O CASO MYRIAD GENETICS E A PROTEÇÃO AO DIREITO HUMANO À SAÚDE

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Leonardo Stoll de Morais
Natália Cepeda Fernandes
Patrícia Ashton-Prolla.
Maria Cristina Gomes da Silva D'Ornellas
Márcia Santana Fernandes

Resumo

A exploração econômica de genes humanos pode acarretar dilemas éticos vinculados ao direito humano à saúde. Essa questão foi objeto de validade constitucional no julgamento pela Suprema Corte Americana no caso Association for Molecular Pathology vs Myriad Genetics. No presente ensaio é proposta uma reflexão sobre o patenteamento de genes humanos, especialmente por meio do estudo do caso norte-americano nominado Myriad Genetics. A investigação dessa problemática pressupõe, de um lado, a pesquisa de documentos regulatórios internacionais constantes em Organizações de Direitos Humanos, e de outro, a investigação dos modelos jurídicos brasileiros, em matéria de propriedade intelectual, em particular as patentes.

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Como Citar
STOLL DE MORAIS, Leonardo; CEPEDA FERNANDES, Natália; ASHTON-PROLLA., Patrícia; GOMES DA SILVA D’ORNELLAS, Maria Cristina; SANTANA FERNANDES, Márcia. O CASO MYRIAD GENETICS E A PROTEÇÃO AO DIREITO HUMANO À SAÚDE. Revista de Direito Brasileira, Florianopolis, Brasil, v. 19, n. 8, p. 298–314, 2018. DOI: 10.26668/IndexLawJournals/2358-1352/2018.v19i8.3226. Disponível em: https://indexlaw.org/index.php/rdb/article/view/3226. Acesso em: 22 nov. 2024.
Seção
PARTE GERAL
Biografia do Autor

Leonardo Stoll de Morais, Universidade Católica de Pelotas - UCpel

Mestre em Direitos Humanos pelo Centro Universitário Ritter dos Reis - Rede Laureate International Universities. Professor do PPG Lato Sensu em Direito Civil da Universidade Católica de Pelotas. Pesquisador do Laboratório de Pesquisa em Bioética e Ética na Ciência do Hospital de Clínicas de Clínicas de Porto Alegre/UFRGS.

Natália Cepeda Fernandes, Laboratório de Pesquisa em Bioética e Ética na Ciência do Hospital de Clínicas de Porto Alegre-LAPEBEC/HCPA/UFRGS

Mestra em Direitos Humanos pelo Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu do Centro Universitário Ritter dos Reis - Rede Laureate International Universities. Pesquisadora do Laboratório de Pesquisa em Bioética e Ética na Ciência do Hospital de Clínicas de Porto Alegre-LAPEBEC/HCPA/UFRGS.

Patrícia Ashton-Prolla., Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Graduada em Medicina e Doutora em Ciências Biológicas (Bioquímica) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Fellow em genética clínica e em genética clínica molecular no Departamento de Genética do Mount Sinai School of Medicine de Nova Iorque, Estados Unidos. Pós-doutora (CNPq) no Serviço de Genética Médica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre na área de oncogenética. Coordenadora do Grupo de Pesquisa e Pós-Graduação do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e professora adjunta do Departamento de Genética da UFRGS.

Maria Cristina Gomes da Silva D'Ornellas, Centro Universitário Ritter dos Reis

Doutora em Direito pela UFRGS. Mestra pela Universidade Federal de Santa Maria. Mestra em Leis sobre o Comércio Europeu e Internacional - Universiteit Van Amsterdam. Professora adjunta do Centro Universitário Ritter dos Reis, no curso de Graduação em Direito (disciplinas de Direito Empresarial e Propriedade Intelectual).

Márcia Santana Fernandes, Programa de Pós-Graduação em Direito da PUCRS

Pós-Doutora em Medicina e Doutora em Direito pela UFRGS. Professora e Coordenadora Ajunta do Mestrado Profissional em Pesquisa Clinica do HCPA. Pesquisadora do Laboratório de Pesquisa em Bioética e Ética na Ciência- LAPEBEC/HCPA. Pesquisadora em nível de Pós-Doutorado no Programa de Pós-Graduação em Direito da PUCRS.

Referências

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