente é ligada ao direito à vida, não somente as vidas dos seres humanos, mas de todo o planeta, e a Ciência Penal não pode ficar inerte diante do avanço da macrocriminalidade ambiental provocada pelas entidades corporativas.

Downloads

Download data is not yet available.

Article Details

How to Cite
SOARES, Jardel de Freitas. Societas Deliquere Potest e os Delitos Ambientais à Luz das Jurisprudências do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça. Conpedi Law Review, Florianopolis, Brasil, v. 1, n. 10, p. 287–315, 2016. DOI: 10.26668/2448-3931_conpedilawreview/2015.v1i10.3417. Disponível em: https://indexlaw.org/index.php/conpedireview/article/view/3417. Acesso em: 22 nov. 2024.
Section
Artigos
Author Biography

Jardel de Freitas Soares, Doutor em Ciências Jurídicas e Sociais (UMSA).

Professor de Direito Ambiental e Direito Processual Penal, Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).

References

BACIGALUPO, Silvina. Responsabilidad Penal de las Personas Jurídicas. Buenos Aires: Editorial Hammurabi SRL, 2001.

BAIGÚN, David. La Responsabilidad Penal de las Personas Jurídicas (Ensayo de un Nuevo Modelo Teórico). Buenos Aires: Ediciones Depalma, 2000.

BECCARIA, Cesare Bonesana (tradução: Lúcia Guidicini e Alessandro Berti Contenssa). Dos Delitos e das Penas. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

BRASIL. LEI DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL - número 9.605/98. Boletim Oficial de 12 de fevereiro de 1998. Disponível em . Acesso em: 15 de fev.2015.

______. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA – STJ. Disponível em . Acesso em: 19 de abr. 2015.

______. SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – STF. Disponível em . Acesso em: 19 de abr. 2015.

BREDA, Juliano. A Inconstitucionalidade das Sanções Penais da Pessoa Jurídica em Face dos Princípios da Legalidade e da Individualização da Pena. In: PRADO, Luiz Regis. DOTTI, René Ariel (coordenadores). Responsabilidade Penal da Pessoa Jurídica: Em Defesa do Princípio da Imputação Penal Subjetiva. São Paulo: Editora RT, 2010.

CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Direito Constitucional e Teoria da Constituição.Coimbra: Livraria Almeidina, 2000.

CÓDIGO PENAL – CÓDIGO DE PROCESSO PENAL – CONSTITUIÇÃO FEDERAL DO BRASIL. São Paulo: Saraiva, 2015.

COSTA, Helena Regina Lobo da. Proteção Penal Ambiental: Viabilidade – Efetividade – Tutela por Outros Ramos do Direito. São Paulo: Saraiva, 2010.

FIORILLO, Celso Antonio Pacheco. Curso de Direito Ambiental Brasileiro. São Paulo: Saraiva, 2002.

GOLDBLATT, David (tradução: Ana Maria André). Teoria Social e Ambiente. Lisboa: Instituto Piaget, 1996.

IENNACO, Rodrigo. Responsabilidade Penal da Pessoa Jurídica. Curitiba: Juruá, 2010.

JAKOBS, Günther (tradução: Carlos J. Suárez González). ¿Punibilidad de las Personas Jurídicas? In: GARCÍA CAVERO, Percy (coordenador). La Responsabilidad Penal de las Personas Jurídicas, Órganos y Representantes. Mendoza: Ediciones Jurídicas Cuyo, 2004.

JESUS, Damásio Evangelista de. Imputação Objetiva. São Paulo: Saraiva, 2000.

LÓPEZ MESA, Marcelo J. ; CESANO, José Daniel. El Abuso de La Responsabilidad Jurídica de las Sociedades Comerciales: Contribuciones a su Estudio desde las Ópticas Mercantil y Penal. Buenos Aires: Ediciones Depalma, 2000.

MACHADO, Paulo Affonso Leme. Direito Ambiental Brasileiro. São Paulo: Malheiros,1998.

MORAES, Luís Carlos Silva de. Curso de Direito Ambiental. São Paulo: Atlas, 2002.

MUÑOZ-CONDE, Francisco. Los Delitos Patrimoniales y Económicos. Disponível em .Acesso em: 20 de abr.2015.

ROCHA, Fernando A. N. Galvão da. Responsabilidade Penal da Pessoa Jurídica. Belo Horizonte: Del Rey, 2003.

ROXIN, Claus (tradução: Luís Greco). Tem Futuro o Direito Penal? In: Estudos de Direito Penal. Rio de Janeiro: Renovar, 2008.

SOARES, Jardel de Freitas. La Criminalidad Ambiental de las Empresas en el Mercosur. Cajazeiras: Real, 2013.

SEELMANN, Kurt (tradução: Percy García Cavero). Punibilidad de la Empresa: Causas, Paradojas y Consecuencias. In: GARCÍA CAVERO, Percy (coordenador). La Responsabilidad Penal de las Personas Jurídicas, Órganos y Representantes. Mendoza: Ediciones Jurídicas Cuyo, 2004.

SHECAIRA, Sérgio Salomão. Responsabilidade Penal da Pessoa Jurídica. São Paulo: Editora RT, 1998.

ZAFFARONI, Eugenio Raúl. Parecer a Nilo Batista Sobre a Responsabilidade Penal da Pessoa Jurídica. In: PRADO, Luiz Regis. DOTTI, René Ariel (coordenadores). Responsabilidade Penal da Pessoa Jurídica: Em Defesa do Princípio da Imputação Penal Subjetiva. São Paulo: Editora RT, 2010.