Insensibilidade da Modernidade: A Colonização da Primeira Periferia Europeia e sua Repercussão no Constitucionalismo Latino Americano

Elisangela Prudencio dos Santos, João Paulo Allain Teixeira

Resumo


O colonialismo propiciou o nascimento da modernidade, porque a Europa passou a ser o Centro do Mundo, implementando seu padrão, onde liquidou as tradições dos povos originários. O colonialismo e a colonialidade do poder/saber e do ser provocou inúmeras violências sobre os povos originários, contudo, por não aceitar essa subalternização, os movimentos indígenas exigiram uma mudança radical nas sociedades andinas, onde o Novo Constitucionalismo Latino Americano reescreve sua história, sob uma perspectiva descolonial.

 


Palavras-chave


Colonialismo; Modernidade; Colonialidade do Poder;Novo Constitucionalismo Latino Americano; Projeto Decolonial

Texto completo:

PDF

Referências


ACOSTA, Alberto. El buen vivir en el camino del post desarrollo: una lectura desde la Constitución de Montecristi, Quito, Fundación Friedrich Ebert, p. 5-37, 2010.

BALDI, César. Novo constitucionalismo latino americano: considerações conceituais e discussões epistemológicas. In Wolkmer, Antonio Carlos; Correias, Oscar (Organizadores). Crítica Jurídica na América Latina, México, p. 90-207, 2013.

BRANDÃO, Pedro. O novo constitucionalismo pluralista latino americano. Rio de Janeiro, Lumen Juris, 2015, 262 p.

CLAVERO, Bartolomé. Estado plurinacional: aproximação a um novo paradigma constitucional americano. In Baldi, César Augusto (Coordenador). Aprender desde o Sul: novas constitucionalidades, pluralismo jurídico e plurinacionalidade – aprendendo desde o Sul. 1. ed. Belo Horizonte, Fórum, p. 111-131, 2015.

CLAVERO, Bartolomé; MAMANI, Carlos. Derechos de la madre tierra en médios no indígenas: America Latina em movimento. Quito, ano XXXVI, II época, n. 479, p. 10-12, 2012.

DUSSEL, Enrique. Meditações anticartesianas sobre a origem do antidiscurso filosófico da modernidade. In Santos, Boaventura de Sousa; Meneses, Maria Paula (Organizadores). Epistemologias do Sul. São Paulo, Cortez, p. 341-391, 2010.

_______. O encobrimento do outro: 1492 a origem da modernidade. Petrópolis, Vozes, 1993.

FANON, Frantz. Os condenados da terra. Tradução: José Laurênio de Melo, Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1968.

_______. Pele negra: máscaras brancas. Tradução: Renato da Silveira, Salvador, EDUFBA, 2008.

FERNANDEZ, Raúl Llasag. Constitucionalismo plurinacional e intercultural de transición: Ecuador y Bolivia, v. 9, n. 1, Belo Horizonte, Meritum, p. 295-319, 2014.

FILHO, Clayton M. Cunha; LEÃO, João Paulo Saraiva Viana. A Bolívia no século XXI: Estado Plurinacional, mudança de elites e (pluri) nacionalismo. In Filho, Clayton M. Cunha; Leão, João Paulo Saraiva Viana (Organizadores). 1. ed. Curitiba, Appris, 2016.

GALEANO, Eduardo. As veias abertas da América Latina. Tradução de Sergio Faraco. Porto Alegre, LPM, 2011.

GARAVITO, César Rodrigues. O impacto do novo constitucionalismo: os efeitos dos casos sobre os direitos sociais na America Latina. In Baldi, César Augusto (Coordenador). Aprender desde o Sul: novas constitucionalidades, pluralismo jurídico e plurinacionalidade – aprendendo desde o Sul. 1. ed. Belo Horizonte, Fórum, p. 87-109, 2015.

GARCÉS, Fernando. Estado-nación y Estado plurinacional: o cuando lo mismo no es igual. In Baldi, César Augusto (Coordenador). Aprender desde o Sul: novas constitucionalidades, pluralismo jurídico e plurinacionalidade – aprendendo desde o Sul. 1ª edição, Belo Horizonte, Fórum, p. 427-445, 2015.

GARGARELLA, Roberto. Constitucionalismo latino americano: a necessidade prioritária de uma reforma política. In Ribas, Luiz Otávio (Organizador). Constituinte exclusiva: um outro sistema político é possível. São Paulo, Expressão Popular, p. 9-19, 2014. Disponível em: ˂http://www.plebiscitoconstituinte.org.br/sites/default/files/material/livro%20juridico%20constituinte%20exclusiva%20202014.pdf˃. Acesso em: 17 set. 2015.

_______. El nuevo constitucionalismo latino americano: promessas e interrogantes. In Baldi, César Augusto (Coordenador). Aprender desde o Sul: novas constitucionalidades, pluralismo jurídico e plurinacionalidade – aprendendo desde o Sul. 1. ed. Belo Horizonte, Fórum, p. 58-85, 2015.

_______. Pensando sobre la reforma constitucional en américa latina. In Garavito, César Rogrigues (Organizador). El derecho en America Latina: un mapa para el pensamiento jurídico del siglo XXI. Buenos Aires, Siglo Veimtiuno, p. 88-107, 2011.

GROSFOGUEL, Ramón. Para descolonizar os estudos de economia política e os estudos pós coloniais: transmodernidade, pensamento de fronteira e colonialidade global. In Santos, Boaventura de Sousa; Meneses, Maria Paula (Organizadores). Epistemologias do Sul. São Paulo, Cortez, p. 455-488, 2010.

GUDYNAS, Eduardo. Desarrollo, derechos de la naturaleza y buen vivir despues de Montecristi. In Centro de investigadores ciudad y observatório de la cooperación al desarrollo. Debates sobre cooperação y modelos de desarrollo: perspectivas desde la sociedad civil en el Ecuador. Quito, Gabriela Weber, p. 83-102, 2011.

_______. El mandato ecológico: derechos de la naturaleza y políticas ambiantales em la nueva constitución. In Acosta, Alberto; Martínez, Esperanza (Organizadores), Quito, Abya Yala, 2009.

GUDYNAS, Eduardo; ACOSTA, Alberto. El buen vivir o la disolución de la Idea del progreso. Rojas, Mariano (Coordenador). La medición del progreso y del bienestar: propuestas desde América Latina, México, Foro consultivo e científico e tecnológico de México, 2011.

_______. La renovación de la crítica al desarrollo y el buen vivir como alternativa. Revista Utopia y Práxis Latinoamericana, Revista Internacional de Filosofia Iberoamericana y teoria social de estudos sociológicos y antropológicos, ano 16, n. 53, 2011.

MAGALHÃES, José Luiz Quadros. Constituição x democracia: a alternativa plurinacional boliviana. In Baldi, César Augusto (Coordenador). Aprender desde o Sul: novas constitucionalidades, pluralismo jurídico e plurinacionalidade – aprendendo desde o sul. 1. ed. Belo Horizonte, Fórum, p. 360-372, 2015.

MEDICI, Alejando. El nuevo constitucionalismo latino americano y el giro decolonial: Bolivia y Ecuador. Revista Derecho e Ciências Sociales, La Plata, Argentina, n. 3, p. 3-23, 2010. Disponível em: ˂http://wwwceapedi.com.ar/imagenes/biblioteca/libros/191.pdf˃. Acesso em: 12 set. 2015.

MIGNOLO, Walter. La Idea de América Latina: la derecha la isquierda y la opción decolonial, ano I, n. 2, p. 251-270, 2009.

MUNÕZ, Daniel Eduardo Flórez. Tres modelos explicativos de las tensiones entre constitucionalismo y democracia en América Latina. Munõz, Daniel Eduardo Florez, Revista Jurídica Mario Alario D’Filippo, vol. V, n. 9, p. 159-168, 2013.

PRADA, Raúl. Deconstruir el Estado y refundar la sociedad: socialismo comunitário y Estado plurinacional. In Lang, Mirian; Santillana, Alejandra (Organizadoras). Democracia, participación y socialismo: Bolivia, Ecuador y Venezuela. Quito, 2010, p. 69-86. Disponível em: ˂http://www.rosalux.org.ec/attachments/article/170/democracia-participación-y-socialismo-bolivia-ecuador-venezuela.pdf˃. Acesso em: 21 out. 2015.

QUIJANO, Aníbal. Colonialidad del poder, eurocentrismo y América Latina. In Lander, Edgardo (Organizador). La colonialidad del saber: eurocentrismo y ciencias sociales: perspectivas latino americanas, Buenos Aires: CLACSO, p. 201-246, 2000.

_______. Colonialidade do poder e classificação social. In Santos, Boaventura Sousa; Meneses, Maria Paulo (Organizadores). Epistemologias do Sul. São Paulo, Cortez, p. 84-126, 2010.

RIBAS, José Vieira. O novo constitucionalismo latino americano: paradigmas e contradições. Ribas, José Vieira et al. Revista Quaestio Iuris, vol. 06, n. 02, 2013.

SANTAMARÍA, Ramiro Ávila. El constitucionalismo transformador: el Estado y el derecho en la Constitución de 2008. Quito, Abya Yala, 2011.

SANTOS, Boaventura de Souza; MENESES, Maria Paula. Epistemologias do Sul. In Santos, Boaventura de Sousa; Meneses, Maria Paula (Organizadores). 1. ed. Coimbra, Edições Almedina S/A, 2009.

SANTOS, Boaventura de Sousa. La refundación del Estado e los falsos positivos. In Baldi, César Augusto. Aprender desde o Sul: novas constitucionalidades, pluralismo jurídico e plurinacionalidade – aprendendo desde o Sul. 1. ed. Belo Horizonte, Fórum, p. 179-211, 2015.

SHIVA, Vandana. Democracia de la tierra y los derechos de la naturaleza. In Acosta, Alberto; Martínez, Esperanza (Organizadores). La naturaleza com derechos: de la filosofia a la política. Quito, Abya Yala, 2011.

SIEDER, Rachel. Pueblos indígenas y derecho (s) en América Latina. In Garavito, César Rodrígues (Organizador). El derecho en América Latina: un mapa para el pensamento jurídico del siglo XXI, Buenos Aires, Siglo Veintiuno, p. 303-322, 2011.

TAPIA, Luis. Considerações sobre o Estado plurinacional. In Baldi, César Augusto (Coordenador). Aprender desde o Sul: novas constitucionalidades, pluralismo jurídico e plurinacionalidade – aprendendo desde o Sul. 1. ed. Belo Horizonte, Fórum, p. 481-501, 2015.

TORRES, Nelson Maldonado. A topologia do ser e a geopolítica do conhecimento: modernidade, império e colonialidade. In Santos, Boaventura de Sousa; Meneses, Maria Paula (Organizadores). Epistemologias do Sul. São Paulo, Cortez, p. 398-438, 2010.

UPRIMMY, Rodrigo. Las transformaciones constitucionales recientes em América Latina: tendências y desafios. In Garavito, César Rodrigues (Organizador). El derecho en América Latina: un mapa para el pensamento jurídico del siglo XXI. Buenos Aires, Siglo Veintiuno, p. 109-138, 2011.

VAL, Eduardo Manuel; Bello, Enzo. O pensamento pós e descolonial no novo constitucionalismo latino americano. Val, Eduardo Manuel; Bello, Enzo (Organizadores). Caixas do Sul, Editora da Universidade de Caxias do Sul, 2014. Disponível em: ˂http://www.ucs. br/site/midia/arquivos/pensamento_pos.pdf˃. Acesso em: 17 out. 2015.

VARGAS, Idón Moisés Chivi. Constitucionalismo y descolonización: aportes al nuevo constitucionalismo latino americano. In Baldi, César Augusto. Aprender desde o Sul: novas constitucionalidades, pluralismo jurídico e plurinacionalidade – aprendendo desde o Sul. 1. ed. Belo Horizonte, Fórum, p. 215-224, 2015.

_______. Os caminhos da descolonización na América Latina: os povos indígenas e o igualitarismo jurisdicional na Bolívia. In Verdum, Ricardo (Organizador). Povos indígenas: constituições e reformas políticas na América Latina. Instituto de Estudos Socioeconômicos, Brasília, p. 151-166, 2009.

VICIANO, Roberto. DAMAU, Rubén Martínez. Se puede hablar de um nuevo constitucionalismo latino americano como corriente doctrinal sistematizada? p. 1-23, 2011. Disponível em: ˂http://www.juridicas.unam.mx/wccl/ponencias/13/245.pdf˃. Acesso em: 17 set. 2015.

VICIANO, Roberto; DAMAU, Rubén Martínez et al. La naturaleza emancipadora de los procesos constituyentes democráticos. Avances y retrocesos. In Por uma asamblea constituyente: uma solución democrática a la crisis. Madri, Sequitor, p. 13-28, 2012.

_______. Aspectos generales del nuevo constitucionalismo latino americano. In Corte Constitucional do Ecuador. El nuevo constitucionalismo en América Latina, Quito, p. 9-44, 2010. Disponível em: ˂http://www. direito.ufg.br/up/12/o/34272355-nuevo-constitucionalismo-en-america-latina.pdf˃. Acesso em: 18 set. 2015.

_______. Fundamenos teóricos y prácticos del nuevo constitucionalismo latino americano. Revista General de Derecho Público Comparado, n. 9, p. 307-328, 2011.

_______. La Constitución democrática, entre el neoconstitucionalismo y el nuevo constitucionalismo, p. 63-82, 2013.

_______. Los procesos constituyentes latino americanos y el nuevo paradigma constitucional. Revista del Instituto de Ciencias Jurídicas de Puebla A.C., Pueblo, n. 25, 7-29, 2010.

WALSH, Catherine. Interculturalidad crítica y pluralismo jurídico: reflexiones en torno a Brasil y Ecuador. In Baldi, César Augusto (Coordenador). Aprender desde o Sul: novas constitucionalidades, pluralismo jurídico e plurinacionalidade – aprendendo desde o Sul. 1. ed. Belo Horizonte, Fórum, p. 343-356, 2015.

_______. Interculturalidad, Estado, Sociedade: luchas (des)coloniales de nuestro época. Quito, Abya Yala, 2009.

WILHELMI, Marco Aparicio. Ciudadanías intensas: alcances de la refundacíon democrática en las constituciones de Ecuador y Bolivia. In Baldi, César Augusto (Coordenador). Aprender desde o Sul: novas constitucionalidades, pluralismo jurídico e plurinacionalidade – aprendendo desde o Sul. 1. ed. Belo Horizonte, Fórum, p. 459-478, 2015.

WOLKMER, Antonio Carlos; CORREAS, Oscar. Crítica jurídica na América Latina. In Wolkmer, Antonio Carlos, Correas, Oscar (Organizadores), Aguascalientes, CENEJUS, 2013, 1365 p.

WOLKMER, Antonio Carlos; FAGUNDES, Lucas Machado. Para um novo paradigma de Estado Plurinacional na América Latina, Revista NEJ, vol. 18, n. 2, p. 329-342, 2010.

WOLKMER, Antonio Carlos; MELO, Milena Peters. Constitucionalismo latino americano: tendências contemporâneas. In Wolkmer, Antonio Carlos; Melo, Milena Peters, Curitiba, 2013.

FAJARDO, Raquel Yrigoyen. El horizonte del constitucionalismo pluralista: del multiculturalismo a la descolonización. In Garavito, César Roberto (Organizador). El derecho em América Latina: un mapa para el pensamiento jurídico del siglo XXI, Buenos Aires, Siglo Veintiuno, p. 139-184, 2011.

_______. Pluralismo jurídico y jurisdición indígena en el horizonte del constitucionalismo pluralista. In Baldi, César Augusto (Coordenador). Aprender desde o Sul: novas constitucionalidades, pluralismo jurídico e plurinacionalidade – aprendendo desde o Sul. 1. ed. Belo Horizonte, Fórum, p. 35-57, 2015.

ZAFFARONI, Raúl Eugenio. La pachamama y el humano. 1. ed. Buenos Aires, Madres de Plaza de Mayo, 2011.




DOI: http://dx.doi.org/10.26668/IndexLawJournals/2525-961X/2016.v2i2.1539

Apontamentos

  • Não há apontamentos.


Revista Brasileira de Teoria Constitucional , Florianópolis (SC), e-ISSN: 2525-961X

Licença Creative Commons
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.